LEI COMPLEMENTAR Nº 200, DE 10 DE
JANEIRO DE 2017
Autor do Projeto
de Lei:
Executivo Municipal
INSTITUI O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO MUNICIPAL DE
ITAPEMIRIM, Estado do Espírito Santo, usando de suas atribuições legais,
faz saber que a Câmara Municipal APROVOU
e ele SANCIONA e PROMULGA a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES
PRELIMINARES
Art. 1º O Plano Municipal de Saneamento Básico de
Itapemirim, Anexo I, parte integrante desta Lei, é o principal instrumento de
planejamento e gestão dos serviços de saneamento básico e fator condicionante
para a obtenção de recursos financeiros e cooperação técnica junto à União, bem
como condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de
serviços públicos de saneamento básico, devendo ser observado na definição das
prioridades de investimento, metas e objetivos correlatos.
Art. 2º Na implementação do Plano Municipal de
Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, o Município de Itapemirim deverá
articular e coordenar recursos humanos, tecnológicos, econômicos e financeiros
para garantir a execução dos serviços públicos de saneamento básico, em
conformidade com os princípios e diretrizes da Lei nº 11.445/2007.
Parágrafo único
- Na implementação do Plano Municipal de
Saneamento Básico, deverá ser considerado o Plano de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica em que o município de Itapemirim está inserido.
Art. 3º Para efeitos desta Lei, considera-se
saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de:
I - abastecimento de
água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as
ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
II -
esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;
III
- limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e
limpeza de logradouros e vias públicas; e
IV -
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de
cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas
urbanas.
Art.
4º O Plano Municipal de
Saneamento Básico, considerado para um horizonte de 20 (vinte) anos, deverá ser
revisto periodicamente em prazos não superiores a 4 (quatro) anos.
§ 1º As revisões de que trata o caput deste
artigo deverão preceder a elaboração do Plano Plurianual do Município de
Itapemirim, nos termos do art. 19, § 4º, da Lei nº 11.445/2007.
§ 2º A revisão do Plano Municipal de Saneamento
Básico deverá efetivar-se de forma a garantir a ampla participação das
comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil.
§ 3º O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar
o documento de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico a Câmara dos
Vereadores, com todas as alterações propostas, devidamente consolidadas no
plano vigente.
CAPÍTULO
II
DOS
OBJETIVOS, DIRETRIZES E PRINCÍPIOS
Art. 5º O Plano Municipal de Saneamento Básico tem por objetivo geral promover a
universalização do saneamento básico em todo o território de Itapemirim,
ampliando progressivamente o acesso de todos os domicílios permanentes a todos
os serviços.
Parágrafo único. Para alcançar o objetivo geral
de universalização, em conformidade com a Lei nº 11.445/2007, são diretrizes a
serem observadas na implementação do Plano de Saneamento Básico de Itapemirim:
I -
a garantia da qualidade e eficiência dos serviços, buscando sua melhoria e
extensão às localidades ainda não atendidas;
II -
a sua implementação em prazos razoáveis, de modo a atingir as metas fixadas no
plano;
III
- a adoção de meios e instrumentos para a gestão, a regulação e fiscalização,
bem como para o monitoramento dos serviços;
IV -
a promoção de programas de educação ambiental e comunicação social com vistas a
estimular a conscientização da população em relação à importância do meio
ambiente equilibrado e à necessidade de sua proteção, sobretudo em relação ao
saneamento básico; e
V -
a viabilidade e sustentabilidade econômico-financeira dos serviços,
considerando a capacidade de pagamento pela população de baixa renda na
definição de taxas, tarifas e outros preços públicos.
Art.
6º Além das diretrizes
expressas no artigo 5º desta Lei, serão observados, para a implementação do
Plano Municipal de Saneamento Básico, os seguintes princípios fundamentais:
I -
integralidade dos serviços de saneamento básico;
II -
disponibilidade dos serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais
urbanas;
III
- preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente;
IV -
adequação de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais
e regionais;
V -
articulação com outras políticas públicas;
VI
-eficiência e sustentabilidade econômica, técnica, social e ambiental;
VII - utilização de
tecnologias apropriadas;
VIII - transparência das
ações;
IX - controle social;
X - segurança, qualidade e
regularidade;
XI - integração das
infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
CAPÍTULO
III
DOS
INSTRUMENTOS
Art.
7º Os programas,
projetos e ações, voltados à melhoria da qualidade e ampliação da oferta dos
serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de água pluviais urbanas
constituem os instrumentos básicos da gestão dos serviços, devendo sua execução
pautar-se nos princípios e diretrizes contidos nesta Lei.
Art.
8º Fica o Poder
Executivo Municipal autorizado a criar, por meio de Decreto, um Comitê Técnico
Permanente para o planejamento das ações necessárias à implementação do Plano
Municipal de Saneamento Básico.
Parágrafo
único. O Comitê Técnico Permanente será composto por representantes
das Secretarias Municipais cujas competências tenham relação com o saneamento
básico.
CAPÍTULO
IV
DOS
DIREITOS, OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES
Art.
9º A prestação dos serviços de saneamento básico é de
titularidade do Poder Executivo Municipal e poderá ser delegada a terceiros
mediante contrato, sob o regime de direito público, para execução de uma ou
mais atividades.
§ 1º A delegação da
prestação dos serviços de saneamento básico não dispensa o cumprimento, pelo
prestador, do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I.
§ 2º Os planos de
investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o
Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do anexo I.
§ 3º Os contratos mencionados no caput não
poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e de
fiscalização ou o acesso às informações sobre os serviços contratados.
§ 4º No caso de mais de um prestador executar
atividade interdependente de outra, a relação entre elas deverá ser regulada
por contrato, devendo entidade única ser encarregada das funções de regulação e
fiscalização, observado o disposto no art. 12, da Lei nº 11.445/2007.
§ 5º Na hipótese de, à época da edição desta Lei,
já se encontrar em vigor contrato firmado para a prestação de serviços de
saneamento básico, suas cláusulas e condições poderão ser revistas, se for o
caso, para garantir a sua compatibilização com o Plano Municipal de Saneamento
Básico.
Art.
10º O Município deverá
regular e fiscalizar a prestação dos serviços públicos de saneamento básico,
ficando desde já autorizado a delegar essas atividades a entidade reguladora
independente, constituída dentro dos limites territoriais do Estado do Espírito
Santo, nos termos do §1º, do art. 23, da Lei nº 11.445/2007.
Parágrafo
único. Caberá
ao ente regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento básico a verificação
do cumprimento do Plano Municipal de Saneamento Básico por parte dos
prestadores dos serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e
contratuais.
Art.
11º Com forma de garantir
a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico são deveres dos
prestadores dos serviços:
I -
prestar serviço adequado e com atualidade, na forma prevista nas normas
técnicas aplicáveis e no contrato, quando os serviços for objeto de relação
contratual;
II -
prestar contas da gestão do serviço ao Município de Itapemirim quando os
serviços forem objeto de relação contratual, e aos usuários, mediante
solicitação;
III
- cumprir e fazer cumprir as normas de proteção ambiental e de proteção à saúde
aplicáveis aos serviços;
IV -
permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às
obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço;
V -
zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço; e
VI -
captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do
serviço.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se
serviço adequado aquele que satisfaz as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia na sua
prestação, bem como a modicidade das tarifas.
§ 2º A atualidade compreende a modernidade das
técnicas, dos equipamentos e das instalações, a sua conservação, bem como a
melhoria e expansão do serviço.
Art.
12º Tendo em vista que os
usuários diretos e indiretos dos serviços de saneamento básico são os
beneficiários finais do Plano Municipal de Saneamento Básico, constituem seus
direitos e obrigações:
I -
receber serviço adequado;
II -
receber dos prestadores informações para a defesa de interesses individuais ou
coletivos;
III
- levar ao conhecimento do Município de Itapemirim e do prestador as
irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;
IV -
comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos eventualmente praticados
na prestação do serviço;
V -
contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos
quais lhes são prestados os serviços.
CAPÍTULO
V
DAS
INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art.
13º Sem prejuízo das
disposições civis e penais cabíveis, as infrações ao disposto nesta Lei e
demais normas e contratos, cometidas pelos prestadores de serviços, acarretarão
a aplicação das seguintes sanções, pelo ente regulador, observados, sempre, os
princípios da ampla defesa e do contraditório:
I - advertência, com prazo
para regularização; e
II - multa simples ou
diária.
Art.
14º A advertência será
aplicada às infrações administrativas de menor lesividade, mediante a lavratura
de auto de infração, garantidos a ampla defesa e o contraditório.
§ 1º
Sem prejuízo do disposto no caput, se o ente regulador constatar
a existência de irregularidades a serem sanadas, lavrará o auto de infração com
a indicação da respectiva ação a ser executada, ocasião em que estabelecerá
prazo para que o infrator sane tais irregularidades.
§ 2º
Sanadas as irregularidades no prazo concedido, o ente regulador
certificará o ocorrido nos autos e dará seguimento ao processo.
§ 3º
Caso o autuado, por negligência ou dolo, deixe de sanar as
irregularidades, o ente regulador certificará o ocorrido e aplicará a sanção de
multa relativa à infração praticada, independentemente da advertência.
§ 4º
A advertência não excluirá a aplicação de outras sanções cabíveis.
Art.
15º Para a aplicação da
multa, a autoridade competente levara em conta a intensidade e extensão da
infração.
§1º A multa diária será aplicada em caso de
infração continuada.
§2º A multa será graduada entre R$ 274,75
(duzentos e setenta e quatro reais e setenta e cinco centavos e R$ 549,50
(quinhentos e quarenta e nove reais e cinquenta centavos).
§ 3º O valor da multa será recolhido em nome e
benefício do Município ou Fundo de Apoio Municipal ao Meio Ambiente - FAMMA,
instituído pela Lei Complementar nº 13 de 30 de dezembro
de 2005.
§ 4º Para cálculo do valor da multa são
consideradas seguinte situações agravantes:
I -
reincidência; ou
II -
quando da infração resultar, entre outros:
a)
na contaminação significativa de águas superficiais e/ou subterrâneas;
b)
na degradação ambiental que não comporte medidas de regularização, reparação,
recuperação pelo infrator ou às suas custas; ou
c)
em risco iminente a saúde pública.
CAPÍTULO
VI
DAS
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 16º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Itapemirim/ES, 10 de janeiro de 2017.
LUCIANO DE PAIVA ALVES
Prefeito Municipal
Este texto não substitui o original publicado e arquivado na
publicado e arquivado na Câmara Municipal de Itapemirim
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Localidades e Distritos de Itapemirim
Figura 2.2 – Bacias hidrográficas que abrangem o município de
Itapemirim
Figura 2.3 - Localização e acesso ao Município de Itapemirim
Figura 2.5 – Mapa Hipsométrico Itapemirim
Figura 2.7 – Índice pluviométrico e temperaturas médias do
município de Itapemirim
Figura 2.8 – Mapa de Hidrografia
Figura 2.9 – Mapa de Hidrogeologia
Figura 2.10 – Mapa Cobertura Vegetal
Figura 2.11 – Mapa de Densidade
Figura 2.12 – Evolução da população de Itapemirim entre os anos
de 1991 à 2010
Figura 2.13 – Evolução da população do Espírito Santo entre
os anos de 1991 à 2010
Figura 2.14 – Evolução da população do Brasil entre os anos
de 1991 à 2010
Figura 2.15 – Pirâmide etária da População de Itapemirim
Figura 2.16 – Fluxo Escolar por Faixa Etária - Itapemirim -
ES - 1991/2000/2010
Figura 2.17 – Escolaridade da população adulta
Figura 2.18 – IDHM de Itapemirim – 1991-2010
Figura 3.1 – Organograma do SAAE
Figura 3.2 – Organograma da Secretaria Municipal de Obras e
Urbanismo
Figura 3.3 – Organograma da Secretaria Municipal de Serviços
Públicos
Figura 3.4 – Organograma da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente
Figura 5.1 – Captação Principal no Rio Itapemirim
Figura 5.2 – Detalhe da Captação
Figura 5.3 – Bombas Utilizadas para o Recalque de Água Bruta
Figura 5.4 – Reservatório Utilizado para a Distribuição de
Água na Sede de Itapemirim
Figura 5.5 – Vista ETA Principal
Figura 5.6 – ETA Principal sistema de tratamento
Figura 5.7 – Reservatório de Sulfato de Alumínio
Figura 5.8 – Reservatório de Cloro
Figura 5.9 – Reservatório para Lavagem dos Filtros
Figura 5.10 – Sala de Controle das ETA’s
Figura 5.11 – Laboratório Sede
Figura 5.12 – Laboratório Sede
Figura 5.13 – ETA Principal, Bombas e Elevação de Água
Tratada
Figura 5.14 – ETA Principal, Bombas e Elevação de Água
Tratada
Figura 5.15 – Captação de Água Bruta na Lagoa Guanandy
Figura 5.17 – Bomba de Recalque Captação da ETA Gomes
Figura 5.18 – Vista do Floculador e Decantador da ETA Gomes
Figura 5.19 – Vista da ETA Gomes
Figura 5.20 – Novo Floculador na ETA Gomes
Figura 5.22 – Tanques de Contato ETA Gomes
Figura 5.23 – Reservatórios Bela Vista
Figura 5.24 – Placa Referente Implementação de Melhorias no
Sistema de Abastecimento de Água
Figura 5.25 – Área onde será construída a nova ETA
Figura 5.26 – Captação da ETA Limão no Rio Itapemirim
Figura 5.27 – Manancial de Captação ETA Limão – Rio
Itapemirim
Figura 5.29 – Filtro ETA Limão
Figura 5.30 – Captação Principal Manancial Rio Muqui
Figura 5.31 – Detalhe da Captação
Figura 5.32 –ETA Pedra Rio Muqui
Figura 5.33 – Vista de Cima ETA Pedra Rio Muqui
Figura 5.34 – Reservatórios ETA Pedra Rio Muqui
Figura 5.35 – Captação Principal no rio Muqui
Figura 5.36 – Detalhe da Captação
Figura 5.37 – Bomba ETA Garrafão
Figura 5.38 – Vista ETA Garrafão
Figura 5.39 – Vista Floculador e Decantador ETA Garrafão
Figura 5.40– Captação na Lagoa do Gambá
Figura 5.41 – Bomba de Sucção ETA Graúna
Figura 5.42 – Bomba Recalque de Água Bruta
Figura 5.43 – Vista ETA Graúna
Figura 5.44 – Vista Floculador e Decantador ETA Garrafão
Figura 5.45 – Ponto de Captação ETA São João da Lancha
Figura 5.46 –ETA São João da Lancha
Figura 5.47 – Tratamento ETA São João da Lancha
Figura 5.48 – Estações de Tratamento de água Operadas pelo
SAAE em Itapemirim
Figura 5.49 – Comunidades Atendidas pelo SAAE
Figura 6.1 – ETE Rosa Meireles
Figura 6.2 – Lagoas ETE Rosa Meireles
Figura 6.3 – Corpo Receptor – Córrego Ilmenita
Figura 6.4 – Córrego Ilmenita - Ponto de Lançamento
Figura 6.6 – Comunidade de Sapucaia
Figura 6.8– População Esvaziando Fossa diretamente em Rede de
Drenagem em Itaoca
Figura 6.10 – Saída de Rede Pluvial contaminada com Esgoto em
Campo Acima
Figura 6.11 – Mapa de Localização das Estações de Tratamento
de Esgoto existentes em Itapemirim
Figura 6.12 – Comunidades que possuem Coleta/ Tratamento de
Esgoto
Figura 7.1 –Caminhão Compactador da Prefeitura de Itapemirim
Figura 7.2 – Pátio de Máquinas da Prefeitura
Figura 7.3 –Área de Transbordo dos Resíduos
Figura 7.4 – Maneira em que os Resíduos encontram-se
dispostos
Figura 7.5 – Nova Área de Transbordo de Resíduos sendo
realizada
Figura 7.6 – Nova Área de Transbordo sendo executada
Figura 7.7 – Placa de Informações referente a Obra realizada
Figura 7.8 – Placa indicando que a área está em fase de
recuperação
Figura 7.9 – Produção de resíduos sólidos do município de
Itapemirim referente ao ano de 2015
Figura 7.10 –ASCAMARI – vista de fora
Figura 7.11 – ASCAMARI - vista de dentro
Figura 7.12 –Esteira Inutilizada
Figura 7.13 – Prensa de Reciclados
Figura 7.14 – Elevador Hidráulico
Figura 7.16 –Bombonas espalhadas em Itapemirim para o
Depósito dos Resíduos Domésticos
Figura 7.17 – Caminhão Coleta Seletiva na Vila (sede)
Figura 7.18 – Containers para Coleta de Recicláveis
Figura 7.19 – Frequência de Coleta de Resíduos
Figura 8.1 – Falta de Manutenção Boca de Lobo
Figura 8.2 – Inexistência de Bocas de Lobo em algumas
localidades da Sede
Figura 8.3 – Obra de Pavimentação e drenagem no Bairro Jardim
Paulista
Figura 8.4 – Manilhas sendo instaladas na obra de drenagem do
Jardim Paulista
Figura 8.5 –Drenagem em Namytala
Figura 8.6 – Bocas de lobo em Namytala
Figura 8.7 –Ligações clandestina de esgoto na rede de
drenagem pluvial em Campo Acima
Figura 8.8 – Manilhas de rede pluvial recebendo esgoto em
Campo Acima
Figura 8.9 – Estação de Monitoramento Campo Acima
Figura 8.11 –Drenagem Campo Acima
Figura 8.12 – Drenagem Campo Acima
LISTA DE QUADROS
Quadro 1.1 – Formação do Comitê de Coordenação – Município –
Itapemirim
Quadro 1.2 – Formação do Comitê Executivo – Município – Itapemirim
Quadro 1.3 – Formação dos Delegados – Município – Itapemirim
Quadro 2.1 – População e número de domicílios de Itapemirim -
2010
Quadro 2.2 – População e número de domicílios de Itapemirim -
2010
Quadro 2.3 – Longevidade, Mortalidade e fecundidade de
Itapemirim
Quadro 2.4 – PIB Estadual e Municipal
Quadro 2.5 –
Principais Atividades Econômicas de Itapemirim
Quadro 3.1 – Tarifa Média Cobrada por Serviço do SAAE
Quadro 3.2 – Forma de Prestação dos Serviços e Identificação
do Prestador
Quadro 4.1 – Dados Financeiros Referente aos anos 2011, 2012,
2013
Quadro 4.2 – Dados sobre Obras já Licitadas na Área de
Saneamento
Quadro 5.2 – Resultado de Análise da Qualidade da Água
tratada ETA Gomes Referente ao ano de 2014
Quadro 5.3 – Resultado de Análise da Qualidade da Água
Tratada ETA Limão Referente ao ano de 2014
Quadro 5.5 – Resultado de Análise da Qualidade da Água
tratada ETA Garrafão Referente ao ano de 2014
Quadro 5.6 – Resultado de Análise da Qualidade da Água
tratada ETA Graúna Referente ao ano de 2014
Quadro 7.1 – Despesas associadas ao tratamento e destinação
dos resíduos sólidos domésticos
Quadro 7.2 – Funcionários da Secretaria Municipal de Serviços
Públicos
Quadro 9.1 – Ações e horizonte de projeto
Quadro 9.3– Objetivos e metas relacionadas ao nível de
cobertura e índices de tratamento
Quadro 9.4– Objetivos e metas relacionadas ao nível de cobertura
e sua futura universalização
Quadro 9.5– Objetivos e metas relacionadas ao sistema de
drenagem urbana
Quadro 10.1 – Consumo per capita de água 2011-2013
Quadro 10.2– Estimativa dos consumos e vazões de água
Quadro 10.3– Estimativa das vazões de esgoto
Quadro 10.4– Geração média per capita de Resíduos Sólidos no
Brasil
Quadro 10.6– Progressões para a implementação do
reaproveitamento dos RSU e RCC
Quadro 10.8– Projeção da
geração dos resíduos não reaproveitáveis (rejeitos)
Quadro 13.1 – Ações e custos de investimentos relacionados ao sistema de abastecimento de água
Quadro 13.2 – Ações e custos de investimentos relacionados ao sistema de esgotamento
sanitário
Quadro 13.5 – Ações e custos de investimentos relacionados aos programas gerais
Quadro 13.6 – Ações e custos de investimentos relacionados aos programas educacionais
Quadro 13.7 – Cronograma Físico-financeiro – Sistema de
Abastecimento de água
Quadro 13.8 – Cronograma Físico-financeiro – Sistema de
Esgotamento Sanitário
Quadro 13.9 – Cronograma Físico-financeiro – Sistema de
Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
Quadro 13.10 – Cronograma Físico-financeiro – Sistema de
Drenagem Urbana e Manejo de águas pluviais
Quadro 13.11 – Cronograma Físico-financeiro – Programas
Gerais
Quadro 13.12 – Cronograma Físico-financeiro – Programas Educacionais
Quadro 0.1.0.2 – Fontes de financiamento para os serviços de
saneamento
Quadro 0.3.0.4 – Taxa
de juros
Quadro 16.1 – Matriz do Marco Lógico dos PMSB
Quadro 16.7 – Indicadores de Regulação
Quadro 16.8 – Doenças de veiculação hídrica a serem
consideradas para a construção do índice
Quadro 16.9 – Quadro padrão com metas de prazos de
atendimento dos serviços de saneamento.
Quadro 16.10 – Índice de eficiência no prazo de atendimento
dos serviços prestados.
Quadro 16.11 – Estrutura de Atendimento ao Público.
Quadro 16.12 – Adequação das estruturas de atendimento ao
público.
Quadro 16.13 – Adequação das instalações e logística de
atendimento ao público.
Quadro 16.14 – Índice de Micromedição.
Quadro 16.15 – Faixas da Condição 2.
Quadro 16.16 – Faixas da Condição 3.
Quadro 16.17 – Faixas da Condição 4.
Quadro 17.1 – Equipe técnica
alocada
SIGLAS
ANA – Agência Nacional de Águas
APA – Área de Proteção Ambiental
ARSI – Agência Reguladora de Saneamento
Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo
BID – Banco Interamericano de
Desenvolvimento
BIRD – Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
CC – Comitê de Coordenação
CE – Comitê Executivo
CEF – Caixa Econômica Federal
CESB – Companhias Estaduais de Saneamento
Básico
CIM – Custo Incremental médio de longo prazo
CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa
COFIEX – Comissão de Financiamentos
Externos
CTRCI – Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim
LTDA
DAE – Departamento de Água e Esgoto
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FAT – Fundo de Amparo do Trabalhador
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
FNMA – Fundo do Meio Ambiente
FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
FUNDÁGUA – Fundo Estadual de Recursos
Hídricos do Espírito Santo
FUNDEMA – Fundo Estadual do Meio Ambiente
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Renováveis
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
LDO – Leis das Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
MCidades - Ministério das Cidades
MPOG – Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão
O&M – Organização e Métodos
OGU – Orçamento Geral da União
PDDU – Plano Diretor de Drenagem Urbana
PGIRS – Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico
RODES – Programa Despoluição de Bacias
Hidrográficas
PROGEST – Programa de Apoio à Gestão do
Sistema de Coleta e Disposição Final de Resíduos Sólidos
PRO-INFRA – Programa de Investimentos
Públicos em Poluição Ambiental e Redução de Risco e de Insalubridade em Áreas
habitadas por População de Baixa Renda
PROSAB – Programa de Pesquisa em Saneamento
Básico.
PSA – Pagamentos por Serviços Ambientais
RCC – Resíduos da Construção Civil e
Demolição
REBRAMAR – Rede Brasileira de Manejo
Ambiental de Resíduos Sólidos.
RSD – Resíduos Sólidos Domésticos
SS – Resíduos dos Serviços de Saúde
RSU – Resíduos Sólidos Urbanos
SAAB – Saneamento Ambiental Águas do Brasil
SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto
SEAIN – Secretaria de Assuntos
Internacionais do Ministério do Planejamento
SEDU – Secretaria de Desenvolvimento Urbano
SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil
SNIS – Sistema Nacional de Informação sobre
Saneamento
TdR – Termo de Referência
UC – Unidade de Conservação
UF – Unidade da Federação
O presente documento é parte integrante da Etapa
IV, contemplando o relatório final do PMSB referente ao município de
Itapemirim-ES, conforme contrato de número 058/2015, firmado entre a PROJETA
ENGENHARIA e a Prefeitura Municipal de Itapemirim-ES.
Para a elaboração do Plano Municipal, serão
considerados a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, e o Decreto de
Regulamentação nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que estabelecem as diretrizes
para o saneamento básico no País.
O Plano de Trabalho, que engloba os componentes:
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, representa um
modelo de integração entre as etapas estabelecidas no TdR, com
inter-relação lógica e
temporal, objetivando a
elaboração dos produtos solicitados, conforme apresentado a seguir:
ETAPA I – PLANEJAMENTO DO PROCESSO
·
PRODUTO 1 – PLANO DE TRABALHO;
·
PRODUTO 2 – PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
SOCIAL.
ETAPA II – DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO
BÁSICO
·
PRODUTO 3 – DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO DOS
SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO.
ETAPA III – PROGNÓSTICO E ALTERNATIVAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
DE SANEAMENTO BÁSICO
·
PRODUTO 4 – OBJETIVOS E METAS DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO;
·
PRODUTO 5 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES E
HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS E/OU PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIOS;
·
PRODUTO 6 – PLANO DE INVESTIMENTOS;
·
PRODUTO 7 – ARRANJO INSTITUCIONAL E SISTEMA DE
INFORMAÇÃO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO COM SELEÇÃO DOS INDICADORES PARA
MONITORAMENTO DO PMSB.
ETAPA IV – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO E CONSULTA PÚBLICA
·
PRODUTO 8 – RELATÓRIO FINAL DO PMSB;
·
CONSULTA PÚBLICA.
O processo de elaboração do PMSB terá como
referência as diretrizes sugeridas pelo Ministério das Cidades, através do Guia
para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento (MCidades, 2011), sendo elas:
·
Integração de diferentes componentes da área de
Saneamento Ambiental e outras que se fizerem pertinentes em relação à saúde, ao
ambiente e ao desenvolvimento urbano;
·
Promoção do protagonismo social a partir da criação
de canais de acesso à informação e à participação que possibilite a
conscientização e a autogestão da população;
·
Promoção da saúde pública;
·
Promoção da educação ambiental que vise à
construção da consciência individual e coletiva e de uma relação mais harmônica
entre o homem e o ambiente;
·
Orientação pela bacia hidrográfica;
·
Sustentabilidade;
·
Proteção ambiental;
·
Inovação tecnológica.
Segundo a Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei nº
11.445/2007), os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com
base nos seguintes princípios fundamentais:
·
Universalização do acesso;
·
Integralidade, compreendida como o conjunto de
todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de
saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas
necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
·
Abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à
saúde pública e à proteção do meio ambiente;
·
Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de
serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e
à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
·
Adoção de métodos, técnicas e processos que
considerem as peculiaridades locais e regionais;
·
Articulação com as políticas de desenvolvimento
urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de
proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse
social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o
saneamento básico seja fator determinante;
·
Eficiência e sustentabilidade econômica;
·
Utilização de tecnologias apropriadas, considerando
a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e
progressivas;
·
Transparência das ações, baseada em sistemas de
informações e processos decisórios institucionalizados;
·
Controle social;
·
Segurança, qualidade e regularidade;
·
Integração das infraestruturas e serviços com a
gestão eficiente dos recursos hídricos.
O Produto 8 é resultante da elaboração das atividades desenvolvidas na
Etapa I – planejamento do processo, Etapa II – diagnóstico
técnico-participativo, e na Etapa III – objetivos e metas dos serviços de
saneamento básico, programas, projetos e ações e hierarquização das áreas e/ ou
programas de intervenção prioritários para os serviços de saneamento básico,
plano de investimentos e arranjo institucional e sistema de informação
municipal de saneamento básico com seleção dos indicadores para monitoramento do
PMSB. Este produto configura-se como um relatório final do Plano Municipal de
Saneamento Básico (PMSB).
No presente produto, estão sintetizadas todas as informações e dados
obtidos durante o processo de elaboração do PMSB, apresentando-se os planos de
saneamento para cada um dos componentes do saneamento básico. Também
encontra-se apresentada no anexo I a proposta da minuta de lei do Plano
Municipal de Saneamento Básico.
A elaboração do PMSB obedeceu aos preceitos da Lei 11.445/07,
baseando-se, principalmente, nas diretrizes do Ministério das Cidades, através
da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, especificamente no documento
“Definição da Política de Elaboração de Planos Municipais e Regionais de
Saneamento Básico”. As definições da Política e do Plano de Saneamento Básico
estão contidas, respectivamente, nos Capítulos II e IV da supracitada lei, que
estabelece a finalidade, o conteúdo e a responsabilidade institucional do
titular por sua elaboração.
Encontra-se em anexo deste produto a proposta da minuta de lei do Plano
Municipal de Saneamento Básico. Além disso, foram incorporados em anexo também
atas, lista de presença e registros fotográficos de todos os eventos até hoje
realizados no município.
O município de Itapemirim designou os Comitês de Coordenação e Executivo
através da Portaria n° 80-B/2015 de 20 de outubro de 2015 (Anexo II) e Portaria
nº n° 80-A/2015 de 20 de outubro de 2015 (Anexo III), respectivamente. A
composição dos Comitês de Coordenação (CC) e Comitê Executivo (CE) está apresentada
nos Quadros 1.1 e 1.2, respectivamente. No Quadro 1.3 apresenta-se a equipe de
delegados do município e sua respectiva representação.
QUADRO
1.1 –
FORMAÇÃO DO COMITÊ DE COORDENAÇÃO – MUNICÍPIO – ITAPEMIRIM
Comitê de Coordenação |
|
Nome |
Cargo |
Rodrigo de Almeida
Bolelli |
Secretário de Projetos
Especiais e Desenvolvimento estratégico - SEMPEDE |
Paulo José Azevedo Branco |
Procurador do Município |
Ariosto Rapozo de
Medeiros |
Engenheiro Civil |
Fonte: PROJETA ENGENHARIA, 2015.
QUADRO
1.2 –
FORMAÇÃO DO COMITÊ EXECUTIVO – MUNICÍPIO – ITAPEMIRIM
Comitê Executivo |
||
Sistema |
Responsável |
Cargo |
Água |
Germano Amaral Zonzini |
Engenheiro Civil - SAAE |
Esgoto |
Janes Luiz Carneiro |
Oficial Técnico - SAAE |
Drenagem |
Ronaldo Tosta |
Assessor Especial de
Obras |
Resíduos Sólidos |
Ricardo Celso de Toledo
Costa |
Secretário de Serviços
Públicos |
Mobilização Social |
Daniela Viana Marques |
Assessora de Comunicação |
Fonte: PROJETA ENGENHARIA, 2015.
QUADRO 1.3 – FORMAÇÃO DOS DELEGADOS –
MUNICÍPIO – ITAPEMIRIM
Delegados |
||
Membro |
Representação |
|
Titular - Paulo Shalders |
Representante do Conselho Regional de Engenharia
– CREA-ES |
|
Suplente – João Batista Ribeiro Rodrigues |
Representante do Conselho Regional de
Engenharia – CREA-ES |
|
Titular – Maycon Vinícius Lourenço Galante |
Representante do Mercado Imobiliário |
|
Suplente – Nilson Soromenho Neto |
Representante do Mercado Imobiliário |
|
Titular – Benedito Henrique de Araújo |
Representante do Comércio e Indústria |
|
Suplente – Cidauro Mesquita Bourguingnon Filho |
Representante do Comércio e Indústria |
|
Titular – Fabiano de Souza Soares |
Representante das Entidades Cartorárias |
|
Suplente – Fabiano Pires Soares |
Representante das Entidades Cartorárias |
|
Titular – Jania Gomes de Souza Alves |
Representante Sede do Município |
|
Titular – Dayvison Maia de Freitas |
Representante Distrito de Itaipava |
|
Suplente – Luciana Santana de Souza |
Representante Distrito de Itaipava |
|
Titular – Carlos Alberto de Almeida Menezes |
Representante Distrito de Rio Muqui |
|
Suplente – Aladir de Amorim Câmara |
Representante Distrito de Rio Muqui |
|
Titular – Antônio Marques dos Santos |
Representante de Itapecoá |
|
Suplente – Osvaldo de Pereira Araújo |
Representante de Itapecoá |
|
Titular – Sirlei Souza Blanco |
Representante de Piabanha do Norte |
|
Suplente – Genário Ferreira Leal |
Representante de Piabanha do Norte |
|
Titular – Tiago Faria Leal |
Representante da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente - SEMMA |
|
Suplente – Kaio Perim Bizoni |
Representante da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente - SEMMA |
|
Titular - Zacarias Carrareto Filho |
Representante da Procuradoria Geral do
Município PGM |
|
Suplente – Marcelle Perim Alves Viana |
Representante da Procuradoria Geral do
Município PGM |
|
|
Titular - Larissa dos Santos Menezes |
Representante da Secretaria de Projetos
Especiais e Desenvolvimento estratégico - SEMPEDE |
|
Titular – Francieli Lourenço Gomes |
Representante da Secretaria Municipal de
Regularização Fundiária - SEMREF |
|
Suplente – Tamires Cabral da Rocha |
Representante da Secretaria Municipal de
Regularização Fundiária - SEMREF |
|
Titular - Alcirlene Santos Cardozo |
Representante da Secretaria de Obras e
Urbanismo - SEMOU |
Fonte: PROJETA ENGENHARIA, 2015.
O município de Itapemirim está localizado no sul do estado do Espírito
Santo a aproximadamente 132 km da capital Vitória e confronta com os seguintes
municípios: Marataízes, Piúma, Rio Novo do Sul, Presidente Kennedy, Vargem
Alta, Atílio Vivacqua e Cachoeiro de Itapemirim. O mesmo é subdividido em cinco
distritos Itapemirim (sede), Itapecoá, Rio Muqui, Itaipava e Piabanha do Norte
(Figura 2.1). Sua principal bacia Hidrográfica é a Bacia do Rio Itapemirim, no
qual possui uma área de 6.014 km², compreendendo terras dos Estados do Espírito
Santo e Minas Gerais, conforme ilustra a Figura 2.2.
Figura 0.1 – Localidades e
Distritos de Itapemirim
Figura 0.2 – Bacias
hidrográficas que abrangem o município de Itapemirim
Itapemirim, pertence a Microrregião da Metrópole Expandida Sul, região
que representa um importante polo turístico capixaba, possuindo como atrativo,
além das praias e enseadas, as areias monazíticas. Os principais pontos
turísticos são o Monte Aghá, a Ilha dos Franceses, a Lagoa Guannandy, a Praia
de Itaipava, a praia de Itaoca, Praia Gamboa, Igreja Nossa Senhora do Amparo, e
o Frade e a Freira.
A economia local do município gira em torno da cana-de-açúcar, do leite
e da pesca. Itapemirim possui uma das maiores empresas de exportação do Brasil,
situada no distrito de Itaipava, a Atum do Brasil. Segundo informações, esta
empresa é a maior empregadora da região, pois garante trabalho e renda a cerca
de 700 trabalhadores, sendo 134 funcionários diretos, somados a aproximadamente
112 pescadores de barcos próprios e outros 120 barcos de terceiros.
A usina Paineiras também movimenta a economia do município através do
beneficiamento da cana-de-açúcar e na produção de etanol sendo referência no
Estado. E conforme informações do site da empresa, a mesma está na lista das
200 maiores empresas do Estado sendo a sexta maior na indústria de alimentos, e
está entre as 100 maiores empresas privadas com capital capixaba.
O acesso ao município se dá pelas rodovias federais BR-482, BR-101 e
pelas estaduais ES-490, ES-487 e ES-060 (Figura 2.3). A rodovia federal BR-482
se inicia no município de Itapemirim-ES e termina na cidade de Conselheiro
Lafaiete-MG. Sua principal função é ligar os dois Estados, tornando-se uma das
opções de acesso mútuo aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Figura 0.3 - Localização e
acesso ao Município de Itapemirim
O Município de Itapemirim, anteriormente à criação do município de
Cachoeiro de Itapemirim, abrangia todo o sul do estado do Espírito Santo até a
fronteira com Minas Gerais. O município ocupa justamente a região do baixo rio
Itapemirim, que com seu afluente, o rio Muqui do Norte, tem importância
decisiva na vida sócio econômica da região. A mais antiga referência sobre
povoamento da região do atual município de Itapemirim remonta a 1539.
Após ataque dos indígenas Puris, em 1771, mineradores da região da Serra
do Castelo fugiram para a foz do Rio Itapemirim. Dois destes mineradores, Pedro
Bueno e Capitão Baltazar Caetano Carneiro, adquiriram os direitos de Inácio
Cacundo a uma fazenda, com engenho de açúcar. Esta propriedade, denominada
Fazendinha, localizava-se onde é a cidade de Vila de Itapemirim.
A região progrediu com o surgimento de novas fazendas, a concessão de
sesmarias e a legalização das propriedades, no período final do século XVIII e início
do século XIX. Toda vida econômica baseava-se na cultura da cana e na produção
de açúcar e aguardente. O progresso tornou-se tal que, pelo Alvará de 27 de
junho de 1815, foi criado o município de Vila de Itapemirim, sendo o patrimônio
da Câmara demarcado pelo Ouvidor José Líbano de Souza, numa área de meia légua
quadrada e instalada a 9 de agosto de 1815. Nesta época havia nove engenhos de
açúcar desde a foz do Rio Itapemirim até as cachoeiras onde hoje fica a cidade
de Cachoeiro de Itapemirim.
A origem topônimo Itapemirim, dado ao rio e, depois, e à Vila, hoje
cidade, prende-se à presença constante de pontões da cadeia da Mantiqueira.
Destacam-se, ali o imponente Itabira e, um pouco a nordeste, os picos do Frade
e da Freira.
A seguir são apresentadas as características geológicas,
geomorfológicas, pedológicas, hidrogeológicas e hídricas do município de
Itapemirim-ES.
A classificação é baseada na identificação dos fatos geomorfológicos na
qual se distinguem os modelados, agrupados em táxons hierarquicamente
relacionados. Portanto, a classificação é estabelecida de acordo com a ordem de
grandeza, sendo dividida em Domínios Morfoestruturais, subdividas em Regiões
Geomorfológicas e Unidades Geomorfológicas (IJNS, 2012; COELHO et al., 2013). A
Tabela 2.1 apresenta esta hierarquia taxonômica.
TABELA
0.1 - CLASSIFICAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
DOMÍNIOS MORFOESTRUTUTURAIS |
REGIÕES |
UNIDADES |
Depósitos Sedimentares |
Planícies
Costeiras |
Planícies Costeiras, Complexos
Deltaicos, Estuarinos e Praias |
Piemontes Inumados |
Tabuleiros Costeiros |
|
Faixa de Dobramentos
Remobilizados |
Piemontes Orientais |
Colinas e Maciços Costeiros |
Chãs Pré-Litorâneas |
||
Planaltos da Mantiqueira
Setentrional |
Maciços do Caparaó I |
|
Maciços do Caparaó II |
||
Patamares Escalonados do Sul
Capixaba |
||
Maciços Plutônicos |
Compartimentos Deprimidos |
Depressão Marginal |
Planaltos Soerguidos |
Bloco Montanhoso Central |
Fonte: COELHO et al., 2013.
O município de Itapemirim está inserido em 2 Domínios Morfoestruturais
sendo Depósito Sedimentares e Faixa de Dobramentos Remobilizados. Os Depósitos
Sedimentares destacam-se pela ocorrência de sedimentos arenosos e
argilo-arenosos com níveis de cascalho depositados durante o período Cenozóico,
correspondente ao grupo da Formação Barreiras e dos ambientes costeiros. A
Faixa de Dobramentos Remobilizados caracterizam-se pelas evidencias de
movimentos crustais, com marcas de falhas, deslocamentos de blocos e
falhamentos transversos, impondo nítido controle estrutural sobre a morfologia
atual.
O município pertence às regiões de Planícies Costeiras, Piemontes
Orientais e Piemontes Inundas e faz parte das seguintes unidades:
Planícies Costeiras, Estuários
e Praias: distribui-se irregularmente entre a Linha de Costa
e os Tabuleiros Costeiros englobando faixas de praias e as desembocaduras dos rios
que se dirigem ao litoral;
Tabuleiros Costeiros: ocorrem
basicamente desde o sopé das elevações cristalinas representadas pelas Unidades
Chãs Pré-Litorâneas, Depressão Marginal, Patamares Escalonados e Baixadas
litorâneas até as Planícies Quaternárias. Possuem sedimentos cenozóicos do
Grupo Barreiras, constituídos de areias e argilas variegadas com eventuais
linhas de pedra, disposto em camadas com espessura variada;
Colinas e Maciços Costeiros: caracterizam-se por
ser uma área de topografia deprimida, com reduzidos valores altimétricos em
relação a outras unidades, refletindo estrutura fraturada e dobrada.
Uma pequena proporção do território de Itapemirim
apresenta os modelados de Acumulação Fluvial, no qual se constitui área plana
resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas,
correspondentes às várzeas atuais (Figura 2.4).
Figura 0.4 – Mapa de
Geologia
O relevo se apresenta suavemente ondulado a plano (planícies litorâneas
e tabuleiros), possuindo 84,38% de sua área com declividade abaixo de 30%. A
parte de Itapemirim que apresenta altitudes mais elevadas encontra-se no
monumento natural O Frade e a Freira, que é uma formação granítica natural que
fica na divisa de Cachoeiro do Itapemirim, Rio Novo do Sul e Itapemirim (Figura
2.5), as demais apresentam altitudes mais baixas.
Figura 0.5 – Mapa
Hipsométrico Itapemirim
No município de Itapemirim predomina-se o solo Latossolo
Vermelho-Amarelo distrófico, este tipo de solo apresenta alto grau de coesão
natural, expresso especialmente nas superfícies expostas dos cortes das
estradas, englobando a base horizonte superficial (horizonte A) e todo o
horizonte subsuperficial (horizonte B). A camada adensada e argilosa que se
inicia em profundidade variada, normalmente de 10 a 25 centímetros, dificulta a
permeabilidade da água e o enraizamento de plantas, condições que proporcionam
o processo de erosão. Contudo, a região sul de Itapemirim encontra-se o solo
Argilossolo Amarelo Distrófico, caracteriza-se por apresentar gradiente
textual, com nítida separação entre horizontes quanto à cor, estrutura e
textura. Normalmente neste tipo de solo os teores de Fe2O3
são menores que 11% (Figura 2.6).
Figura 0.6 – Mapa de Solo
O clima no município de Itapemirim é classificado como tropical, onde no
inverno existe um menor índice de pluviosidade do que no verão. De acordo com a
Köppen e Geiger a classificação do clima é Aw. A temperatura média de 23.9 °C e
a pluviosidade média anual é 1014 mm.
Conforme pode ser observado na Figura 2.7, o mês de agosto é o mês mais
seco do ano com precipitação em torno de 35 mm, já no mês de dezembro o clima é
mais chuvoso com uma precipitação média de 163 mm, existindo uma diferença de
precipitação de 128 mm. Durante o ano as temperaturas médias de Itapemirim
variam 5,2 °C, sendo janeiro o mês mais quente do ano, com uma temperatura
média de 26.7 °C, e junho o mês com a temperatura mais baixa ao longo do ano,
tendo uma temperatura média de 21.5 °C.
Figura 0.7 – Índice
pluviométrico e temperaturas médias do município de Itapemirim
Fonte: climate-data.org
O município de Itapemirim pertence às Bacias Hidrográficas dos Rios
Itapemirim, Itabapoana e Rio Novo como pode ser visualizado na Figura 2.8. A
bacia hidrográfica de Itapemirim ocupa uma área de aproximadamente 5.919,5 km²
no qual tem como rio principal o Rio Itapemirim. O Rio Itapemirim, possui uma
vazão média de 94.709 l/s e extensão de 135,44 km a partir da confluência de
dois rios, o Braço Norte Esquerdo, com 83,28 km e o Braço Norte Direito, com
70,95 km. Sua foz se localiza no município de Itapemirim e seus principais
afluentes são os Rios Castelo, Muqui do Norte, Braço Norte Direito, Fruteiras,
Pardo, São João de Viçosa, Caxixe, Prata, Alegre, Pardinho, Monte Alverne,
Pedra Roxa e Pedregulho (AGERH, 2015).
Figura 0.8 – Mapa de
Hidrografia
O Rio Itabapoana é de domínio da União e drena os estados do Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, onde estão localizadas suas nascentes.
Ao sair de Minas, ele percorre cerca de 213 km, dividindo o Espírito Santo e o
Rio de Janeiro, apresentando vazão média de 49.354 l/s. Sua foz localiza-se
entre os municípios de Presidente Kennedy-ES e São Francisco de Itabapoana-RJ
(AGERH, 2015).
Os afluentes do Rio Itabepoana drenam uma área total de 4.875 km², sendo
que aproximadamente 2.955 km² estão localizados dentro do Espírito Santo. Os
principais afluentes são: na margem esquerda (ES): o rio preto, o córrego santa
Maria, o rio Veado, o ribeirão São Romão, o córrego Castelinho, córrego
Palmital, rio Calçado, córrego Alegre, rio Barra Alegre, córrego Trindade; na
margem direita (RJ): córrego Ubirajá, córrego São Pedro, córrego Piral, córrego
Muqui do Sul, córrego da Penha, rio Preto, córrego dos Caetés, córrego Jordão,
córrego dos Galos (AGERH, 2015).
O Rio Novo, localizado na região sul do estado do Espírito Santo possui
80,89 km de extensão e suas nascentes localizam-se na serra do Richimond no
município de Vargem Alta. A área da bacia do Rio Novo é de 796,8 km² e tem como
afluentes principais, além do rio Iconha, os rios Guiomar, Ipeaçu, Santo
Antônio e São Benedito. Sua vazão média é de aproximadamente 16.940 l/s. Apenas
parte do município de Itapemirim compõe esta bacia.
Itapemirim situa-se sobre duas unidades
hidrolitológicas: granular e fraturado. A unidade hidrolitológica granular ocorre
em rochas sedimentares consolidadas, sedimentos não consolidados e materiais
arenosos decompostos. Constitui-se uma unidade importante, devido ao grande
volume de água que podem armazenar, e também por normalmente ocorrerem de forma
contínua e abranger grandes áreas (Figura 2.9).
Já a unidade hidrolitológica fraturada é formada
pelas rochas ígneas, metamórficas e algumas rochas sedimentares fortemente
cimentadas, onde os canais do fluxo de água são representados fraturas de
diversas origens, tamanhos e abertura. São unidades restritas e descontínuas,
sendo que cada fenda ou um conjunto restrito delas representam um
aquífero.
Figura 0.9 – Mapa de
Hidrogeologia
O município de Itapemirim está inserido no bioma de Mata Atlântica e
possui um dos maiores fragmentos deste ecossistema no estado. São identificadas
Floresta Ombrófila, que apresentam pastos (úmidos) como principal elemento de
conectividade entre áreas. Apresentam grande porte e composição florística
diversificada. São comuns nestes locais a figueira, ingá, paineira,
jacarandá-vermelho e jequitibá. Ocorre no município as seguintes variações de
floresta ombrófila, como:
§ Floresta Ombrófila Densa;
§ Floresta Ombrófila Semidecidual;
§ Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas;
§ Floresta Ombrófila Densa submontanha;
§ Floresta Ombrófila Densa montanha;
§ Floresta Ombrófila Densa Alto-Montanha;
§ Floresta Ombrófila Aberta (faciações da Floresta Ombrófila densa).
Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas apresentam-se em poucos
fragmentos, que distribuem-se ao longo do município. Apresentam porte máximo de
árvores em torno de 25 m, podendo se citar as espécies: paraju, sapucaia,
ingá-da-prais, leiteira-de-espinho, dentre outras. A principal matriz de
conectividade entre fragmentos nestes locais constitui-se de pastos.
A Floresta Estacional e semidecidual ombrófila constitui-se vegetação
florestal, que representa fases regenerativas e sucessionais tanto da floresta
estacional semidecidual quanto da floresta ombrófila. A estratificação das
formas de Capoeira é mais simples, com presença de dois estratos principais. O
porte máximo das árvores situa-se em torno de 10 m. Na composição florística destas
áreas podemos citar espécies como leiteiro, cambará e açoita-cavalo como de
maior representatividade.
A Floresta de Tabuleiros é caracterizada como a formação florestal de
maior importância do Espírito Santo segundo Ruchi (1950), face aos majestosos
representantes do reino vegetal existentes no local.
A restinga é um dos que pertencem ao grupo das formações pioneiras com
influência marinha. Ocorre nas áreas compreendidas entre as dunas interiores e
as áreas litorâneas fora do alcance do mar. A cobertura vegetal nas restingas
ocorre em mosaico, e encontra-se em praias, cordões arenosos, dunas e
depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato
herbáceo, arbustivos e arbóreo, este último mais interiorizado.
A restinga é uma vegetação mista composta por árvores, arbustos,
epífitas, trepadeiras, muitas bromélias de chão e samambaias. A vegetação da
restinga se caracteriza por folhas rijas e resistentes, caules duros e
retorcidos e raízes com forte poder de fixação no solo arenoso. Nas proximidades
da praia aparecem arbustos de pequeno porte, de 1,5 a 2 m de altura.
Encontra-se este ecossistema, principalmente no distrito de Itaipava,
onde a vegetação ocupa toda faixa litorânea do distrito. A restinga da praia
está presente no litoral em áreas isoladas, que ainda não sofreram com a
especulação imobiliária, encontra-se também sobre cordões arenosos, que estão
presentes em regiões de floresta baixa de restingas, estas formas são
encontradas nas áreas ao sul de Itaoca e ao norte de Itaipava. Dentre as
espécies presentes mais significativas cita-se: Salsa-da-praia (Ipomoea
pés-caprae), Camará (Lantana camara), Feijão-da-praia (Paspalum spp.),
Acariçoba (Hydrocotyle umbellata), Erva-baleeira (Córdia verbenácea), Cacto
(Cereus pernambucensis), Capim praturás (Spartina spp.), Pita (Agave
americana), mangue-branco (Laguncularia racemosa), Clusia (Clusia hilariana),
Guanandy, entre outras.
NA FIGURA 2.10 É REPRESENTADO O MAPA DE COBERTURA
VEGETAL DO MUNICÍPIO DE ITAPEMIRIM.
Figura 0.10 – Mapa Cobertura
Vegetal
Existem em Itapemirim duas unidades de conservação ambiental que devem
ser preservadas e protegidas em interesse aos sistemas ecológicos da região. Uma
delas é a APA de Guanandy, que é uma UC de gestão Estadual, localiza-se entre
três municípios: Piúma, Itapemirim e a porção norte de Marataízes, com uma área
de 5.242 há (Plano Diretor, 2006).
Localiza-se na APA, a Lagoa Guanandy que se divide em sete longos
braços, possui águas escuras devido à presença de tufa. A área apresenta
importantes remanescentes de restinga, em especial, da mata seca. A unidade também abriga o Monte Aghá, de onde
se tem uma vista de 360º da região, desde as ilhas costeiras até o Vale do
Orobó, sendo um local ideal para a prática de esportes de aventura. O
bioartesanato realizado pelas comunidades locais, principalmente pela
Associação das Mulheres do Guanandy, que utilizam sementes para confeccionar
colares e bolsas, também é outra peculiaridade desta Unidade de Conservação
(SEAMA, 2015).
O Parque Municipal Natural do Frade e da Freira foi criado pela Lei 1918
de 2005, pelo executivo municipal da prefeitura de Itapemirim e visa à
preservação de seus ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e
belezas cênicas, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, na
recreação e contato com a natureza e de turismo ecológico. A unidade criada é considerada
de Proteção Integral, que por objetivo básico a preservação da natureza, sendo
admitido apenas uso indireto dos seus recursos naturais. Não é permitida a
existência de qualquer tipo de ocupação de natureza antrópica e exploração de
seus recursos na área do parque.
De acordo com o Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, a
população do município de Itapemirim totaliza em 30.988 habitantes, sendo 62% dos
habitantes em zona urbana e 38% localizados em zona rural.
Quadro 2.1 apresenta os valores absolutos da população e o número de
domicílios particulares permanentes do município.
QUADRO 0.1 – POPULAÇÃO E
NÚMERO DE DOMICÍLIOS DE ITAPEMIRIM - 2010
População |
Domicílios particulares permanentes |
||||
Total |
Urbana |
Rural |
Total |
Urbana |
Rural |
30.988 |
19330 |
11658 |
9389 |
5811 |
3578 |
Fonte: Censo Demográfico IBGE, 2010.
A área territorial do município de Itapemirim é de 561,872 km² e
apresenta uma densidade demográfica de 55,15 hab/km². A população estimada para
o ano de 2015 no município é de 34.272 (IBGE, 2010).
No município de Itapemirim existem lugares onde a densidade demográfica
é maior, como por exemplo, as localidades de Itapemirim Sede, Itaipava, Itaoca,
uma parte de Gomes entre outras localidades como pode ser observado na Figura
2.11.
Figura 0.11 – Mapa de Densidade
Conforme a Figura 2.12 observa-se que no ano de 1991 a população de
Itapemirim era de 44.492 habitantes. Em 1996, a população chegou a 51.112
habitantes, porém no Censo realizado em 2000 a população apresentou um declínio
chegando a 28.121 habitantes, tal fato é explicado pela divisão territorial
datada em 01 de janeiro de 1997 que deu origem ao município de Marataízes. Em
2007, a população voltou a crescer atingindo 30.833 habitantes e em 2010 passou
para 30.988, portanto crescendo de uma forma mais lenta.
Figura 0.12 – Evolução da
população de Itapemirim entre os anos de 1991 à 2010
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010.
A evolução da população de Itapemirim apresentou uma dinâmica diferente
da evolução populacional do Espírito Santo e do Brasil, no qual apresentaram
uma evolução mais linear, crescendo a cada pesquisa conforme é apresentado nas
Figuras 2.13 e 2.14.
Figura
0.13 – Evolução da população do Espírito Santo entre os
anos de 1991 à 2010
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010.
Figura
0.14 – Evolução da população do Brasil entre os anos de
1991 à 2010
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010.
A Figura 2.15 apresenta a distribuição da população de Itapemirim de
acordo com a faixa etária e o gênero. Percebe-se um equilíbrio da distribuição
entre homens e mulheres, correspondendo a 50,1% e 49,9%, respectivamente. De
acordo com a figura, percebe-se uma base mais estreita na faixa de 0-4 anos em
relação às fases adolescentes e adultas. Além disso, percebe-se que a partir do
60 anos de idade a população vai afunilando rapidamente. Esta estrutura etária
demonstra que existe uma População Economicamente Ativa (PEA), entre 15 e 65
anos, maior do que indivíduos não ativos (crianças e idosos).
Figura
0.15 – Pirâmide etária da População de Itapemirim
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013,
elaborado pela parceria entre o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento – PNUD, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e a
Fundação João Pinheiro – FJP, a renda per capita média de Itapemirim cresceu
consideravelmente, chegando a um crescimento de 116,94% nas duas últimas
décadas. Em 1991 a renda per capita era de R$ 197,57, em 2000 passou para R$
313,96 e em 2010 para R$ 428,61. A taxa média anual de crescimento nesse
período foi de 4,16%. No período entre 1991 e 2000 a taxa de crescimento foi de
5,28% e de 316% entre 2000 e 2010.
As pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a
preços de agosto de 2010) são consideradas pobres. Em Itapemirim a proporção
dessas pessoas passou de 59,90%, em 1991, para 30,53% em 2000 e para 15,71%, em
2010.
O Índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de
concentração de renda. A escala varia de
zero a 1, sendo zero a situação de mais igualdade e 1 a situação de mais
desigualdade. Para o município de Itapemirim os valores calculados pelo Índice
de Gini foram de 0,52 em 1991, 0,49 em 2000 e 0,44 em 2010, o que demonstra uma
redução da desigualdade dentro deste período. O Quadro 2.2 apresenta essas
evoluções.
QUADRO
0.2 – POPULAÇÃO E NÚMERO DE DOMICÍLIOS DE ITAPEMIRIM -
2010
1991 |
2000 |
2010 |
|
Renda
per capita (em R$) |
197,57 |
313,96 |
428,61 |
%
de extremamente pobres |
21,37 |
9,38 |
3,06 |
%
de pobres |
59,9 |
30,53 |
15,71 |
Índice
de Gini |
0,52 |
0,49 |
0,44 |
Fonte: PNUD, Ipea, FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013
Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado
determinados ciclos além de indicar a situação da educação entre a população em
idade escolar do estado ela compõe também o IDHM Educação.
No município de Itapemirim, a proporção de crianças de
5 a 6 anos na escola é de 94,49%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de
crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de
80,12%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é
de 49,19%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é
de 31,46%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em
82,91%, 48,11%, 33,64% e 25,22% (Figura 2.16).
Figura 0.16 – Fluxo Escolar por
Faixa Etária - Itapemirim - ES - 1991/2000/2010
Fonte: PNUD, Ipea, FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013
A porcentagem da população de 6 a 17 anos do município
que estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série
foi aumentando com o passar dos anos. Em 2010 era 80,38%, em 2000, 79,94% e em
1991, 78,18%. O número de jovens adultos de 18 a 24 anos que estavam cursando o
ensino superior aumentou. Em 1991 era de 0,67%, passando para 1,33% em 2000 e
6,52% em 2010.
O indicador Expectativa de Anos de Estudo sintetiza a
frequência escolar da população em idade escolar, ou seja, indica o número de
anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência
deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Ela passou de 7,73 anos em 2000
para 8,94 anos em 2010, no município, enquanto na UF passou de 9,51 anos para
9,36 anos. Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de 8,75 anos, no
município, e de 9,30 anos, na UF.
A escolaridade da população adulta é importante
indicador de acesso ao conhecimento e também compõe o IDHM Educação. Entre 2000
e 2010, esse percentual passou de 24,58% para 38,64%, no município, e de 39,76%
para 54,92%, na UF. Em 1991, os percentuais eram de 15,94%, no município, e
30,09%, na UF. Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou
mais de idade, 14,43% eram analfabetos, 33,83% tinham o ensino fundamental
completo, 20,10% possuíam o ensino médio completo e 3,78%, o superior completo.
No Brasil, esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e
11,27% (Figura 2.17).
Figura
0.17 – Escolaridade da população adulta
Fonte: PNUD, Ipea, FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013
Um importante indicador de saúde, e também, da condição
socioeconômica do município é a taxa de mortalidade infantil. Essa taxa
corresponde ao número anual de óbitos de crianças menores de um ano para cada
1.000 nascidos vivos.
A mortalidade infantil no município de Itapemirim
decresceu com o passar dos anos. Ela passou de 49,1 mil nascidos vivos em 1991
para 31,7 por mil nascidos vivos, em 2000, e para 16,2 por mil nascidos vivos,
em 2010. Já na UF, a taxa era de 35, em 1991, de 23,5, em 2000, e 14,2, em
2010. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de 30,6
por mil nascidos vivos para 16,7 por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era
de 44,7 por mil nascidos vivos.
O Quadro 2.3 apresenta a evolução dos indicadores longevidade,
mortalidade e fecundidade do município de Itapemirim. Com a taxa observada em
2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar
abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.
QUADRO
0.3 – LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE DE
ITAPEMIRIM
1991 |
2000 |
2010 |
|
Esperança de vida ao nascer (em anos) |
62 |
67,1 |
73,5 |
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos
vivos) |
49,1 |
31,7 |
16,2 |
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil
nascidos vivos) |
56,8 |
36,8 |
19 |
Taxa de fecundidade total (filhos por
mulher) |
3 |
2,8 |
2 |
Fonte: PNUD, Ipea, FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a
dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No
Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em
2000, e de 64,7 anos em 1991. No município de Itapemirim, a esperança de vida
ao nascer cresceu 6,4 anos na última década, passando de 67,1 anos, em 2000,
para 73,5 anos, em 2010 e em 1991, era de 62,0 anos. Esses dados demonstram um
crescimento maior de longevidade em Itapemirim do que o registrado no Brasil.
A Esquistossomose é uma doença que está altamente relacionada com a
falta de saneamento básico e com a educação sanitária da população residente. O
Espírito Santo é um dos estados da federação que apresenta os maiores índices
da doença, abrigando 21 municípios endêmicos (PLANO ESTADUAL DE SAÚDE, 2012). O
município de Itapemirim não faz parte desta lista e segundo o Plano Estadual de
Saúde (2012), a incidência de esquistossomose por 100 mil habitantes no
município varia de 0 à 9,99.
Segundo o Plano Estadual de Saúde (2012) Itapemirim apresenta um risco
alto de vulnerabilidade para ocorrência da dengue e dados obtidos na Secretaria
Estadual de Saúde do Espírito Santo atesta isso. No ano de 2009, foram
registrados 1403 casos de dengue no município. O ano em que foi registrado o
maior número de casos foi o ano de 2013, com 418 casos. Até o mês de setembro
de 2015, o número de casos registrados já chega a 409 casos.
Ressalta-se que a ocorrência da dengue tem um perfil sazonal, com índices
maiores nos primeiros meses do ano, devido ao aumento na umidade e na
temperatura em virtude do Verão, fatores que favorecem a proliferação do Aedes
aegypti, mosquito transmissor da dengue.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma medida
composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano:
longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de
1, maior o desenvolvimento humano (PNUD, 2015).
Segundo dados do PNUD (2013) o IDHM de Itapemirim em 2010 era de 0,654,
o que posiciona o município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM
entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é
Longevidade, com índice de 0,808, seguida de Renda, com índice de 0,640, e de
Educação, com índice de 0,540.
Ressalta-se que entre os períodos de 1991 e 2000, e entre 2000 e 2010, a
dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi a educação, com crescimento
de 0,187 e 0,191, respectivamente, seguido por longevidade e por renda, como
ilustra a Figura 2.18.
Figura 0.18 – IDHM de
Itapemirim – 1991-2010
Fonte: PNUD, Ipea, FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013
Itapemirim ocupa a 3030ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros
segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o
menor é 0,418 (Melgaço).
Parte dos serviços de saneamento básico do município de Itapemirim são
realizados pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O SAAE é uma Autarquia Municipal, criada pela
Lei Municipal 536/69, conveniada com a FUNASA, que presta serviços de saneamento
básico: tratamento e distribuição de água, coleta, tratamento e destinação
final de esgoto sanitário.
Os serviços de drenagem de água pluvial e de resíduos sólidos são
realizados pela própria prefeitura através das secretarias. A secretaria
responsável pelo manejo dos resíduos sólidos é a Secretaria Municipal de
Serviços Públicos e pelos serviços de drenagem e a Secretaria Municipal de
Obras e Urbanismos.
Segundo dados do DATASUS (Ministério da Saúde, 2015) no município de Itapemirim
existem (6) seis Centros de Saúde/Unidade Básica de Saúde, (7) sete clínicas
especializadas/ambulatório especializados, (8) oito consultórios, (1) uma
farmácia, (2) dois hospitais gerais, (3) três policlínicas, (8) oito postos de
saúde, (1) uma secretaria de saúde, (8) oito unidades de serviço de apoio de
diagnose e terapia, (1) uma unidade de vigilância em saúde e (1) uma unidade
móvel terrestre, totalizando assim em 46 estabelecimentos voltados à saúde.
Na área da educação, Itapemirim possui (24) vinte e quatro
estabelecimentos de ensino pré-escolar, sendo todos eles públicos pertencentes
ao município. No ensino fundamental existem (37) trinta e sete
estabelecimentos, sendo (5) cinco escolas públicas estaduais e (32) trinta e
duas escolas públicas municipais. No ensino médio existem (24) vinte e quatro
estabelecimentos sendo todos eles pertencentes ao ensino público municipal. Não
existem estabelecimentos federais e particulares no município (IBGE CIDADES,
2012).
Itapemirim tem grande potencial turístico, sendo os principais pontos o
Monte Aghá, a Ilha dos Franceses, a Lagoa Guannandy, a Praia de Itaipava, a
praia de Itaoca, Praia Gamboa, Igreja Nossa Senhora do Amparo, e o Frade e a
Freira.
O Produto Bruto Interno (PIB) é uma medida que expressa o valor de todos
os bens e serviços finais produzidos em uma economia ao longo de um período e
também um indicador sintético que, em geral, pode ser apresentado em
frequências anuais ou trimestrais (ISJN, 2015).
Em 2010, o PIB de Itapemirim representava 0,98% do PIB estadual do
Espírito Santo. O município apresentou um crescimento econômico considerável,
entre os anos de 2002 e 2010 o PIB cresceu 552%, passando de aproximadamente
146 milhões em 2002 para 806 milhões em 2010 (Quadro 2.4).
QUADRO
0.4 – PIB ESTADUAL E MUNICIPAL
Ano |
PIB Espírito Santo (R$ mil) |
PIB Itapemirim (R$ mil) |
% em relação ao PIB estadual |
2002 |
26.756.000 |
145.965 |
0,55 |
2003 |
31.063.001 |
193.385 |
0,62 |
2004 |
40.217.000 |
248.971 |
0,62 |
2005 |
47.222.001 |
304.292 |
0,64 |
2006 |
52.777.001 |
268.729 |
0,51 |
2007 |
60.339.001 |
603.123 |
1,00 |
2008 |
69.870.000 |
718.406 |
1,03 |
2009 |
66.763.000 |
477.952 |
0,72 |
2010 |
82.122.000 |
806.125 |
0,98 |
Fonte: IJSN, PIB Estadual e Municipal.
Entre as maiores variações do PIB municipal na comparação com 2009, seis
municípios apresentaram taxa de crescimento acima de 10% e Itapemirim foi um
deles com 37,09% (ISJN, 2012).
Conforme dados do IJSN (2012) a principal atividade de Itapemirim em
2010 era Indústria, Construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública,
correspondendo a 71% do PIB do município (Quadro 2.5). Com base neste quadro
percebe-se uma mudança na economia principal da cidade ao passar dos anos, pois
no ano de 1999 a atividade que mais contribuía para o PIB municipal era a
atividade de Comércio e Serviços seguida pela agropecuária e por último,
Indústria, Construção e SIUP. Já no ano de 2010 a atividade que menos
contribuiu para o PIB foi a agropecuária.
QUADRO 0.5 –
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE ITAPEMIRIM
ANO |
AGROPECUÁRIA (%) |
INDÚSTRIA, CONSTRUÇÃO E SIUP* (%) |
COMÉRCIO E SERVIÇOS (%) |
1999 |
30,32 |
21,91 |
47,77 |
2000 |
33,39 |
20,40 |
46,21 |
2001 |
22,25 |
20,85 |
56,90 |
2002 |
18,47 |
31,10 |
50,43 |
2003 |
17,22 |
36,72 |
46,06 |
2004 |
15,89 |
41,82 |
42,29 |
2005 |
12,63 |
50,44 |
36,93 |
2006 |
17,87 |
33,47 |
48,66 |
2007 |
6,90 |
70,97 |
22,13 |
2008 |
5,83 |
72,55 |
21,62 |
2009 |
7,95 |
58,61 |
33,43 |
2010 |
6,79 |
71,01 |
22,20 |
* SIUP: Serviços Industriais de
Utilidade Pública (Eletricidade, Gás e Água) |
Fonte: Estatística IJSN, 2012.
De acordo com o artigo 41, Capítulo III, da Lei Federal nº 10.257, de 10
de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal,
estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências, o
plano diretor é obrigatório para cidades:
I. com
mais de vinte mil habitantes;
II.
integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III.
onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no
parágrafo 4º do art. 182 da Constituição Federal;
IV.
integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V.
inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
VI.
incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência
de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos
ou hidrológicos correlatos.
§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades
enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a
elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação
adotadas.
§
2o No caso de cidades
com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de
transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
O Plano Diretor do Município de Itapemirim foi sancionado e promulgado
pela Lei Complementar Nº 024 de 09 de outubro de 2006. O plano aborda os
seguintes capítulos:
·
Política e Diretrizes para o desenvolvimento e
expansão urbana e rural;
·
Do uso e ocupação do solo;
·
Do parcelamento do solo urbano;
·
Dos requisitos urbanísticos e ambientais;
·
Do sistema municipal de planejamento, gestão urbana
e instrumentos de participação popular;
·
Das infrações e sanções.
O plano diretor é um instrumento essencial para o desenvolvimento do
município, abaixo é transcrita a definição de Plano Diretor feita por Saboya
(2007):
“Plano diretor é um documento que sintetiza e torna explícitos os
objetivos consensuados para o Município e estabelece princípios, diretrizes e
normas a serem utilizadas como base para que as decisões dos atores envolvidos
no processo de desenvolvimento urbano convirjam, tanto quanto possível, na
direção desses objetivos.” (SABOYA, 2007, p. 39)
Atualmente está em desenvolvimento no município um novo plano diretor
com o intuito de rever os instrumentos de planejamento urbano e rural para organizar
melhor os espaços da cidade.
Na situação institucional dos responsáveis pela prestação de serviços de
saneamento no município de Itapemirim, abaixo são listados os subitens que
serão apresentados neste capítulo:
ü Organograma,
ü Legislação aplicável ao saneamento básico, normas e regulação;
ü
Texto explicativo descrevendo os aspectos jurídicos
e institucionais da prestação dos
serviços;
ü Política tarifária dos serviços de saneamento básico;
ü Quadro resumo da descrição dos
serviços.
São apresentados nas Figuras 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 os organogramas dos
órgãos e entidades envolvidos com o saneamento básico do município.
Figura 3.1 – Organograma do
SAAE
Fonte: Prefeitura de Itapemirim, 2015.
Figura 3.2 – Organograma da
Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo
Fonte: Prefeitura de Itapemirim, 2015.
Figura 3.3 – Organograma da
Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Fonte: Prefeitura de Itapemirim, 2015.
Figura 3.4 – Organograma da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Fonte: Prefeitura de Itapemirim, 2015.
Neste item serão apresentadas as legislações disponíveis a nível
federal, estadual e municipal, relacionadas ao saneamento ambiental. Muitas
normas que serão apresentadas disciplinam de forma direta a questão do
saneamento básico, mas, outras, dizem respeito a temas relacionados com os
quais o Plano Municipal deve guardar intrínseca relação.
Lei regulamentada pelo Decreto Nº 7.217/2010, que estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento básico. Estas legislações definiram que
a partir do exercício financeiro de 2014, a existência de plano de saneamento
básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso a
recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou
administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando
destinados a serviços de saneamento básico.
Demais legislações
federais
·
Lei Federal N° 9.984 de 17/07/2000, dispõe sobre a
criação da Agência Nacional de Água – ANA;
·
Lei Federal N° 9.433 de 08/01/1997, institui a
política de recursos hídricos, cria o Sistema de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;
·
Lei Federal Nº 12.305 de 02/08/2010, institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto nº 7.404, de
23/12/2010;
·
Lei nº 6.938, de 31/08/1981: Dispõe sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências;
·
Lei n° 10.257, de 10/07/2001: Regulamenta os arts.
182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política
urbana e dá outras providências;
·
Lei nº 6.766, de 19/12/1979: Dispõe sobre o
Parcelamento do Solo Urbano e dá outras providências;
·
Portaria Nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde, que
estabelece os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água
para consumo humano e seu padrão de potabilidade;
·
Resolução CONAMA Nº 357/2005, que dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes;
·
Resolução CONAMA Nº 430/2011, que dispõe sobre as
condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a
Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA;
·
Resolução
CONAMA Nº 380/2006, que retifica a Resolução CONAMA Nº 375/2006 e define
critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em
estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados;
·
Resolução CONAMA Nº 377/2006, que dispõe sobre
licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário.
Abaixo são listadas as principais legislações do Estado do Espírito
Santo relacionadas ao saneamento ambiental.
·
Lei Nº 9096/2008, que estabelece as Diretrizes e a
Política Estadual de Saneamento;
·
Lei Nº 9264 de 16/07/2009, Institui a Política
Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências correlatas;
·
Lei Nº 5.818 de 1998, Dispõe sobre a Política
Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento e
Monitoramento dos Recursos Hídricos, do Estado do Espírito Santo - SIGERH/ES, e
dá outras providências.
·
Lei Nº 7.499/2003, Dispõe sobre sistemas
particulares de tratamento de esgoto sanitários e dá outras providências;
·
Decreto Nº 2319-R, DE 04/08/2009. Regulamenta a Lei
Complementar nº 477, de 29 de dezembro de 2008, que criou a Agência Reguladora
de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo – ARSI;
·
Decreto 3.212-R, de 28/01/2013, Dispõe sobre as
diretrizes, para a regularização e o controle ambiental das atividades de
saneamento e dá outras providências;
·
Lei n° 9.531, de 15/09/2010: Institui a Política
Estadual de Mudanças Climáticas - PEMC, contendo seus objetivos, princípios e
instrumentos de aplicação;
·
Lei nº 9.265, de 16/07/2009: Institui a Política
Estadual de Educação Ambiental e dá outras providências;
·
Lei n° 6.295, de 26/07/2000: Dispõe sobre a
administração, proteção e conservação das águas subterrâneas do domínio do
Estado e dá outras providências;
·
Lei Complementar nº 248, de 28/06/2002: Cria o
Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA e dá outras
providências.
·
Lei Nº 536/196, Cria o Serviço Autônomo de Água e
Esgoto.
·
Lei Nº. 1.435, de 07 de março de 1997, Dispõe sobre
a estrutura administrativa do serviço autônomo de água e esgoto (SAAE) do
município de Itapemirim e dá outras providências.
·
Lei Complementar nº 24, de 09/10/2006: Dispõe sobre
o Plano Diretor Municipal de Itapemirim e dá outras providências.
·
Lei nº. 2073, de 16 de março de 2007, Altera o art.
1° da lei municipal n.° 1.985, de 27 de março de 2006, que autoriza ao poder
executivo municipal a contratação de operações de crédito para a execução de
ações de saneamento no município de Itapemirim e, ainda, dispõe sobre a
abertura de crédito especial e a alteração do anexo da lei 1.965/2005, do plano
plurianual, e dá outras providências.
·
Lei nº. 1985, de 27 de março de 2006, autoriza ao
poder executivo municipal a contratação de operações de crédito para a execução
de ações de saneamento no município de Itapemirim e dá outras providências.
·
Lei nº. 1902, de 11 de abril de 2005, dispõe sobre
autorização de criação da tarifa social de saneamento básico e dá outras
providências.
·
Lei nº 2.845, de 29 de dezembro de 2014, institui a
taxa de resíduos sólidos de serviços de saúde - TRSS, e dá outras providências.
·
Lei nº 2.721, de 29 de agosto de 2013, autoriza o
poder executivo municipal a celebrar convênio com a associação de catadores de
resíduos recicláveis de Itapemirim-Ascamari, e dá outras providências.
·
Lei nº. 2331, de 08 de abril de 2010, dispõe sobre
a autorização para o ingresso do poder executivo municipal no contrato de
consórcio público para tratamento e destinação final adequada de resíduos
sólidos da região sul serrana do estado do Espírito Santo - CONSUL.
·
Lei Complementar nº 13, de 30 de dezembro de 2005,
dispõe sobre o sistema de licenciamento ambiental de empreendimentos,
atividades e serviços considerados efetivas ou potencialmente poluidores e/ou
degradadores do meio ambiente – SLAP, sobre o poder de polícia administrativo,
disciplinando as infrações ao meio ambiente e suas penalidades, sobre a
política municipal do meio ambiente, e dá outras providências.
Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são realizados
pela administração pública direta descentralizada na forma de autarquia. No
caso de Itapemirim esta função é delegada ao SAAE – Serviço Autônomo de água e
esgoto, que possui total autonomia jurídica, exercer todas as atividades
relacionadas e inerentes à prestação dos serviços de saneamento, a
administração, a operação, a manutenção e a expansão dos serviços.
Os serviços de drenagem de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos
no município de Itapemirim são realizado de forma direta centralizada pois são
de responsabilidades de secretarias da prefeitura. O serviço de drenagem é de
responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, e o de manejo de
resíduos sólidos é da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.
O SAAE aplica a tarifa para o abastecimento de água conforme está
apresentado no Quadro 3.1. Para os usuários que utilizam os serviços de coleta
de esgoto sanitário o valor da tarifa é de 50% do valor da conta de água.
QUADRO
3.1 – TARIFA MÉDIA COBRADA POR SERVIÇO DO SAAE
CLASSE DE CONSUMO |
INTERVALO DE CONSUMO |
VALOR FAIXA |
Comercial |
0-15 |
2,436 |
Comercial |
16-999 |
3,161 |
Industrial |
0-40 |
3,161 |
Industrial |
41-999 |
4,347 |
Pública |
0-15 |
2,436 |
Pública |
16-999 |
3,161 |
Residencial |
0-15 |
1,745 |
Residencial |
16-20 |
1,909 |
Residencial |
21-30 |
2,042 |
Residencial |
31-40 |
2,209 |
Residencial |
41-999 |
2,436 |
Quanto aos demais serviços de saneamento prestados pelo município, não foram
encontrados informações quanto à política tarifária aplicada.
No quadro 3.2 é apresentado um resumo das formas de prestação dos
serviços de água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos no município de Itapemirim.
QUADRO 3.2 – FORMA DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS E IDENTIFICAÇÃO
DO PRESTADOR
Componentes |
Administração Direta |
Administração Indireta |
Identificação |
Água |
X |
|
SAAE |
Esgoto |
X |
|
SAAE |
Drenagem |
X |
|
Secretaria de obras |
Resíduos Sólidos |
X |
|
Secretaria |
Fonte: Prefeitura de Itapemirim, 2015.
Não foram obtidas informações a respeito dos órgãos reguladores e fiscalizadores
dos serviços de saneamento do município.
O Quadro 4.1 apresenta dados financeiros referentes aos anos de 2011,
2012 e 2013, dos serviços de água e esgoto no município de Itapemirim.
QUADRO
0.1 – DADOS FINANCEIROS REFERENTE AOS ANOS 2011, 2012,
2013
CONTAS |
Unidade |
Ref. |
2011 |
2012 |
2013 |
RECEITAS
OPERACIONAIS |
R$/ano |
FN005 |
3.842.188,62 |
4.629.123,55 |
4.889.603,20 |
DIRETA |
R$/ano |
FN001 |
3.723.562,93 |
4.484.128,79 |
4.672.453,16 |
Água |
R$/ano |
FN002 |
3.254.430,60 |
3.894.901,15 |
4.044.140,36 |
Esgoto |
R$/ano |
FN003 |
469.132,33 |
589.227,64 |
628.312,80 |
Água Exportada |
R$/ano |
FN007 |
0 |
0 |
0 |
Esgoto bruto importado |
R$/ano |
FN038 |
0 |
0 |
0 |
INDIRETA |
R$/ano |
FN004 |
118.625,69 |
144.994,76 |
217.150,04 |
Arrecadação total |
R$/ano |
FN006 |
3.744.304,69 |
4.618.878,12 |
5.076.828,03 |
Crédito de contas a
receber |
R$/ano |
FN008 |
873.289,42 |
1.006.790,28 |
1.404.649,48 |
DESPESAS
TOTAIS COM OS SERVIÇOS (DTS) |
R$/ano |
FN017 |
3.277.341,95 |
3.315.377,02 |
3.624.115,84 |
DESPESAS DE EXPLORACÃO (DEX) |
R$/ano |
FN015 |
3.277.341,95 |
3.315.377,02 |
3.624.115,84 |
Pessoal próprio |
R$/ano |
FN010 |
1.897.983,63 |
2.200.576,43 |
2.517.697,39 |
Produtos químicos |
R$/ano |
FN011 |
213.561,57 |
191.472,54 |
230.526,48 |
Energia elétrica |
R$/ano |
FN013 |
425.951,74 |
520.010,58 |
533.155,97 |
Serviços de terceiros |
R$/ano |
FN014 |
331.087,65 |
356.740,81 |
292.089,69 |
Água importada (bruta ou
tratada) |
R$/ano |
FN020 |
0 |
0 |
0 |
Esgoto bruto exportado |
R$/ano |
FN039 |
0 |
0 |
0 |
Fiscais ou tributárias computadas
na DEX |
R$/ano |
FN021 |
40.339,47 |
46.576,66 |
50.646,31 |
Outras despesas de exploração |
R$/ano |
FN027 |
368.417,89 |
0 |
0 |
SERVIÇO DA DÍVIDA |
R$/ano |
FN016 |
0 |
0 |
0 |
Depreciação,
amortização e provisão |
R$/ano |
FN019 |
0 |
0 |
0 |
Fiscais ou
tributárias não incidentes na DEX |
R$/ano |
FN022 |
0 |
0 |
0 |
Outras
despesas |
R$/ano |
FN028 |
0 |
0 |
0 |
Serviço da
dívida |
R$/ano |
FN034 |
0 |
0 |
0 |
Totais
serviço da dívida |
R$/ano |
FN037 |
0 |
0 |
0 |
INVESTIMENTOS
CONTRATADOS PELO PRESTADOR DE SERVIÇOS |
R$/ano |
FN033 |
261.542,46 |
944.376,45 |
391.872,96 |
SEGUNDO O DESTINO |
R$/ano |
|
261.542,46 |
944.376,45 |
391.872,96 |
Despesas Capitalizáveis |
R$/ano |
FN018 |
122.623,73 |
0 |
0 |
Abastecimento de Água |
R$/ano |
FN023 |
32.994,86 |
457.663,98 |
348.836,48 |
Esgotamento Sanitário |
R$/ano |
FN024 |
89.628,87 |
445.302,97 |
593,75 |
Outros |
R$/ano |
FN025 |
16.295,00 |
41.409,50 |
42.442,73 |
No Quadro 4.2 são
apresentadas informações sobre obras na área de saneamento, disponibilizados
pela prefeitura de Itapemirim.
QUADRO
0.2 – DADOS SOBRE OBRAS JÁ LICITADAS NA ÁREA DE
SANEAMENTO
Água |
038/2015 |
R$
6.329.036,58 |
Implementação
de melhorias de sistema de abastecimento de água de Itaipava Itaoca e Porto
de Gamboa |
05/01/2016 |
Em Andamento |
Água |
|
R$ 1.115.368,63 |
Contratação
de empresa visando serviços de ampliação de rede de água na Rua Maurício de
Souza esquina com Rua Joacima a Beta Gomes e substituição da rede de cimento
da Rua Bonfim de partida Av. Itaipava distrito de Itaipava Itapemirim |
|
Processo em andamento |
|
|
R$ 17.444.405,21 |
|
|
|
Drenagem |
242/2015 |
R$
68.873,80 |
Drenagem pluvial
construção de filtro Sumidouro e saída de rede de água pluvial em seis
logradouros transversais com acesso Avenida Atlântica Itapemirim ES |
26/10/2015 |
Cancelado |
Drenagem |
303/2014 |
R$
54.864,90 |
Serviço de
drenagem pluvial Rua das Castanheiras Parque da Rua Três Irmãos Rua Timóteo e
roubaram na localidade de Itaipava no município de Itapemirim |
|
Concluído |
Drenagem |
487/2015 |
R$
46.733,90 |
Contratação
de serviços de drenagem pluvial do Bairro Vila Nova-Sede |
|
Concluído |
Drenagem |
289/2015 |
R$
76.214,57 |
Serviço de
drenagem da Rua Maria Fernandes, Marvila na localidade de Campo Acima e serviço
de pavimentação de rua na localidade de Bom Será no município de Itapemirim |
|
Licitado |
Drenagem |
179/2015 |
R$ 52.626,56 |
Prestação
de serviço de drenagem na avenida principal na localidade de Garrafão |
|
Concluído |
|
|
R$ 299.313,73 |
|
|
|
Esgoto |
298/2015 |
R$
89.218,47 |
Execução
de construtora de sistema de esgotamento sanitário residencial na localidade
de Campo Acima Itapemirim |
20/10/2015 |
Em Andamento |
Esgoto |
241/2015 |
R$
123.209,60 |
Prestação
de serviço de sistema de esgotamento sanitário residencial - localidade
garrafão município de Itapemirim |
|
Licitado |
Esgoto |
153/2015 |
R$ 6.939.586,06 |
Execução de serviço de
construção sistema de tratamento de esgoto criação de rede coletora no
distrito de Itaipava no município de Itapemirim |
|
Cancelado |
Esgoto |
091/2015 |
R$ 342.000,00 |
Contratação
de empresa especializada para locação de estação de tratamento de esgoto
compacta do tipo UASB+BF+DS incluindo operação e manutenção de todo sistema de
tratamento para atender os quiosques da orla de Itaoca no município de
Itapemirim |
31/05/2016 |
Concluído |
Esgoto |
050/2015 |
R$
8.339.410,15 |
Serviço de
obra de construção do sistema de esgotamento sanitário em
Itaoca/Itaipava/Joacima em Itapemirim/ES |
01/07/2015 |
Fase de Conclusão |
Esgoto |
- |
R$
4.320.990,44 |
Prestação
de serviço de implantação de sistema de esgotamento sanitário de Graúna
Itapemirim |
|
Processo em Andamento |
Esgoto |
- |
R$ 7.054.931,08 |
Prestação de
serviço de implantação de sistema de esgotamento sanitário de Campo Acima
Itapemirim |
|
Processo em Andamento |
|
|
R$
27.209.345,80 |
|
|
|
Resíduos |
|
R$ 326.108,45 |
Serviço de
construção de estação de transbordo no municipio de Itapemirim |
24/08/2015 |
Em Andamento |
Fonte: Prefeitura Itapemirim, 2015.
O sistema de abastecimento de água do município de Itapemirim
é operado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto-SAAE. O sistema do município é
constituído por uma Estação de Tratamento de Água (ETA) principal, além de mais
seis estações de tratamento de água menores.
Segundo informações repassadas pelo SAAE 97% das residências
possuem hidrometração e existem projetos de ampliação de redes de abastecimento
para as localidades: Afonsos, Ilha do Gato, Pedrinhos, Penha, Areinha e Luanda.
O sistema de abastecimento de água do município de Itapemirim é dividido
em sete ETA’s como já mencionado, sendo elas: ETA Sede, ETA Gomes, ETA Limão,
ETA Pedra Rio Muqui, ETA Garrafão, ETA Graúna e ETA São João da Lancha. Nos
próximos itens serão descritas características de cada uma delas quanto aos
mananciais e captação de água bruta, elevação e adução de água bruta, o sistema
de tratamento, reservação e rede de distribuição de água tratada.
A captação principal do sistema de abastecimento da ETA Sede ocorre no
Rio Itapemirim através de uma bomba anfíbia, no qual posteriormente é recalcada
para a ETA através de (3) três tubulações de ferro fundido que correspondem a
DN 250mm, DN 300 mm e DN 350mm. O ponto de captação é referenciado pelas coordenadas
UTM X= 309185 e Y= 7675880, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S (Figuras 5.1 e 5.2). O
rio Itapemirim pertence a Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim
Por causa da crise hídrica, o nível de água do rio Itapemirim
encontra-se baixo, como pode ser observado nas figuras 5.1 e 5.2. Devido a este
fato, foi identificado durante a pesquisa de campo um problema neste ponto de
captação, pois o mesmo localiza-se próximo a desembocadura do rio com o mar, e
quando a maré sobe, a água salobra invade o Rio Itapemirim, o que dificulta o
tratamento da água. Quando ocorre este evento, a ETA costuma parar o seu
funcionamento por um tempo e depois retornar quando a água apresenta-se menos
salobra.
Figura 0.1 –
Captação Principal no Rio Itapemirim
Fonte: Projeta Engenharia, 2015.
Figura 0.2 –
Detalhe da Captação
Fonte: Projeta Engenharia, 2015
Segundo o SAAE, quando o rio Itapemirim encontra-se em condições
normais, a água é distribuída com uma concentração de salinidade de 25 mg/l a
30 mg/l. Com intuito de não deixar a população sem abastecimento neste período
de seca, o SAAE estava distribuindo a água com uma concentração de 150 mg/l,
porém houve muita reclamação em relação a salinidade da água.
Diante dos fatos, o SAAE entrou em um consenso e estipulou um valor
limite de concentração para a distribuição de água. Esse valor é 80mg/l e
quando a concentração de salinidade atinge essa concentração ocorre a
paralisação da ETA. Vale ressaltar que a
portaria nº 2.914, estabelece o valor máximo permitido de cloreto (sal) para
consumo humano em 250 mg/L, ou seja, as concentrações de salinidade na água
distribuída pelo SAAE encontram-se dentro do limite estabelecido por esta
portaria.
Na Figura 5.3 podem ser observadas as bombas utilizadas para o recalque
da água bruta da captação até a ETA sede.
|
Figura 0.3 –
Bombas Utilizadas para o Recalque de Água Bruta Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A Estação de Tratamento de Água é do tipo convencional e funcional
18h40min por dia e trata, em média, 208,44 L/s (litros por segundo) produzindo
em média 14.007,17 m3/dia. Está localizada na sede do Município de
Itapemirim sendo referenciada pelas coordenadas UTM X= 309547 e Y= 7675752,
Datum SIRGAS 2000 Zona 24S.
O sistema abastece a sede dos municípios de Itapemirim e Marataízes e as
seguintes comunidades no município de Itapemirim: Candéus, Campo Acima e Duas
Barras. Além disso, abastece algumas localidades de Marataízes como Barra do
Itapemirim, Nova Marataízes, Lopo, Maraguá, Jacarandá, Lagoa Dantas, Lagoa do
Siri, Praia dos Cações, Boa Vista do Sul e Pontal. Desta forma, totalizando
65.344 habitantes atendidos (Marataízes+Itapemirim).
As fases do processo de tratamento são: captação, adução, coagulação,
floculação, decantação, filtração, cloração/desinfecção, fluoretação e correção
de pH. Os reagentes utilizados na estação de tratamento de água são: sulfato de
alumínio hipoclorito de sódio, cal hidratada e fluorsilicato de sódio.
O processo de distribuição deste sistema é misto recalque/gravidade.
Segundo informações do SAAE, na sede de Itapemirim a água tratada é bombeada
para um reservatório localizado nas coordenadas UTM X= 309603 Y= 7675951, Datum
SIRGAS 2000, zona 24S. O reservatório é ilustrado na Figura 5.4.
|
Figura
0.4 – Reservatório Utilizado para
a Distribuição de Água na Sede de Itapemirim Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A Figura 5.5
demonstra o panorama da ETA principal já na Figura 5.6 os floculadores,
decantadores e filtros.
|
|
|
Figura 0.5 –
Vista ETA Principal Fonte: Projeta
Engenharia, 2015. |
Figura 0.6 –
ETA Principal sistema de tratamento Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
Na Figura 5.7
podem ser observados os reservatórios que armazenam o sulfato de alumínio,
reagente responsável pela coagulação das impurezas contidas na água bruta e na
Figura 5.8 o local de armazenamento do hipoclorito de sódio, produto
responsável pela desinfecção da água.
|
|
Figura 0.7 –
Reservatório de Sulfato de Alumínio Fonte: Projeta
Engenharia, 2015. |
Figura 0.8 –
Reservatório de Cloro Fonte: Projeta
Engenharia, 2015. |
Na Figura 5.9 observa-se o reservatório que armazena água para a lavagem
dos filtros e na Figura 5.10 demonstra a tela de controle das ETA’s através do
sistema GPRS. Todas as ETA’s são monitoradas através da tecnologia Telemetria,
que é focada em monitorar, medir e/ou rastrear fatos através de dados, enviando
via comunicação sem fio (rádio ou satélite) a uma central de controle que no
caso localiza-se na ETA sede.
Segundo informações o sistema permite monitorar em tempo real o
funcionamento das estações de tratamento, elevatórias, reservatórios, medidores
de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema. Além de
armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento e
retratar falhas de operação, falhas de equipamentos, valores anormais de
níveis, pressões e vazões. Também previne e minimiza as perdas garantindo a
qualidade dos serviços prestados.
Figura 0.9 – Reservatório para Lavagem dos
Filtros
Fonte: Projeta Engenharia, 2015
Figura
0.10 – Sala de Controle das ETA’s
Fonte: Projeta Engenharia, 2015
Existe um laboratório para análise de qualidade da água dentro da ETA
Sede, neste laboratório são realizadas as análises de rotina da água tratada de
todas as ETA’s, sendo as amostradas coletadas duas vezes por semana (2ª e 5ª).
Alguns parâmetros da ETA sede são analisados de duas em duas horas, como é o
caso do flúor e de hora em hora os parâmetros de turbidez, residual de cloro e
pH.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914/2011
são realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente.
Os resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no
quadro
5.1. O laboratório pode ser observado nas Figuras 5.11 e 5.12.
|
|
Figura
0.11 – Laboratório Sede Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
0.12 – Laboratório Sede Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
QUADRO 0.1 – RESULTADO DE ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
TRATADA DA SEDE DE ITAPEMIRIM REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes Totais (3) |
Escherichia Coli (4) |
|
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
Mg/l |
||||
Janeiro |
7,0 |
1,2 |
6,7 |
1,1 |
0,74 |
2,9 |
0 |
Fevereiro |
7,1 |
1,2 |
11,1 |
1,0 |
0,83 |
0 |
- |
Março |
7,2 |
1,4 |
1,2 |
0,7 |
0,80 |
1,5 |
0 |
Abril |
7,3 |
1,1 |
4,7 |
0,8 |
0,75 |
0 |
- |
Maio |
7,4 |
1,0 |
0,5 |
0,7 |
0,74 |
0 |
- |
Junho |
7,4 |
0,8 |
2,6 |
0,7 |
0,71 |
2,9 |
0 |
Julho |
7,6 |
1,0 |
4,7 |
0,80 |
0,71 |
2,9 |
0 |
Agosto |
7,4 |
1,0 |
11,1 |
0,6 |
0,70 |
0 |
- |
Setembro |
7,4 |
0,9 |
6,7 |
0,6 |
0,72 |
0 |
- |
Outubro |
7,3 |
0,9 |
6,1 |
0,6 |
0,77 |
0 |
- |
Novembro |
7,2 |
0,9 |
4,4 |
0,6 |
0,73 |
0 |
- |
Dezembro |
7,1 |
0,7 |
6,9 |
0,8 |
0,67 |
4,41 |
0 |
Limites |
6 – 9 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max.
5% |
Ausente |
Número de amostra por parâmetro |
|||||||
Exigidas |
192 |
804 |
192 |
804 |
96 |
804 |
5 |
Analisadas |
814 |
814 |
197 |
814 |
133 |
814 |
5 |
Anômalas |
3 |
17 |
17 |
2 |
0 |
4 |
0 |
Conformidade |
811 |
797 |
180 |
812 |
133 |
810 |
5 |
(1) Unidade de Hazen (2) Unidade nefelométrica de turbidez (3) Ausência em
95% das amostras (4) Exame realizado
quando confirmado resultado positivo para coliformes totais
Observação: Quando
detectadas anomalias, medidas corretivas foram adotadas para o retorno da
normalidade.
|
|
Figura
0.13 –
ETA Principal, Bombas e Elevação de Água Tratada
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.14 –
ETA Principal, Bombas e Elevação de Água Tratada Fonte: Projeta
Engenharia, 2015. |
Observa-se no Quadro 5.1, que na ETA sede, a maioria dos parâmetros
analisados ficou de acordo com o limite estabelecido pela legislação.
São utilizados dois materiais nas redes de distribuição, PVC e amianto.
Não se obteve informações a respeito da extensão total dessas redes e as
dimensões exatas das tubulações, podendo estas ser de DN 100mm, DN 150mm e DN
200mm.
Na ETA principal existem 5 conjuntos motobombas para a elevação da água
tratada conforme as Figuras 5.13 e 5.14. Segundo informações do SAAE, 70% da
água tratada que sai da ETA principal é direcionada para a cidade de
Marataízes, sendo armazenadas em um reservatório de 3.000 m³ localizado em
Marataízes e os 30% restante abastece a sede de Itapemirim.
A captação de água para a ETA Gomes é realizada na Lagoa Guanandy sendo
o ponto de captação referenciado pelas coordenadas UTM X= 310943 e Y= 7684962,
Datum SIRGAS 2000, Zona 24S (Figuras 5.15 e 5.16). A Lagoa Guanandy pertencente
à bacia hidrográfica do Rio Novo.
Conforme pode ser observado nas Figuras 5.15 e 5.16, o nível da lagoa
encontra-se baixo e aparentemente a água encontra-se com aspectos de
eutrofização e com grande quantidade de matéria orgânica, podendo ser este o
fator no qual está dificultando o tratamento da água. Com intuito de solucionar
parte deste problema, o SAAE fez uma intervenção no canal do Pinto realizando
uma limpeza no mesmo para que em época de chuva uma parte da água deste canal
escoe para a lagoa devido ao fato da lagoa e o canal estarem próximos.
A captação é realizada diretamente da lagoa através de bomba centrífuga
conforme demonstrado na Figura 5.17. A água captada é recalcada para ETA Gomes.
|
|
Figura 0.15 – Captação de Água Bruta na
Lagoa Guanandy
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.16 – Lagoa Guanandy Figura 0.17 – Bomba de Recalque Captação
da ETA Gomes
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
A Estação de Tratamento de Água do Gomes localiza-se nas coordenadas UTM
X= 312188 e Y= 7686424, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S e o processo de
distribuição do sistema é realizado por gravidade, no qual abastece Gomes e as localidades
de Itaoca, Itaipava, Muritioca e Joacima, com o total de 26.032 habitantes.
(Sendo que no verão esta população aumenta significativamente).
A ETA Gomes é do tipo misto convencional/flotação e funciona
23h30min/dia trata em média, 49,46 L/s (litros por segundo) produzindo em média
4.184,32 m3/dia. As fases do processo de tratamento são: captação, adução,
coagulação, floculação, decantação/flotação, filtração, cloração/desinfecção,
fluoretação e correção de pH (Figuras 5.18 e 5.19). Os reagentes utilizados no
processo de tratamento são o sulfato de ferro e alumínio, nalcolyte (polímero
para facilitar o tratamento), hipoclorito de sódio, cal hidratada e
fluorsilicato de sódio além de ortopolifosfato adicionado para proteger a
tubulação contra corrosão e oxidação.
|
|
Figura 0.18 –
Vista do Floculador e Decantador da ETA Gomes Fonte: Projeta
Engenharia, 2015. |
Figura 0.19 –
Vista da ETA Gomes Fonte: Projeta
Engenharia, 2015. |
Foi construído e ativado recentemente um novo floculador na ETA (Figura
5.20) e existem dois filtros desativados devido a problemas de funcionamento. Segundo
informações de funcionários do SAAE, no réveillon e no carnaval a vazão tratada
diária chega a ser de 90 a 100 l/s devido ao aumento da população flutuante
neste período.
O SAAE está efetuando melhorias na ETA Gomes para suprir as demandas,
até a nova estação de tratamento entrar em operação. Foram instalados perfis de
pvc no meio dos decantadores para melhorar o tratamento da água nesta ETA. Os
perfis possuem 1 metro de altura e foram instalados abaixo da lâmina d’água de
forma que os flocos formados possam decantar e se estabilizar no fundo (Figura
5.21).
|
|
Figura 0.20 –
Novo Floculador na ETA Gomes Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.21 – ETA
Gomes Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Existem dois tanques de contato onde são aplicados o cloro e o flúor,
cada um possui capacidade de 150.000 litros e são semienterrado, são destes
reservatórios que saem as tubulações de distribuição (Figura 5.22). As
tubulações encaminham água tratada para os reservatórios e para as residências
e redes de distribuição. O diâmetro da rede que abastece Itaoca é de 150 mm e o
material é amianto, já as redes que abastecem Itaipava e Joacima possuem
diâmetros de 200 mm e 150 mm de pvc e do Gomes possui diâmetro de 100 mm de
pvc.
O reservatório que armazena água da ETA Gomes para distribuição nas
comunidades são os reservatórios denominados de Bela Vista localizados nas
coordenadas UTM X=315541 e Y=7689450, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S, com
capacidade total de 120.000 litros divididos entre três reservatórios como
demonstrado na Figura 5.23.
|
|
Figura 0.22 –
Tanques de Contato ETA Gomes
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.23 –
Reservatórios Bela Vista
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Em relação a análises de controle da água tratada, são realizadas
análises de pH, cloro residual e flúor de hora em hora na própria ETA. Segundo
informações dos funcionários do SAAE duas vezes por semana são coletadas
amostras que são analisadas na ETA sede.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914 são
realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente. Os
resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no Quadro
5.2.
Analisando o Quadro 5.2 observa-se que na ETA Gomes, em relação ao
parâmetro cor, apenas as amostras dos meses de fevereiro, maio, julho, setembro
e dezembro ficaram dentro do limite estabelecido. Para o parâmetro turbidez
apenas o resultado de mês de janeiro que ficou superior ao limite
estabelecido.
Já existe um projeto em questão relacionado a esta ETA. A alternativa
pensada consiste em construir uma nova ETA e deixar esta ETA apenas
emergencial, e realizar a captação da nova ETA no Rio Novo.
QUADRO 0.2 – RESULTADO DE ANÁLISE DA
QUALIDADE DA ÁGUA TRATADA ETA GOMES REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes Totais (3) |
Escherichia
Coli (4) |
|
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
mg/l |
||||
Janeiro |
6,6 |
1,7 |
27,0 |
5,3 |
1,00 |
0 |
- |
Fevereiro |
6,8 |
1,3 |
14,6 |
3,1 |
0,74 |
2,2 |
0 |
Março |
7,4 |
0,9 |
27,9 |
3,3 |
0,71 |
0 |
- |
Abril |
8,1 |
1,8 |
18,0 |
2,3 |
0,80 |
0 |
- |
Maio |
8,1 |
2,0 |
13,2 |
1,9 |
0,79 |
0 |
- |
Junho |
7,9 |
2,4 |
22,2 |
3,4 |
0,80 |
0 |
- |
Julho |
8,1 |
2,0 |
12,6 |
1,7 |
0,94 |
0 |
- |
Agosto |
7,7 |
1,7 |
16,3 |
2,1 |
0,64 |
0 |
- |
Setembro |
7,3 |
1,5 |
8,9 |
3,2 |
0,69 |
0 |
- |
Outubro |
7,6 |
1,8 |
18,8 |
1,9 |
0,78 |
0 |
- |
Novembro |
7,3 |
1,7 |
11,7 |
2,0 |
0,80 |
0 |
- |
Dezembro |
|
|
|
|
|
2,2 |
0 |
Limites |
6 – 9 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max. 5% |
Ausente |
Número de amostra por parâmetro |
|||||||
Exigidas |
120 |
540 |
120 |
540 |
60 |
540 |
2 |
Analisadas |
545 |
545 |
332 |
545 |
113 |
545 |
2 |
Anômalas |
23 |
68 |
53 |
19 |
0 |
6 |
0 |
Conformidade |
522 |
477 |
279 |
526 |
113 |
539 |
2 |
(1) Unidade de Hazen (2) Unidade
nefelométrica de turbidez (3) Ausência em 95% das amostras (4) Exame realizado quando confirmado
resultado positivo para coliformes totais
Observação: Quando
detectada alguma anomalia, medidas corretivas são adotadas para o retorno da
normalidade.
A construção desta
nova ETA já se encontra em andamento como pode ser observado nas Figuras 5.24 e
5.25. Esta obra localiza-se muito próxima a área utilizada para transbordo do
resíduo de Itapemirim.
|
|
Figura 0.24 –
Placa Referente Implementação de Melhorias no Sistema de Abastecimento de
Água
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.25 –
Área onde será construída a nova ETA
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A captação do sistema de abastecimento da ETA Limão ocorre no rio
Itapemirim sendo referenciando pelas coordenadas UTM X= 300987 e Y= 7678704,
Datum SIRGAS 2000, Zona 24S (Figuras 5.26 e 5.27). A captação é realizada
diretamente do curso d’água através de bomba centrífuga e a água captada é
recalcada para ETA Limão através de uma tubulação PVC PBA de diâmetro 75mm. O
rio Itapemirim pertence à bacia hidrográfica do Rio Itapemirim.
|
|
Figura
0.26 –
Captação da ETA Limão no Rio Itapemirim Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.27 –
Manancial de Captação ETA Limão – Rio
Itapemirim Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A ETA Limão é do tipo convencional estando localizada nas coordenadas
UTM X= 300910 e Y= 7678749, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S, funciona 07h34min/dia
e trata, em média, 6.30 L/s (litros por segundo) produzindo em média 171,61
m3/dia. O processo de distribuição deste sistema é por gravidade diretamente
para as seguintes comunidades: Limão, Bom Será, Vargem Grande, Retiro, Irmãos
Kennedy, Palmital e Santo Amaro totalizando 1192 habitantes.
As fases do processo de
tratamento são: captação, adução, coagulação, floculação, decantação,
filtração, cloração/desinfecção, fluoretação e correção de pH (Figuras 5.28 e
5.29). Os reagentes utilizados na estação de tratamento de água são: sulfato de
alumínio hipoclorito de sódio, cal hidratada e fluorsilicato de sódio.
|
|
Figura 0.28 –
ETA Limão Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.29 –
Filtro ETA Limão Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Nesta ETA, possui um reservatório de 20.000 litros e outro de 10.000
litros de água tratada, como pode ser observado na Figura 5.26. Segundo informações
obtidas durante as visitas, o SAAE está aumentando a rede de distribuição de
água que sai desta ETA, porém a capacidade de operação continuará a mesma.
Em relação a análises de controle da água tratada, são realizadas
análises de pH, cloro residual e flúor de hora em hora na própria ETA e de
acordo com informações dos funcionários do SAAE duas vezes por semana são
coletadas amostras que são analisadas na ETA sede.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914 são
realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente. Os
resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no Quadro
5.3.
Analisando o Quadro 5.3 observa-se que para o parâmetro cor, os
resultados obtidos nos meses de janeiro, março, abril, maio, agosto e dezembro,
ficaram acima do limite estabelecido.
QUADRO
0.3 – RESULTADO DE ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
TRATADA ETA LIMÃO REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes
Totais (3) |
Escherichia
Coli (4) |
|
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
Mg/l |
||||
Janeiro |
6,5 |
1,6 |
19,7 |
4,5 |
0,86 |
0 |
- |
Fevereiro |
6,6 |
1,5 |
9,5 |
3,5 |
0,62 |
0 |
- |
Março |
6,7 |
1,3 |
23,4 |
4,2 |
0,78 |
0 |
- |
Abril |
6,7 |
1,4 |
16,9 |
3,4 |
0,52 |
0 |
- |
Maio |
7,0 |
2,0 |
18,6 |
3,7 |
0,61 |
0 |
- |
Junho |
7,1 |
1,2 |
7,9 |
1,7 |
0,60 |
0 |
- |
Julho |
7,2 |
1,2 |
4,9 |
1,0 |
0,59 |
0 |
- |
Agosto |
6,9 |
1,3 |
15,8 |
5,0 |
0,44 |
0 |
- |
Setembro |
7,1 |
1,1 |
14,4 |
2,1 |
0,58 |
0 |
- |
Outubro |
6,9 |
1,5 |
14,7 |
1,1 |
0,60 |
0 |
- |
Novembro |
7,0 |
0,6 |
13,2 |
2,2 |
0,60 |
0 |
- |
Dezembro |
6,8 |
1,2 |
20,6 |
3,3 |
0,42 |
0 |
- |
Limites |
6 – 9,0 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max. 1 |
Ausente |
Número de amostra por parâmetro |
|||||||
Exigidas |
120 |
120 |
120 |
120 |
60 |
120 |
0 |
Analisadas |
128 |
128 |
123 |
128 |
62 |
128 |
0 |
Anômalas |
0 |
12 |
43 |
19 |
0 |
0 |
0 |
Conformidade |
128 |
116 |
80 |
109 |
62 |
128 |
0 |
(1) Unidade
de Hazen (2)
Unidade nefelométrica de turbidez (3) Máximo 1
Amostra por mês (4) Exame realizado quando confirmado resultado
positivo para coliformes totais .
Observação: Quando
detectadas anomalias medidas corretivas são adotadas para o retorno da normalidade.
A captação do sistema de abastecimento da ETA Pedra do Rio Muqui ocorre
no manancial Rio Muqui no qual é realizada através de uma bomba centrífuga. A
adução de água bruta para a ETA é realizado por tubulação PVC defofo de 100mm e
posteriormente a água captada é recalcada para ETA Pedra do Rio Muqui. As
coordenadas do ponto de captação são UTM X= 297548 e Y= 7677059, Datum SIRGAS
2000, Zona 24S (Figuras 5.30 e 5.31).
|
|
|||
Figura 0.30 –
Captação Principal Manancial Rio Muqui
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.31 –
Detalhe da Captação Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A ETA Pedra Rio Muqui é do tipo convencional, localiza-se nas
coordenadas UTM X= 297451 e Y= 7676659, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S, funciona
02h28min/dia e trata em média, 6,51 L/s (litros por segundo) produzindo em
média 57,81 m3/dia. As fases do processo de tratamento são: captação, adução,
coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração/desinfecção,
fluoretacão e correção de pH (Figuras 5.32 e 5.33). Os reagentes utilizados na
estação de tratamento de água são: sulfato de alumínio hipoclorito de sódio,
cal hidratada e fluorsilicato de sódio.
|
|
Figura
0.32 –ETA Pedra Rio Muqui Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
0.33 – Vista de Cima ETA Pedra Rio Muqui Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
O processo de distribuição de água deste sistema é por gravidade e
distribui a água para as comunidades Pedra Rio Muqui e Brejo Grande do Norte.
Está sendo ampliada a rede de distribuição para atender a comunidade de Brejo
Grande do Sul. A água tratada é armazenada em 6 reservatórios de 20.000 litros
cada um, totalizando um volume total armazenado de 120.000 litros conforme
demonstrado na Figura 5.34.
|
Figura
0.34 – Reservatórios ETA Pedra Rio
Muqui Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Em relação a análises de controle da água tratada, são realizadas
análises de pH, cloro residual e flúor de hora em hora na própria ETA. Segundo
informações dos funcionários do SAAE duas vezes por semana são coletadas
amostras que são analisadas na ETA sede.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914 são
realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente. Os
resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no Quadro
5.4.
QUADRO
0.4 – RESULTADO DE ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
TRATADA ETA PEDRA RIO MUQUI REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes Totais (3) |
Escherichia Coli (4) |
|
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
Mg/l |
||||
Janeiro |
5,6 |
1,2 |
8,9 |
0,85 |
1,0 |
0 |
- |
Fevereiro |
6,5 |
1,9 |
2,2 |
0,68 |
1,2 |
0 |
- |
Março |
6,6 |
2,0 |
4,4 |
0,68 |
0,79 |
0 |
- |
Abril |
6,4 |
1,6 |
13,0 |
1,11 |
0,70 |
0 |
- |
Maio |
6,7 |
2,4 |
1,7 |
0,73 |
0,80 |
0 |
- |
Junho |
6,3 |
1,0 |
5,7 |
0,71 |
0,71 |
0 |
- |
Julho |
6,4 |
1,6 |
4,0 |
0,75 |
0,88 |
0 |
- |
Agosto |
6,5 |
1,3 |
8,3 |
0,89 |
0,65 |
0 |
- |
Setembro |
6,7 |
1,6 |
17,0 |
0,82 |
0,61 |
0 |
- |
Outubro |
7,0 |
2,0 |
18,9 |
0,62 |
0,45 |
0 |
- |
Novembro |
7,0 |
2,3 |
4,7 |
0,50 |
0,59 |
0 |
- |
Dezembro |
6,6 |
1,6 |
1,5 |
0,56 |
0,62 |
0 |
- |
Limites |
6 – 9 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max. 1 |
Ausente |
Número de amostra por parâmetro |
|||||||
Exigidas |
120 |
120 |
120 |
120 |
60 |
120 |
0 |
Analisadas |
123 |
123 |
123 |
123 |
63 |
123 |
0 |
Anômalas |
12 |
17 |
21 |
0 |
0 |
0 |
0 |
Conformidade |
11 |
106 |
102 |
123 |
63 |
123 |
0 |
(1) Unidade de Hazen (2) Unidade nefelométrica
de turbidez (3)
Máximo 1 Amostra por mês (4) Exame
realizado quando confirmado resultado positivo para coliformes totais
Observação:
Quando detectadas anomalias, medidas corretivas são adotadas para o retorno da
normalidade.
Analisando o Quadro 5.4 observa-se que para a variável
cor, os meses de setembro e outubro deram valores acima do limite máximo
estabelecido.
Esta ETA possui uma particularidade, assim como a
ETA São João da Lancha, pois o operador divide entre as duas ETA’s (ETA Pedra
Rio Muqui e ETA São João da Lancha), pois os períodos de funcionamento das
mesmas são curtos.
A captação do sistema de abastecimento da ETA
Garrafão ocorre no Rio Muqui através de tomada de água direta utilizando uma
bomba centrífuga (figura 5.37). O Rio Muqui pertence à bacia hidrográfica do
Rio Itapemirim. A captação é referenciada pelas coordenadas UTM X= 291064 e Y=
7676762, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S (Figuras 5.35 e 5.36). A tubulação da
adutora de água bruta é de amianto com diâmetro de 150 mm no qual a água captada
é recalcada para ETA Garrafão.
|
|
Figura 0.35 –
Captação Principal no
Rio Muqui Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.36 – Detalhe
da Captação Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
Figura 0.37 –
Bomba ETA Garrafão Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A Estação de Tratamento de Água ETA Garrafão é do tipo convencional e
localiza-se nas coordenadas UTM X= 291036 e Y= 7677200, Datum SIRGAS 2000, Zona
24S, funciona 10h27min/dia e trata, em média, 15,72 L/s (litros por segundo)
produzindo em média 591,39 m3/dia. As fases do processo de tratamento são:
captação, adução, coagulação, floculação, decantação, filtração,
cloração/desinfecção, fluoretação e correção de pH (Figuras 5.38 e 5.39). Os
reagentes utilizados na estação de tratamento de água são: sulfato de alumínio
hipoclorito de sódio, cal hidratada e fluorsilicato de sódio.
|
|
Figura 0.38 –
Vista ETA Garrafão Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.39 –
Vista Floculador e Decantador ETA Garrafão Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
O processo de distribuição de água tratada deste sistema é por gravidade
e abastece Garrafão e as localidades de Barbados, Portal de Paineiras, Córrego
do Ouro e Coqueiro com o total de 1016 habitantes.
Em relação a análises de controle da água tratada, são realizadas
análises de pH, cloro residual e flúor de hora em hora na própria ETA. Segundo
informações dos funcionários do SAAE duas vezes por semana são coletadas
amostras que são analisadas na ETA sede.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914 são
realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente. Os
resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no Quadro
5.5.
Analisando o Quadro 5.5 observa-se que para a variável cor, os meses de
abril e maio deram valores acima do limite máximo estabelecido.
QUADRO
0.5 – RESULTADO DE ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
TRATADA ETA GARRAFÃO REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes Totais (3) |
Escherichia Coli (4) |
|||
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
Mg/l |
||||||
Janeiro |
7,0 |
1,0 |
8,9 |
1,0 |
0,50 |
0 |
- |
||
Fevereiro |
7,1 |
1,0 |
8,8 |
1,2 |
0,63 |
0 |
- |
||
Março |
7,6 |
1,1 |
4,4 |
0,7 |
0,69 |
0 |
- |
||
Abril |
7,4 |
1,1 |
16,0 |
3,2 |
0,60 |
0 |
- |
||
Maio |
7,8 |
1,6 |
15,6 |
1,2 |
0,80 |
0 |
- |
||
Junho |
7,8 |
1,0 |
5,6 |
0,7 |
0,68 |
0 |
- |
||
Julho |
7,8 |
1,7 |
4,8 |
0,7 |
0,69 |
0 |
- |
||
Agosto |
7,7 |
1,0 |
3,5 |
0,6 |
0,38 |
0 |
- |
||
Setembro |
7,8 |
0,9 |
2,5 |
0,6 |
0,59 |
0 |
- |
||
Outubro |
7,7 |
1,1 |
5,8 |
0,5 |
0,56 |
0 |
- |
||
Novembro |
7,6 |
1,3 |
5,3 |
0,7 |
0,63 |
0 |
- |
||
Dezembro |
7,6 |
1,4 |
7,3 |
1,1 |
0,76 |
0 |
- |
||
Limites |
6 – 9 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max. 1 |
Ausente |
||
Número de amostra por parâmetro |
|||||||||
Exigidas |
120 |
120 |
120 |
120 |
60 |
120 |
0 |
||
Analisadas |
129 |
129 |
126 |
129 |
67 |
129 |
0 |
||
Anômalas |
0 |
11 |
14 |
1 |
0 |
0 |
0 |
||
Conformidade |
129 |
119 |
112 |
128 |
67 |
129 |
0 |
||
(1) Unidade de Hazen (2) Unidade nefelométrica de turbidez (3) Máximo 1
Amostra por mês (4)
Exame realizado quando confirmado resultado positivo para coliformes totais
Observação: Quando
detectadas anomalias, medidas corretivas são adotadas para o retorno da
normalidade.
A captação do sistema de abastecimento da ETA Graúna ocorre na Lagoa do Gambá
e é realizada através de bomba centrífuga conforme figuras 5.41 e 5.42. A Lagoa
Gambá pertence à bacia hidrográfica do Rio Itapemirim (Figura 5.40). O ponto de
captação é referenciado pelas coordenadas UTM X= 300126 e Y= 7672378, Datum
SIRGAS 2000, Zona 24S.A tubulação da adutora de água bruta é de PVC defofo de
150 mm de diâmetro e a água captada é recalcada para ETA Graúna.
|
|
Figura 0.40–
Captação na Lagoa do Gambá Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
|
|
Figura 0.41 –
Bomba de Sucção ETA
Graúna Fonte: Projeta Engenharia,
2015. |
Figura 0.42 – Bomba
Recalque de Água
Bruta Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A ETA Graúna é do tipo convencional, localiza-se nas coordenadas UTM X=
300126 e Y= 7672378, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S, funciona 12h35min/dia e
trata, em média, 14,70 L/s (litros por segundo) produzindo em média 665.91
m3/dia.
As fases do processo de tratamento são: captação, adução, coagulação,
floculação, decantação, filtração, cloração/desinfecção, fluoretação e correção
de pH (Figuras 5.43 e 5.44).
|
|
Figura 0.43 –
Vista ETA Graúna Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.44 –
Vista Floculador e
Decantador ETA Garrafão Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
O processo de distribuição deste sistema é por recalque e abastece as
localidades de Graúna, Nova Canaã, Capinzal, Brejo dos Patos, Jaboti, São João
do Jaboti e São João do Calafate totalizando 2.888 habitantes.
Em relação a análises de controle da água tratada, são realizadas
análises de pH, cloro residual e flúor de hora em hora na própria ETA. Segundo
informações dos funcionários do SAAE duas vezes por semana são coletadas
amostras que são analisadas na ETA sede.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914 são
realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente. Os
resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no Quadro
5.6.
Analisando o Quadro 5.6 observa-se que a maioria dos resultados ficaram
de acordo com os limites estabelecidos pela legislação.
QUADRO
0.6 – RESULTADO DE ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
TRATADA ETA GRAÚNA REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes Totais (3) |
Escherichia Coli (4) |
|
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
Mg/l |
||||
Janeiro |
6,1 |
0,45 |
10,3 |
2,8 |
0,63 |
3 |
0 |
Fevereiro |
6,1 |
0,85 |
4,2 |
1,2 |
0,61 |
1 |
0 |
Março |
6,1 |
1,3 |
6,1 |
1,6 |
0,42 |
0 |
- |
Abril |
6,4 |
0,8 |
2,5 |
3,5 |
0,56 |
0 |
- |
Maio |
6,1 |
1,6 |
7,9 |
2,1 |
0,51 |
0 |
- |
Junho |
6,4 |
0,9 |
8,6 |
1,8 |
0,61 |
1 |
0 |
Julho |
6,4 |
1,3 |
9,1 |
1,6 |
0,66 |
0 |
- |
Agosto |
6,4 |
1,4 |
11,5 |
1,7 |
0,28 |
0 |
- |
Setembro |
6,5 |
1,7 |
8,5 |
1,5 |
0,50 |
0 |
- |
Outubro |
6,3 |
1,9 |
11,7 |
1,17 |
0,46 |
0 |
- |
Novembro |
6,5 |
1,2 |
3,1 |
1,96 |
0,60 |
0 |
- |
Dezembro |
6,8 |
0,68 |
14,74 |
1,92 |
0,55 |
1 |
0 |
Limites |
6 – 9,0 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max. 1 |
Ausente |
Número de amostra por parâmetro |
|||||||
Exigidas |
120 |
120 |
120 |
120 |
60 |
120 |
6 |
Analisadas |
134 |
134 |
129 |
134 |
66 |
134 |
6 |
Anômalas |
27 |
46 |
23 |
08 |
0 |
5 |
0 |
Conformidade |
107 |
88 |
106 |
126 |
66 |
129 |
6 |
(1) Unidade de Hazen (2) Unidade nefelométrica de turbidez (3) Máximo 1
Amostra por mês (4)
Exame realizado quando confirmado resultado positivo para coliformes totais
Observação: Quando detectadas
anomalias, medidas corretivas são adotadas para o retorno da normalidade.
A captação do sistema de abastecimento da ETA São João da Lancha ocorre
no rio Itapemirim através de uma bomba centrífuga (figura 5.45). O ponto de
captação possui as coordenadas UTM X= 285092 e Y= 7686709, Datum SIRGAS 2000,
Zona 24S. A adução de água bruta é realizada por uma tubulação de material PVC
defofo com diâmentro de 100mm e posteriormente a água captada é recalcada para
ETA São João da Lancha.
|
Figura
0.45 – Ponto de Captação ETA São
João da Lancha Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A ETA São João da Lancha é do tipo convencional e é referenciada pelas
coordenadas UTM X= 284838 e Y= 7686817, Datum SIRGAS 2000, Zona 24S, funciona
03h23min/dia e trata, em média, 6,37 L/s (litros por segundo) produzindo em
média 77,59 m3/dia. As fases do processo de tratamento são: captação, adução,
coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração/desinfecção,
fluoretação e correção de pH (Figuras 5.46 e 5.47).
O processo de distribuição deste sistema é por gravidade e abastece as
localidades de São João da Lancha (Cachoeiro de Itapemirim) e Safra totalizando
468 habitantes. Possui um reservatório de 20.000 litros semienterrado.
|
|
Figura 0.46
–ETA São João da Lancha Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 0.47 –
Tratamento ETA
São João da Lancha Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Em relação a análises de controle da água tratada, são realizadas análises
de pH, cloro residual e flúor de hora em hora na própria ETA. Segundo
informações dos funcionários do SAAE duas vezes por semana são coletadas
amostras que são analisadas na ETA sede.
As análises completas para o atendimento da portaria da saúde 2.914 são
realizadas por uma empresa terceirizada bimestralmente e trimestralmente. Os
resultados referentes às análises realizadas em 2014 são apresentados no Quadro
5.7.
QUADRO
0.7 – RESULTADO DE ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
TRATADA ETA SÃO JOÃO DA LANCHA REFERENTE AO ANO DE 2014
Meses |
Parâmetros |
||||||
PH |
Cloro |
Cor |
Turbidez |
Flúor |
Coliformes Totais (3) |
Escherichia Coli (4) |
|
mg/l |
UH(1) |
NTU(2) |
Mg/l |
||||
Janeiro |
5,9 |
1,3 |
3,2 |
1,63 |
0,74 |
0 |
- |
Fevereiro |
6,4 |
0,9 |
1,9 |
0,60 |
1,01 |
0 |
- |
Março |
6,6 |
1,3 |
2,3 |
0,76 |
0,80 |
0 |
- |
Abril |
6,5 |
1,0 |
0,6 |
0,84 |
0,72 |
0 |
- |
Maio |
6,6 |
2,0 |
16,2 |
3,06 |
0,60 |
0 |
- |
Junho |
6,6 |
0,6 |
0,6 |
0,86 |
0,63 |
0 |
- |
Julho |
7,1 |
1,1 |
1,6 |
0,67 |
0,65 |
0 |
- |
Agosto |
6,9 |
0,5 |
2,8 |
0,59 |
0,46 |
0 |
- |
Setembro |
6,9 |
0,8 |
2,7 |
0,48 |
0,65 |
0 |
- |
Outubro |
6,8 |
1,0 |
9,2 |
0,55 |
0,56 |
0 |
- |
Novembro |
6,8 |
0,9 |
1,6 |
0,54 |
0,66 |
0 |
- |
Dezembro |
7,0 |
0,75 |
6,91 |
1,40 |
0,52 |
0 |
- |
Limites |
6 – 9 |
Min. 0,2 |
Max. 15 |
Max. 5 |
Max. 1,5 |
Max. 1 |
Ausente |
Número de amostra por parâmetro |
|||||||
Exigidas |
120 |
120 |
120 |
120 |
60 |
120 |
0 |
Analisadas |
122 |
122 |
122 |
122 |
66 |
122 |
0 |
Anômalas |
8 |
3 |
1 |
1 |
0 |
0 |
0 |
Conformidade |
114 |
119 |
121 |
121 |
66 |
122 |
0 |
(1) Unidade de Hazen (2) Unidade
nefelométrica de turbidez (3) Máximo 1 Amostra por mês (4) Exame realizado quando confirmado resultado positivo
para coliformes totais
Observação: Quando
detectadas as anomalias, medidas corretivas são adotadas para o retorno da
normalidade.
Analisando o Quadro 5.7 observa-se que para a variável cor, apenas o mês
de maio apresentou valor acima do limite máximo estabelecido.
Esta ETA possui uma particularidade, assim como a ETA Pedra Rio Muqui,
pois o operador divide entre as duas ETA’s (ETA Pedra Rio Muqui e ETA São João
da Lancha), pois os períodos de funcionamento das mesmas são curtos.
Foram realizadas palestras de educação ambiental em algumas escolas do município
de Itapemirim, e, aproveitando a oportunidade foi conversado com os estudantes
do EJA – Educação de Jovens e Adultos, os principais problemas vivenciados por
eles no âmbito do saneamento básico no município.
Com intuito de coletar informações, vivenciar a realidade do município e
de ouvir a população os técnicos da Projeta realizaram visitas em campo. Foram
realizadas também oficinas com os comitês executivos e de coordenação,
delegados e líderes das comunidades. Essas informações coletadas, estão
descritas abaixo:
·
Em relação ao sistema de abastecimento de água das
localidades como Itaoca e outras regiões que recebem água tratada da ETA Gomes,
foi notado uma rejeição por parte da população em relação a água distribuída.
Foi declarado pelos moradores que as caixas d’água das residências proliferam
algas e ficam com muito lodo, além de gosto desagradável, água escura dentre
outros.
·
A salinidade da água, o mau cheiro e gosto
desagradável foram relatados pela população abastecida pela ETA sede.
·
A população abastecida pela ETA Rio Muqui,
relataram gosto forte de cloro na água.
·
Na comunidade de Córrego do Ouro, a população
relataram alterações nas características organolépticas (gosto e odor) na água
distribuída pela ETA Garrafão. Além disso, segundo os moradores de Garrafão,
suas residências não são abastecidas durante o período da manhã e quando
retorna a distribuição no período da tarde, a água é distribuída com turbidez
elevada.
·
A população abastecida pela ETA São João da Lancha,
relataram o mesmo problema em relação a ETA Garrafão.
·
Segundo os moradores abastecidos pela ETA Limão,
ocorre a falta de água durante o período da manhã e estão insatisfeitos com a
qualidade da água fornecida.
·
A população abastecida pela ETA Limão, queixaram do
gosto e odor desagradável na água distribuída.
No mapa (figura 5.48) estão representadas as sete estações de tratamento
de água no município de Itapemirim e as regiões que são abastecidas por cada
estação.
Figura 0.48 –
Estações de Tratamento de água Operadas pelo SAAE em Itapemirim
O sistema de abastecimento de água do município de Itapemirim é operado pelo
Serviço Autônomo de Água e Esgoto-SAAE no qual é constituído por uma Estação de
Tratamento de Água (ETA) principal e seis estações de tratamento de água
menores. Todas as captações das ETA’s são realizadas de forma superficial. Vale
ressaltar, que cerca de 70% da água tratada na sede é direcionada para o
município de Marataízes.
Atualmente algumas comunidades só são abastecidas nas ruas principais e
em virtude da universalização do saneamento, o município e o SAAE informaram
que estão buscando fornecer água para o interior do município. As pessoas que não possuem o serviço de
abastecimento utilizam meios alternativos como poços profundos, cisternas e
nascentes.
O município de Itapemirim possui
uma cobertura boa em relação ao serviço de abastecimento de água em zona
urbana, porém percebe-se que as Estações de Tratamento de Água (ETA) estão
operando no seu limite. Sendo assim, é necessário a ampliação do sistema de
abastecimento no município, tanto em relação a produção quanto na ampliação do
atendimento nas áreas rurais. A Figura 5.49 demonstra um panorama geral das
comunidades que possuem ou não atendimento do SAAE.
Figura 0.49 – Comunidades Atendidas pelo SAAE
O sistema de esgotamento sanitário do município de Itapemirim é de
responsabilidade do SAAE. Durante a pesquisa de campo foi informado pelo SAAE
que aproximadamente 25% da população são atendidas com coleta e destinação do
esgoto sanitário. Foi repassado que na sede de Itapemirim 80% do esgoto é
tratado e que 99% da rede existente possui diâmetro de 150 mm.
Existem duas Estações de Tratamento de Esgoto em Itapemirim, uma que
atende uma população maior, onde se tem contribuições do esgoto da Vila (sede),
do presidio de Itapemirim, da Barra de Itapemirim (Marataízes) e mais dois
bairros de Marataízes. E a outra que atende a população de Candéus que é menor.
A ETE Rosa Meireles é referenciada pelas coordenadas UTM X= 309764 e Y=
7674501, Datum SIRGAS 2000, zona 24S. O projeto inicial era o funcionamento de
2 módulos de lagoas, cada um composto por uma lagoa anaeróbica e uma
facultativa.
Porém hoje, está em funcionamento apenas três lagoas, sendo duas
funcionando como anaeróbicas e uma facultativa. As 2 lagoas anaeróbicas possuem
um volume de 8.022 m3 e a facultativa em funcionamento é de 8.375m3
(Figuras 6.1, 6.2). A vazão que chega às lagoas variam entre 22 l/s
(horário normal) e 37l/s (horário de pico).
A ETE foi implantada a mais de vinte anos pela FUNASA (licença ambiental
em anexo) e a forma de manutenção e operação das lagoas deixa evidente vários
problemas, diante disso, e necessário que se faça urgente melhorias em todo seu
sistema. Aproximadamente 65% do esgoto recebido na mesma, é proveniente do
município de Marataízes.
|
|
Figura 6.1 –
ETE Rosa Meireles Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 6.2 –
Lagoas ETE Rosa Meireles Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Foi informado que as análises do efluente são realizadas pelo
laboratório CETAN e que apenas a análise de coliformes deu resultado acima do
padrão de lançamento estabelecido pela resolução CONAMA 430/2011. O corpo
receptor do efluente da ETE Rosa Meireles é o Córrego Ilmenita, este deságua no
Córrego Itapemirim à jusante da captação da ETA sede (Figura 6.3 e 6.4).
|
|
Figura 6.3 –
Corpo Receptor
Córrego Ilmenita Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 6.4 –
Córrego Ilmenita
Ponto de Lançamento Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Existem 4 Estações Elevatórias de Esgoto em Itapemirim, sendo elas:
Jardim Paulista (antiga), Rosa Meirelles, Beira Rio e Serramar .
A ETE Candéus é referenciada pelas coordenadas UTM X= 308163 e Y=
7673712, Datum SIRGAS 2000, zona 24S e é composta por 7 fossas-filtro no qual
não há manutenção e apresenta ineficiência no tratamento. A mesma recebe a
contribuição de esgoto de aproximadamente 300 pessoas com uma vazão de
aproximadamente 0,5 l/s (Figura 6.5).
|
Figura 6.5 –
ETE Candéus Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
Na comunidade Sapucaia é realizada a coleta do esgoto e o seu
armazenamento em uma caixa com aproximadamente 25 m². Segundo informações dos residentes
é constante o extravasamento do esgoto coletado pelas ruas, isso ocorre devido
à falta de manutenção e a demora por parte do SAAE em realizar o esgotamento
dessa caixa (figura 6.6).
|
|
Figura 6.6 –
Comunidade de Sapucaia Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Segundo informações passadas pelo SAAE, em Campo Acima existem 50% das
redes coletoras prontas e que foi licitado recentemente a execução do restante das
redes. Existe um projeto de desativação da ETE de Candéus.
Foi informado que em Sapucaia existem 100% de rede coletora e em Bom
Será existem 40% de rede instalada. Palmital existe rede coletora instalada
apenas na parte central. Existem 5 estações compactas para o tratamento de
esgoto esperando aprovação do licenciamento ambiental para serem instaladas.
Com previsões de serem instaladas em Pedra Rio Muqui, Cohab, Córrego do Ouro,
Bom Será e Palmital.
Foi relatado também que em Pedra Rio Muqui já existe coleta do esgoto e
que Garrafão, Itaoca, Itaipava e Joacima possuem 80% das redes coletoras
prontas e que existe a previsão de implantação de uma nova estação de
tratamento de esgoto no qual irá atender as comunidades de Itaoca, Itaipava e
Joacima. O projeto já se encontra pronto, já foi licitado, mas o TCU rejeitou.
Serão instaladas 12 elevatórias e 50% delas já estão instaladas. Em São João do
Calafate e Córrego do Ouro existem 50% da rede coletora pronta.
Não foi informada a quantidade de poços de visita existentes, mas os
diâmetros deles variam de 0,80 a 1,2 m. Onde existem coleta e tratamento de
esgoto a taxa do serviço cobrada é de 50% do valor cobrado pelo uso da água.
Foram realizadas palestras de educação ambiental em algumas escolas do
município de Itapemirim, e, aproveitando a oportunidade foi conversado com os
estudantes do EJA – Educação de Jovens e Adultos, os principais problemas
vivenciados por eles no âmbito do saneamento básico no município.
Com intuito de coletar informações, vivenciar a realidade do município e
de ouvir a população os técnicos da Projeta realizaram visitas em campo. Foram
realizadas também oficinas com os comitês executivos e de coordenação,
delegados e líderes das comunidades. Essas informações coletadas, estão
descritas abaixo:
·
As únicas localidades que possuem sistema de
esgotamento parcialmente adequado estão localizadas próximas a ETE Rosa
Meirelles. Além disso, essa comunidade sofre com o odor desagradável
proveniente da ETE
·
As demais localidades possuem sistema de
esgotamento inadequado, sendo que muitas nem possuem rede coletora de esgoto;
·
Existem
localidades com coleta de esgoto, mas não ocorre o tratamento do efluente,
sendo este lançado in natura nos recursos hídricos;
·
Já em outras
áreas existem ligações clandestinas nas redes coletoras, uma vez que essas
estão ainda em obras ou inativas para operar devido as ETE’s novas não estarem
instaladas, sendo o efluente lançado diretamente nos córregos/brejos;
·
Existem também ligações clandestinas de esgoto na
rede pluvial no qual ocasiona o extravasamento pelas ruas em chuvas
intensas.
Esgoto a céu aberto é uma realidade de algumas comunidades de
Itapemirim. Fato este que evidência
situação precária no serviço de esgotamento sanitário.
As Figuras 6.7, 6.8, 6.9 e 6.10 demonstram algumas situações que foram
encontradas no município durante as visitas em campo.
Figura 6.7– Vazamento de Esgoto em Itaoca devido a Ligações Clandestinas em Rede
Coletora
existente porém ainda inoperante
Fonte: Projeta Engenharia, 2015.
Figura 6.8– População Esvaziando Fossa diretamente em
Rede de Drenagem em Itaoca
Fonte: Projeta Engenharia, 2015.
Figura 6.9– Rede
Coletora fazendo o Lançamento in natura no Córrego do Ouro e próximo a
Residências e Escola.
Fonte: Projeta Engenharia, 2015.
Figura 6.10 –
Saída de Rede Pluvial contaminada com Esgoto em Campo Acima
Fonte: Projeta Engenharia, 2015
Apresenta-se na Figura 6.11 o mapa com a localização das estações de
tratamento de esgoto de Itapemirim.
Figura 6.11 – Mapa de Localização das Estações de Tratamento
de Esgoto existentes em Itapemirim
O serviço de esgotamento sanitário abrange apenas 25% da população de
Itapemirim. Sendo estes ainda operados de maneira precária. Com isso o
município de Itapemirim possui uma cobertura ruim em relação ao serviço de
esgotamento, conforme pode ser visualizado na Figura 6.12.
Figura 6.12 – Comunidades que possuem Coleta/ Tratamento de
Esgoto
No município de Itapemirim, o serviço de limpeza e manejo de resíduos
sólidos é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Os
resíduos sólidos domésticos (RSD) são coletados com caminhões compactadores,
divididos em turnos de segunda a domingo. São utilizados seis caminhões
compactadores para a coleta dos resíduos da cidade, inclusive das comunidades
mais afastadas da vila. Nas Figuras 7.1
e 7.2 são apresentados alguns caminhões e máquinas da prefeitura de Itapemirim.
|
|
Figura 7.1
–Caminhão Compactador da Prefeitura de Itapemirim Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 7.2 –
Pátio de Máquinas da Prefeitura Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Os resíduos de limpeza urbana são coletados e depositados na área de
transbordo na localidade de Itaipava (Figuras 7.3 e 7.4) e são encaminhados
diariamente para destinação final em Cachoeiro do Itapemirim. A empresa
responsável pela destinação final deste resíduo é uma empresa terceirizada
contratada a CTRCI – Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de
Itapemirim LTDA, com contrato de nº 105/2013, com 2º termo aditivo para
prorrogação da vigência do contrato assinado em 2015 (anexo), esta empresa
possui a licença de operação emitida pelo IEMA em 2012 com validade de 4 anos,
a cópia desta licença é apresentada em anexo. O município de Itapemirim não
possui uma usina de compostagem de resíduos.
|
|
Figura 7.3 –Área de Transbordo dos Resíduos
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 7.4 – Maneira em que os Resíduos encontram-se
dispostos
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A disposição atual do resíduo não está sendo realizada de forma adequada
conforme mostrado na Figura 7.4, mas já estão sendo realizadas obras para
melhorar esta área conforme apresentado nas Figuras 7.5, 7.6, 7.7 e 7.8.
|
|
|
|
Figura 7.5 –
Nova Área de Transbordo de Resíduos sendo realizada Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 7.6 –
Nova Área de Transbordo sendo executada Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
|
|
|
||
Figura 7.7 –
Placa de Informações referente a Obra realizada Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 7.8 – Placa
indicando que a área está em fase de recuperação Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
||
A prefeitura municipal de Itapemirim teve um custo de R$ 840.772,31
referente ao ano de 2015, sendo este valor até o mês de outubro, com os
serviços de transporte e tratamento dos resíduos sólido doméstico prestado pela
CTRCI. No Quadro 7.1 pode ser observada a quantidade de resíduo destinado a
cada mês e o custo de cada serviço.
QUADRO
7.1 – DESPESAS ASSOCIADAS AO TRATAMENTO E DESTINAÇÃO
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS
Mês |
Quantidade de Resíduos Sólidos
Domésticos (ton/mês) |
Tratamento de Resíduos (R$) |
Transporte dos Resíduos (R$) |
Locação de Caixas (R$) |
Janeiro |
1139,10 |
83.154,30 |
37.362,48 |
6.000,00 |
Fevereiro |
857,80 |
62.619,40 |
28.135,84 |
6.000,00 |
Março |
627,14 |
45.781,22 |
20.570,19 |
6.000,00 |
Abril |
665,52 |
48.582,96 |
21.829,06 |
6.000,00 |
Maio |
672,48 |
49.091,04 |
22.057,34 |
6.000,00 |
Junho |
624,67 |
45.600,91 |
20.489,18 |
6.000,00 |
Julho |
807,12 |
58.919,76 |
26.473,54 |
6.000,00 |
Agosto |
636,53 |
46.466,69 |
20.878,18 |
6.000,00 |
Setembro |
661,10 |
48.260,30 |
21.676,72 |
6.000,00 |
Outubro |
688,31 |
50.246,63 |
22.576,57 |
6.000,00 |
TOTAL |
7379,77 |
538.723,21 |
242.049,10 |
60.000,00 |
A produção de resíduos sólidos em Itapemirim varia de acordo com os
períodos do ano conforme pode ser observado na Figura 7.9, sendo os meses de
verão (Janeiro e Fevereiro) com maior produção de resíduos. Contudo, o mês de
Julho também ocorre um aumento na produção, desta forma, pode-se destacar que
este aumento é promovido pelos turistas, uma vez que estes meses são períodos
de férias e eventos (Reveillon e carnaval). Os demais meses não apresentam
variação significativa na produção, ou seja, representa a produção da população
de Itapemirim.
Figura 7.9 – Produção de resíduos sólidos do município de
Itapemirim referente ao ano de 2015
A Coleta dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é realizada pela empresa
Florestal Coletas e Prestação de Serviços LTDA, com o contrato de nº 106/2013
com 4º termo aditivo assinado em 2015 (anexo).
Foi informado pela Prefeitura Municipal que a empresa CTRCI também será
a responsável pelos resíduos de construção civil. Na sede de Itapemirim já
existe uma área para realizar o transbordo de resíduos da construção civil
(RCC) no qual está em processo de desapropriação da área. O pátio de material
inerte em Itaipava/Itaoca será na mesma área onde hoje é realizado o transbordo.
A destinação final de resíduos sólidos da construção civil e de podas de
árvores ainda é realizada de forma irregular.
Existe a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis-ASCAMARI,
localizada em Itaipava (Figuras 7.10 e 7.11). A lei nº 2.721 de agosto de 2013
celebra o convênio entre a prefeitura e a ASCAMARI. A associação possui nove
associados e o município de Itapemirim disponibilizou para a associação um
caminhão e um motorista e a associação mantém por conta própria mais um
motorista e oito funcionários.
|
|
Figura
7.10 –ASCAMARI vista de fora Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
7.11 – ASCAMARI vista de dentro Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
Segundo informações repassadas, são coletados aproximadamente de 5,5
toneladas de resíduos recicláveis por mês. Porém no verão, mais especificamente
entre o dia 30 de dezembro ao carnaval, as quantidades recolhidas de matérias
recicláveis variam de 8,5 a 9,5 toneladas/mês.
Na associação existe uma esteira para separação dos materiais, mas ela
não se encontra em uso devido ao espaço reduzido da associação. Eles possuem
uma prensa hidráulica, um triturador, uma balança e um elevador hidráulico
(Figuras 7.12 a 7.15).
|
|
Figura 7.12
–Esteira Inutilizada Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 7.13 –
Prensa de Reciclados Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
|
Figura 7.14 – Elevador Hidráulico Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
7.15 – Balança Fonte: Projeta Engenharia,
2015. |
Foi observado na cidade que existem bombonas espalhadas para o
armazenamento do lixo conforme ilustrado na Figura 7.16.
|
Figura
7.16 –Bombonas espalhadas em
Itapemirim para o
Depósito dos Resíduos
Domésticos Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Existe um caminhão que realiza a coleta seletiva de materiais na parte
comercial da vila (Figura 7.17).
|
Figura
7.17 – Caminhão Coleta Seletiva na
Vila (sede) Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Existem também, containers espalhados na cidade para o recolhimento de materiais
recicláveis conforme demonstrado na Figura 7.18.
|
Figura
7.18 – Containers para Coleta de
Recicláveis Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
A poda e varrição são realizadas por funcionários da secretaria
Municipal de Serviços Públicos na região central e nas demais localidades, o
número de funcionários por localidade é apresentado no Quadro 7.2.
QUADRO
7.2 – FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
Serviço |
Quantidade de funcionários |
Local |
Varrição |
1 encarregado + 19 funcionários |
Centro |
Capina Geral |
20 funcionários |
- |
Jardim e manutenção |
2 funcionários |
- |
- |
5 funcionários |
Cemitério |
- |
2 funcionários |
Coveiro |
Irrigação |
1 encarregado + 6 funcionários |
Campo Ginásio Praça/
Cooperativa/ Praça Centro Lado da Prefeitura/ Rosa Meirelles (Jardim)/ Trevo
Washington/ Candéus |
Varrição |
3 funcionários |
Graúna |
Varrição e Capina Graúna |
2 funcionários |
Graúna |
Varrição |
6 funcionários |
Campo Acima |
Varrição |
4 funcionários |
Namytalla |
Varrição e Capina |
2 funcionários |
|
Capina Geral |
1 funcionário |
|
Varrição e capina |
2 funcionário |
Garrafão |
Varrição |
1 funcionário |
Cohab |
Varrição |
1 funcionário |
Beira Rio/ Limão |
Varrição, capina e Jardim |
1 funcionário |
Rio Muqui/ Pedra |
Varrição |
1 funcionário |
Horto |
Varrição |
3 funcionários |
Remanejados |
Varrição |
9 funcionários |
Rosa Meirelles |
Varrição |
3 funcionários |
Jardim Paulista/ Borracha |
Jardim e manutenção |
8 funcionários |
- |
- |
1 funcionário |
Rosa Meirelles |
Capina Geral |
1 funcionário |
- |
- |
1 funcionário |
Centro |
Capina Geral |
1 funcionário |
Bom Será |
Capina Geral |
1 funcionário |
Piabanha |
Capina Geral |
1 funcionário |
Praça |
Fonte: Secretaria municipal de serviços urbanos, 2015.
O resíduo sólido doméstico (RSD) é coletado com caminhões compactadores,
divididos em turnos de segunda a domingo. São utilizados seis caminhões
compactadores para a coleta dos resíduos da cidade, inclusive das comunidades
mais afastadas da vila.
Os resíduos de limpeza urbana são coletados e depositados na área de
transbordo na localidade de Itaipava e são encaminhados diariamente para
destinação final em Cachoeiro do Itapemirim. A empresa responsável pela
destinação final deste resíduo é uma empresa terceirizada contratada a CTRCI –
Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim LTDA. O município
de Itapemirim não possui uma usina de compostagem de resíduos, mas existe um
projeto para implantação desse sistema de tratamento no município.
A produção de resíduos sólidos em Itapemirim varia de acordo com os
períodos do ano, sendo os meses de verão (Janeiro e Fevereiro) com maior
produção de resíduos. Os demais meses não apresentam variação significativa na
produção, ou seja, representa a produção da população de Itapemirim.
São coletados aproximadamente 5,5 toneladas de resíduos recicláveis por
mês pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis-ASCAMARI. Porém no
verão, mais especificamente entre os dias 30 de dezembro e carnaval, as
quantidades recolhidas de matérias recicláveis variam de 8,5 a 9,5 toneladas/mês.
Além disso, no município existe um programa “Nada se perde, tudo se recicla”,
no qual são colocados container nas ruas com o intuito da coleta de resíduos
recicláveis.
A disposição atual do resíduo no transbordo está sendo realizada de
forma inadequada, mas já está sendo realizadas obras para adequar esta área. A
situação da cobertura em coleta de resíduos sólidos no município é muito
variada. Observou-se que o período de coleta também é variado em relação às
comunidades sendo: uma, três ou cinco vezes por semana.
As comunidades do Nametala Ayub e Santo Antônio possui uma cobertura
excelente em coleta de lixo com 100% dos domicílios sendo atendidos pelo
serviço público de coleta de lixo. Já na Vila e Itaipava possui uma cobertura
boa, devido não atingir todos os domicílios.
Segundo informações repassadas, na comunidade de Santo Amaro há acumulo
de lixo devido a coleta ser realizada uma vez por semana. Campo Acima também há
acúmulo de lixo, mas nessa comunidade há variação de coleta (1, 3 e 5 vezes por
semana). A Figura 7.19 mostra as
comunidades atendidas e a frequência das coletas.
Figura 7.19 – Frequência de Coleta de Resíduos
A Coleta dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é realizada pela empresa
Florestal Coletas e Prestação de Serviços LTDA.
O sistema de microdrenagem urbana capta as águas escoadas
superficialmente e as encaminha até o sistema de macrodrenagem através das
seguintes estruturas: meio-fio ou guia, sarjeta, boca de lobo, poço de visita,
galeria de água pluvial, tubo de ligação, conduto forçado e estação de
bombeamento (quando necessário).
Já a macrodrenagem de uma zona urbana destina-se ao escoamento final das
águas captadas pelas estruturas de microdrenagem, como galerias de grande
porte, e os corpos receptores como canais e rios.
De acordo com estudo de macrodrenagem realizado em fevereiro de 2015 pela
ENGEPAVI, nas comunidades de Itaoca e Itaipava a maior parte das águas de
drenagem desta região é encaminhada para áreas brejosas. A topografia é
diversificada, com partes planas com alagados e outras partes mais elevadas.
Neste mesmo estudo, foi obtido a informação através de pesquisas de campo e
entrevista com moradores locais que foi constatado que ao chover intensamente o
canal de drenagem não suporta e acaba ocorrendo áreas de alagamentos próximas a
imóveis e residências.
O sistema de drenagem do município de Itapemirim é constituído por tubos
de concreto de 1,0 e 0,60 metros de diâmetro, sendo que alguns locais as águas
pluviais são conduzidas a um sistema de canais a céu aberto até o corpo
receptor, no qual a maior parte são direcionada para córregos ou alagados
(brejos).
Observou-se falta de manutenção nos canais, sendo que os resíduos
aglomerados e a vegetação diminui a velocidade do fluxo e impede o livre
escoamento das águas pluviais, assim, favorecendo para os alagamentos. Além
disso, segundo a população com chuvas intensas o canal de drenagem não suporta
a vazão e acaba ocasionando alagamentos nas regiões.
Foi constatado em alguns locais a falta de manutenção de bocas de lobo,
e foi observado em algumas localidades da vila a inexistência destes
dispositivos conforme pode ser observado nas figuras 8.1 e 8.2.
|
|
Figura
8.1 – Falta de Manutenção Boca de Lobo Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
8.2 – Inexistência de Bocas de
Lobo em algumas localidades da Sede Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Estão em andamento no município diversas obras para melhorar o sistema
de drenagem nas regiões de Jardim Paulista (Figuras 8.3 e 8.4), Serramar,
Namytala 2, Namytala 3 (Figuras 8.5 e 8.6), Garrafão e Canal do Pinto.
|
|
Figura
8.3 – Obra de Pavimentação e
drenagem no Bairro Jardim Paulista Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
8.4 – Manilhas sendo instaladas na
obra de drenagem do
Jardim Paulista Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
|
|
Figura 8.5 –Drenagem em Namytala
Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura
8.6 – Bocas de lobo em Namytala Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
Foi informado que existe
mapeamento de redes de drenagem apenas da região de Itaipava/Itaoca. Em campo
foi possível visualizar algumas ligações clandestinas de esgoto na rede de
drenagem como pode ser observado nas Figuras 8.7 e 8.8.
|
|
Figura 8.7
–Ligações clandestina de esgoto na rede de drenagem pluvial em Campo Acima Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 8.8 –
Manilhas de rede pluvial recebendo esgoto em Campo Acima Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Os canais
receptores de águas oriundas da drenagem são: Canal de Itaipava, Canal de
Itaoca, Córrego Bela Vista, Córrego Campo Acima, Córrego Garrafão, Rio
Itapemirim, Rio Novo e Rio Muqui.
Existe
monitoramento de chuva em Campo Acima - Trevo controle - (Figuras 8.9 e 8.10) e
Paineiras.
|
|
Figura 8.9 –
Estação de Monitoramento Campo Acima Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 8.10 –
Pluviômetro Fonte: Projeta Engenharia,
2015. |
Segundo informações repassadas pela secretaria de obras e urbanismo de
Itapemirim existe uma área de alagamento do Rio Itapemirim (Beira Rio-Limão). Nas
figuras 8.11 e 8.12 observam-se estruturas de drenagem na localidade de campo
acima.
|
|
Figura 8.11
–Drenagem Campo Acima Fonte: Projeta Engenharia, 2015. |
Figura 8.12 –
Drenagem Campo Acima Fonte:
Projeta Engenharia, 2015. |
O município de Itapemirim possui a maior proporção do seu território
como zona rural e devido a este fato, partes das vias não são pavimentadas e ou
com pavimentação precária e na grande maioria das vezes sem estruturas de
drenagem.
A maior parte das ruas de Itapemirim é constituída por drenagem superficial
na calha da rua. Foi constatado em alguns locais a falta de manutenção de bocas
de lobo, e foi observado em algumas localidades da vila a inexistência destes
dispositivos.
Observou-se falta de manutenção nos canais, sendo que os resíduos aglomerados
e a vegetação diminui a velocidade do fluxo e impede o livre escoamento das
águas pluviais, assim, favorecendo para os alagamentos. Além disso, segundo a
população com chuvas intensas o canal de drenagem não suporta a vazão e acaba
ocorrendo alagamentos nas regiões. Além disso, observou-se algumas ligações
clandestinas de esgoto na rede de drenagem.
Estão em andamento no município diversas obras para melhorar o sistema
de drenagem nas regiões de Jardim Paulista, Serramar, Namytala 2, Namytala 3,
Garrafão e Canal do Pinto.
Neste capítulo serão definidos os objetivos e as metas para o município
de Itapemirim, contando com dados e informações que já foram sistematizados, essencialmente
quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, com relação ao
nível de cobertura dos serviços de saneamento básico e sua futura
universalização.
Para o levantamento das metas, foram consideradas as seguintes ações nos
horizontes apresentados no quadro 9.1.
QUADRO 9.1 – AÇÕES E
HORIZONTE DE PROJETO
Horizonte de
Projeto |
Ações |
Horizonte
Temporal |
Até 2 anos |
Emergencial |
2016 a 2017 |
Entre 3 e 6 anos |
Curto Prazo |
2018 a 2021 |
Entre 7 e 10 anos |
Médio Prazo |
2022 a 2025 |
Entre 11 e 20 anos |
Longo Prazo |
2026 a 2035 |
Elaboração Projeta Engenharia, 2015.
Sob diversos aspectos, o PMSB deve considerar os seguintes objetivos
gerais:
·
A universalização dos sistemas de abastecimento de água,
não somente para atender às questões de saúde pública e direitos de cidadania,
como também para que os mananciais presentes e potenciais sejam prontamente
aproveitados para fins de abastecimento de água, consolidando o sistema de
saneamento, prevendo projeções de demandas futuras e antecipando-se a possíveis
disputas com outros setores usuários das águas;
·
Uma diretriz voltada ao aumento da eficiência na
distribuição de água potável, o que significa redução do índice de perdas reais
e aparentes, com melhor aproveitamento dos mananciais utilizados;
·
A máxima ampliação viável dos índices de coleta de
esgotos sanitários, associados a sistemas de tratamento, notadamente nos casos
onde possam ser identificados rebatimentos positivos sobre a qualidade de corpos
hídricos nos trechos de jusante, que apresentam significativos impactos –
quantitativos e qualitativos – nas águas de jusante;
· A implantação de todos os aterros demandados para a disposição adequada
de resíduos sólidos (RSD e RCC), a serem construídos em locais identificados
sob aspectos de facilidade logística e operacional, assim como de pontos que
gerem menores repercussões negativas sobre o meio ambiente e os recursos
hídricos;
· A identificação de frentes para avanços relacionados a indicadores traçados
para: serviço de coleta regular; saturação do tratamento e disposição final dos
resíduos sólidos domiciliares; serviço de varrição das vias urbanas;
reaproveitamento e destinação final dos resíduos sólidos da construção civil e
manejo e destinação de resíduos sólidos de serviços de saúde;
· Execução de intervenções pontuais e de manutenção e limpeza em sistemas
de macro e microdrenagem da cidade;
· A previsão de tecnologias apropriadas à realidade local para os quatro
sistemas de saneamento.
Em consonância com os objetivos gerais citados acima, o Plano Municipal
de Saneamento Básico deve adotar os seguintes objetivos e metas, tal como já
disposto, essencialmente, quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte
de projeto, em relação ao nível de cobertura e/ou aos padrões de atendimento
dos serviços de saneamento básico e sua futura universalização, conforme
apresentado nos itens a seguir, particularmente para cada sistema/serviço de
saneamento.
Para o sistema de abastecimento de água do município de Itapemirim,
foram definas as metas emergenciais, de curto, médio e longo prazo.
No quadro 9.2 encontram-se resumidas as metas, considerando, em
essência, metas progressivas de atendimento para consecução da universalização
dos serviços, abordando a população. O período considerado está relacionado com
um horizonte de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2016
e 2035.
QUADRO
9.2 – OBJETIVOS
E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA, REDUÇÃO DAS PERDAS E ÍNDICES DE
ATENDIMENTO
Objetivos |
Situação atual |
Metas |
Prazos |
Ampliar o
índice de hidrometração |
Cobertura 97,34% |
Cobertura 100% |
Até 2017* |
Reduzir o
consumo médio per capita de água |
223,84 l/hab.dia |
Reduzir para 150 l/hab.dia |
Até 2023* |
Manter o
índice de atendimento urbano de água |
Cobertura 100% |
Cobertura 100% |
Até 2035 |
Índice de
atendimento rural de água |
S/I da porcentagem |
Cobertura 100% |
Até 2023* |
Reduzir Índice
de perdas na distribuição |
66,38% |
Reduzir para 30% |
Até 2027* |
Implementar
marco regulatório para cobrança pelo uso da água alterando parâmetros de
consumo/cobrança |
Inadequado |
Criação de marco |
Até 2017* |
* Após
atingir a meta no prazo proposto, a adequação deverá ser mantida durante todo
o horizonte de planejamento. S/I – Sem
informação. |
Elaboração Projeta Engenharia, 2015.
No quadro 9.3 encontram-se resumidas
as metas, considerando, em essência, metas
progressivas de atendimento para consecução da universalização dos serviços, abordando
a população urbana da sede. O período considerado está relacionado com um horizonte
de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2016 e 2035.
QUADRO
9.3– OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE
COBERTURA E ÍNDICES DE TRATAMENTO
Objetivos |
Situação atual |
Metas |
Prazos |
Ampliar o
índice de atendimento com esgotamento sanitário |
Cobertura 25% |
Cobertura 100% |
Até 2017* |
Ampliar o
índice de tratamento de esgotamento sanitário |
Cobertura 25% |
Cobertura 100% |
Até 2017* |
Universalizar
o atendimento com esgotamento sanitário e o tratamento dos esgotos |
Cobertura 25% |
Cobertura 100% |
Até 2017* |
* Após atingir
a meta no prazo proposto, a adequação deverá ser mantida durante todo o
horizonte de planejamento. S/I – Sem
informação. |
Elaboração Projeta Engenharia, 2015.
No quadro 9.4 encontram-se resumidas as metas para a universalização do
atendimento dos serviços de coleta e limpeza urbana
e a disposição adequada dos resíduos sólidos
domiciliares, da construção civil e de serviços de saúde, para o
horizonte de projeto de 20 anos, ou seja, de
2016 a 2035.
QUADRO
9.4– OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE
COBERTURA E SUA FUTURA UNIVERSALIZAÇÃO
Objetivos |
Situação atual |
Metas |
Prazos |
Ampliar o
índice de coleta de resíduos sólidos domiciliares |
Cobertura 88% |
Cobertura 100% |
Até 2017* |
Adequar
destinação final dos resíduos da construção civil e manutenção de praças e
jardins |
Inadequado |
Adequado |
Até 2017* |
Adequar
local de transbordo e armazenamento temporário dos resíduos sólidos
domiciliares |
Inadequado |
Adequado |
Até 2017* |
Ampliar
índice de reaproveitamento dos resíduos da construção civil coletados |
0% |
100% |
Até 2035 |
Disposição
adequada dos resíduos sólidos domiciliares |
Cobertura 100% |
Cobertura 100% |
Até 2035 |
Ampliar o
índice de varrição |
S/I da Cobertura |
Cobertura 100% |
Até 2017* |
Ampliar
índice de reaproveitamento dos resíduos sólidos domésticos |
1% |
70% |
Até 2035 |
* Após
atingir a meta no prazo proposto, a adequação deverá ser mantida durante todo
o horizonte de planejamento. S/I – Sem
informação. |
Elaboração Projeta Engenharia, 2015.
O quadro 9.5 apresenta resumidamente as metas, considerando, em
essência, metas progressivas para o controle das inundações no município de
Itapemirim. O período considerado está relacionado com um horizonte de
planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2016 e 2035.
QUADRO 9.5–
OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
Objetivos |
Situação atual |
Metas |
Prazos |
|
MICRODRENAGEM |
Existência
de padronização para projeto viário e drenagem pluvial |
Inadequado |
Elaborar a padronização |
Até 2017* |
Existência
de serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou
loteamentos |
Inadequado |
Criar equipe para este serviço |
Até 2028* |
|
Existência
de estrutura de inspeção e manutenção da drenagem |
Inadequado |
Criar estrutura |
Até 2017* |
|
Existência
de monitoramento de chuva |
Adequado |
Manter adequação |
Até 2035 |
|
Existência
de registro de incidentes envolvendo microdrenagem |
Inadequado |
Elaborar os registros |
Até 2017* |
|
MACRODRENAGEM |
Existência
de plano diretor urbanístico com tópicos relativos à drenagem |
Inadequado |
Elaborar Plano |
Até 2035 |
Existência
de plano diretor de drenagem urbana |
Inadequado |
Elaborar Plano |
Até 2035 |
|
Existência
de legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de
impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias |
Inadequado |
Elaborar Leis |
Até 2035 |
|
Existência
de monitoramento de cursos d’água (nível e vazão) |
Inadequado |
Manter adequação |
Até 2035 |
|
Existência
de registro de incidentes envolvendo a macrodrenagem |
Adequado |
Elaborar registros |
Até 2017* |
|
* Após
atingir a meta no prazo proposto, a adequação deverá ser mantida durante todo
o horizonte de planejamento. S/I – Sem
informação. |
Elaboração Projeta Engenharia, 2015.
No caso específico de Itapemirim, o estudo de demandas considerou a
população urbana e rural atualmente abastecida pelo sistema público.
Os critérios e parâmetros estabelecidos para o presente estudo são aqueles
usualmente empregados em projetos de saneamento básico, adequados às
particularidades da área de projeto. Na definição dos mesmos, foram
consideradas as Normas da ABNT, os dados coletados em campo e, também, as
informações disponíveis em sites e na bibliografia especializada.
Para o cálculo das demandas futuras de abastecimento de água do
município de Itapemirim, foram adotados os critérios e parâmetros de cálculo
descritos no quadro 10.1. Os valores de cotas per capita apontados foram retirados da literatura e adaptados
aqui.
QUADRO
10.1 – CONSUMO PER CAPITA DE ÁGUA 2011-2013
Porte da comunidade |
Faixa da população (hab.) |
Consumo per capita (l/hab.dia) |
Povoado rural |
< 5.000 |
90 - 140 |
Vila |
5.000 - 10.000 |
100 - 160 |
Pequena localidade |
10.000 - 50.000 |
110 - 180 |
Cidade média |
50.000 - 250.000 |
120 - 220 |
Cidade grande |
> 250.000 |
150 - 300 |
Fonte: Von Sperling, 1996.
O per capita médio
de consumo pode ser obtido através do volume de água consumido/micromedido
(excluindo-se o volume de água tratada exportado, caso ele exista), dividido
pela população atendida com abastecimento de água. Já o per capita de captação considera também as perdas de água do
sistema de água.
Mais adiante no relatório veremos que a população estimada
em final de plano para Itapemirim é de 71.248 habitantes, associado à per capitas médios de consumo e de
captação de 150,00 l/hab.dia e 223,84 l/hab.dia, respectivamente.
Para o cálculo de demandas apresentado adiante, foi
utilizado o valor do per capita médio
de consumo, pois na sequência dos cálculos foi incluída a vazão de perdas.
Os coeficientes de majoração de vazão correspondem ao
coeficiente do dia de maior consumo - K1 e ao coeficiente da hora de maior
consumo - K2.
Os coeficientes são definidos, de acordo com a NBR-12211
(Estudo de Concepção de Sistemas Públicos de Abastecimento de Água), como:
·
K1 - relação entre o maior consumo
diário, verificado no período de um ano, e o consumo médio diário, nesse mesmo
período;
·
K2 - relação entre a vazão máxima
horária e a vazão média do dia de maior consumo.
Admitiram-se, como válidos, dados conservadores (K1=1,20 e K2=1,50),
já que são valores comumente empregados em projetos de sistemas de
abastecimento de água.
O sistema de abastecimento de água de Itapemirim apresenta,
segundo dados do SNIS, um índice de atendimento, através da rede pública, de
100%.
Para a nova concepção do sistema foi considerado que o atual
atendimento urbano será mantido ao longo de todo o período de planejamento.
Como não existe ainda uma configuração perfeitamente
definida para a rede de distribuição de Itapemirim, fica inviável a avaliação
isolada do índice de perdas por setor ou zona de abastecimento.
No entanto, o valor apresentado pelo prestador no SNIS de
66,38% foi adotado como referência para o atual índice de Itapemirim, a fim de tornar
viável uma proposição de metas para a redução do índice de perdas, visando à
obtenção de um quadro de demandas mais coerente com os propósitos da
necessidade de economia de água.
A diminuição dos índices de perdas na distribuição proposta
nesse PMSB considera as dificuldades inerentes à implementação de um Programa
de Redução de Perdas, os custos envolvidos e a natural demora em obtenção de
resultados, que em geral envolvem as seguintes ações:
·
Construção de novas redes, em função da
necessidade de expansão, além da substituição de redes de distribuição, tendo
em vista os diâmetros reduzidos, a idade e os materiais empregados (amianto e
outros);
·
Instalação de novos hidrômetros e
substituição de hidrômetros existentes, em função de defeitos e incapacidade de
registro de vazões corretas;
·
Instalação de válvulas de manobras para
configuração dos setores de abastecimento propostos;
·
Várias medidas relacionadas com a
otimização dos sistemas, para combate e controle das perdas reais (vazamentos
diversos) e das perdas aparentes (cadastro atualizado de consumidores,
submedição, ligações clandestinas, gestão comercial, etc.), com base em um
Programa de Redução de Perdas.
Assim, partindo-se de um índice atual de perdas estimado em
66,38%, propôs-se indistintamente para o município, dentro do horizonte de
planejamento (ano 2035), a redução desta perda para 30%, passando os valores de
consumo per capita adotados para 150
l/hab.dia, ao invés de 223,84 l/hab.dia.*
Não foi identificado no município nenhum grande consumidor
que usufrua do sistema público de abastecimento de água, pois os mesmos se
encontram atendidos em soluções individuais e próprias.
Para identificação do volume de reservação necessário, de
modo a atender às oscilações horárias de demandas, foi considerado o critério
de 1/3 do volume máximo diário total demandado. Para o cálculo deste, foi
aplicado para o coeficiente do dia de maior consumo o valor usualmente adotado
de 1,2, e para o coeficiente da hora de maior consumo, o valor 1,5.
Com base na evolução populacional e nos critérios e
parâmetros de projeto, encontram-se apresentadas no quadro 10.2 as demandas
para o sistema de abastecimento de água do município de Itapemirim.
QUADRO
10.2– ESTIMATIVA DAS VAZÕES DE ESGOTO
Ano |
Pop. Total (hab.) |
% de Esgotamento |
População atendida por esgoto (hab.) |
Contribuição de Esgoto |
Carga per capita (kgDBO/dia) |
Carga diária Total (kgDBO/dia) |
||
Qmédio (l/s) |
Qmáx.dia (l/s) |
Qmáx.hora (l/s) |
||||||
2015 |
62655 |
25 |
15664 |
21,76 |
26,11 |
39,16 |
0,054 |
845,84 |
2016 |
63009 |
40 |
25204 |
35,01 |
42,01 |
63,01 |
0,054 |
1361,00 |
2017 |
63370 |
80 |
50696 |
70,41 |
84,49 |
126,74 |
0,054 |
2737,59 |
2018 |
63739 |
100 |
63739 |
88,53 |
106,23 |
159,35 |
0,054 |
3441,88 |
2019 |
64114 |
100 |
64114 |
89,05 |
106,86 |
160,29 |
0,054 |
3462,17 |
2020 |
64498 |
100 |
64498 |
89,58 |
107,50 |
161,24 |
0,054 |
3482,87 |
2021 |
64889 |
100 |
64889 |
90,12 |
108,15 |
162,22 |
0,054 |
3503,98 |
2022 |
65287 |
100 |
65287 |
90,68 |
108,81 |
163,22 |
0,054 |
3525,51 |
2023 |
65694 |
100 |
65694 |
91,24 |
109,49 |
164,23 |
0,054 |
3547,47 |
2024 |
66109 |
100 |
66109 |
91,82 |
110,18 |
165,27 |
0,054 |
3569,87 |
2025 |
66532 |
100 |
66532 |
92,41 |
110,89 |
166,33 |
0,054 |
3592,71 |
2026 |
66963 |
100 |
66963 |
93,00 |
111,60 |
167,41 |
0,054 |
3616,00 |
2027 |
67403 |
100 |
67403 |
93,62 |
112,34 |
168,51 |
0,054 |
3639,75 |
2028 |
67851 |
100 |
67851 |
94,24 |
113,09 |
169,63 |
0,054 |
3663,98 |
2029 |
68309 |
100 |
68309 |
94,87 |
113,85 |
170,77 |
0,054 |
3688,67 |
2030 |
68775 |
100 |
68775 |
95,52 |
114,63 |
171,94 |
0,054 |
3713,86 |
2031 |
69251 |
100 |
69251 |
96,18 |
115,42 |
173,13 |
0,054 |
3739,54 |
2032 |
69736 |
100 |
69736 |
96,85 |
116,23 |
174,34 |
0,054 |
3765,72 |
2033 |
70230 |
100 |
70230 |
97,54 |
117,05 |
175,57 |
0,054 |
3792,41 |
2034 |
70734 |
100 |
70734 |
98,24 |
117,89 |
176,83 |
0,054 |
3819,63 |
2035 |
71248 |
100 |
71248 |
98,96 |
118,75 |
178,12 |
0,054 |
3847,38 |
Elaboração: Projeta Engenharia, 2015
Para o cálculo das gerações futuras de resíduos sólidos do Município de
Itapemirim, foram adotados os critérios e parâmetros de cálculo descritos no
quadro 10.4 a seguir.
QUADRO 10.3– GERAÇÃO MÉDIA PER CAPITA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO
BRASIL
Resíduos |
Tamanho da cidade (hab.) |
Geração per capita Média |
Geração per capita Adotada |
||
Valor |
Unidade |
Valor |
Unidade |
||
RSU |
Pequena (Até 30 mil) |
0,50 |
kg/hab./dia |
0,50 |
kg/hab./dia |
Média (30 mil a 500 mil) |
0,50 a 0,80 |
0,70 |
|||
Grande (500 mil a 5 milhões) |
0,80 a 1,00 |
0,90 |
|||
Megalópole (> 5 milhões) |
>1,00 |
1,00 |
|||
RCC |
0,780 |
0,78 |
|||
RSS |
2,211 |
kg/hab./ano |
2,21 |
kg/hab./ano |
O quadro 10.5 apresenta a projeção da geração dos resíduos brutos no
município de Itapemirim conforme a projeção ao longo dos anos de planejamento.
Quadro
10.4– Projeção da geração dos Resíduos Sólidos Urbanos
(RSU), de Construção Civil e Demolição (RCC) e Resíduos dos Serviços da Saúde
(RSS)
Ano |
População Urbana (hab.) |
População Rural (hab.) |
Pop. Total Fixa (hab.) |
Pop. Flutuante (hab.) |
Pop. Total (hab.) |
Total RSU (t/ano) |
Total RCC (t/ano) |
Total RSS (t/ano) |
2010 |
19330 |
11658 |
30988 |
30000 |
60988 |
15582,4 |
17363,3 |
134,8 |
2011 |
19683 |
11626 |
31308 |
30000 |
61308 |
15664,2 |
17454,4 |
135,5 |
2012 |
20042 |
11593 |
31635 |
30000 |
61635 |
15747,7 |
17547,4 |
136,2 |
2013 |
20407 |
11561 |
31968 |
30000 |
61968 |
15832,9 |
17642,3 |
136,9 |
2014 |
20780 |
11529 |
32308 |
30000 |
62308 |
15919,8 |
17739,2 |
137,7 |
2015 |
21159 |
11496 |
32655 |
30000 |
62655 |
16008,4 |
17837,9 |
138,5 |
2016 |
21545 |
11464 |
33009 |
30000 |
63009 |
16098,8 |
17938,7 |
139,3 |
2017 |
21938 |
11432 |
33370 |
30000 |
63370 |
16191,1 |
18041,5 |
140,0 |
2018 |
22338 |
11401 |
33739 |
30000 |
63739 |
16285,2 |
18146,4 |
140,9 |
2019 |
22746 |
11369 |
34114 |
30000 |
64114 |
16381,2 |
18253,4 |
141,7 |
2020 |
23161 |
11337 |
34498 |
30000 |
64498 |
16479,1 |
18362,5 |
142,5 |
2021 |
23583 |
11305 |
34889 |
30000 |
64889 |
16579,0 |
18473,8 |
143,4 |
2022 |
24013 |
11274 |
35287 |
30000 |
65287 |
16680,9 |
18587,3 |
144,3 |
2023 |
24451 |
11243 |
35694 |
30000 |
65694 |
16784,8 |
18703,1 |
145,2 |
2024 |
24897 |
11211 |
36109 |
30000 |
66109 |
16890,8 |
18821,1 |
146,1 |
2025 |
25352 |
11180 |
36532 |
30000 |
66532 |
16998,8 |
18941,6 |
147,0 |
2026 |
25814 |
11149 |
36963 |
30000 |
66963 |
17109,0 |
19064,4 |
148,0 |
2027 |
26285 |
11118 |
37403 |
30000 |
67403 |
17221,4 |
19189,6 |
149,0 |
2028 |
26765 |
11087 |
37851 |
30000 |
67851 |
17336,0 |
19317,3 |
150,0 |
2029 |
27253 |
11056 |
38309 |
30000 |
68309 |
17452,9 |
19447,5 |
151,0 |
2030 |
27750 |
11025 |
38775 |
30000 |
68775 |
17572,1 |
19580,3 |
152,0 |
2031 |
28256 |
10994 |
39251 |
30000 |
69251 |
17693,5 |
19715,7 |
153,0 |
2032 |
28772 |
10964 |
39736 |
30000 |
69736 |
17817,4 |
19853,7 |
154,1 |
2033 |
29297 |
10933 |
40230 |
30000 |
70230 |
17943,7 |
19994,4 |
155,2 |
2034 |
29831 |
10903 |
40734 |
30000 |
70734 |
18072,5 |
20137,9 |
156,3 |
2035 |
30376 |
10872 |
41248 |
30000 |
71248 |
18203,8 |
20284,2 |
157,5 |
O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso
obrigatório das municipalidades após a Lei Federal 12.305 de 02/08/10,
referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos.
Desta forma, focou-se este aspecto nos resíduos sólidos urbanos e nos
resíduos da construção civil e demolição já que, pelos riscos à saúde pública
pela sua patogenicidade, os resíduos de serviços de saúde não são recicláveis.
De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Versão Preliminar
para Consulta Pública (Ministério do Meio Ambiente, 2011), objetiva-se no Plano
de Metas Favorável atingir uma taxa de reaproveitamento de 70% para os resíduos
secos e úmidos de RSU, e 100% para os resíduos da construção civil e demolição.
Diante disto, e considerando o horizonte de planejamento de 20 anos para
este PMSB, apresentam-se no quadro 10.6 a seguir as progressões adotadas para a
implementação do reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e da construção
civil e demolição (RCC) em um município com índices nulos no Ano 0, e
considerando o Ano 1 como o ano de implementação do plano.
QUADRO 10.5– PROGRESSÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO REAPROVEITAMENTO
DOS RSU E RCC
Faixa de Ano de
Planejamento |
Faixas de Reaproveitamento (%) |
|
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) |
Resíduos
da Construção Civil e Demolição (RCC) |
|
Anos 1 ao 4 |
0% a 30% |
0% a 50% |
Anos 5 ao 8 |
31% a 50% |
50% a 75% |
Anos 9 ao 12 |
51% a 65% |
75% a 90% |
Anos 13 ao 16 |
66% a 70% |
90% a 100% |
Ano 17 em diante |
70% |
100% |
Elaboração PROJETA, 2015.
No entanto, destaca-se que para Itapemirim o período compreendido entre os
anos 1 e 4 apresenta progressão iniciada em 1%, referente ao índice de
reaproveitamento de RSU já existente no município; e, por este mesmo motivo, os
índices alcançados nas faixas de Ano de Planejamento apresentam-se um pouco
acima dos dispostos no quadro 10.6 anteriormente apresentado.
Assim, segue o quadro 10.7 que apresentam, respectivamente, as projeções
dos quantitativos de reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos e dos
resíduos da construção civil e demolição do município.
QUADRO
10.6– PROJEÇÃO DE REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS (RSU) E DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO (RCC)
Ano de Referência e Cenário |
Poulação Total (Fixa+Flutuante) |
Resíduos Secos (t/ano) |
Resíduos Úmidos (t/ano) |
Total de RSU (t/ano) |
Índice de Reaproveitamento
(RSU) % |
Índice de Reaproveitamento
(RCC) % |
2016 |
63.009 |
4.829,7 |
11.269,2 |
16.098,8 |
7,5 |
13,5 |
2017 |
63.370 |
4.857,3 |
11.333,8 |
16.191,1 |
15 |
26 |
2018 |
63.739 |
4.885,6 |
11.399,6 |
16.285,2 |
22,5 |
38,5 |
2019 |
64.114 |
4.914,4 |
11.466,9 |
16.381,2 |
30 |
51 |
2020 |
64.498 |
4.943,7 |
11.535,4 |
16.479,1 |
35 |
57,25 |
2021 |
64.889 |
4.973,7 |
11.605,3 |
16.579,0 |
40 |
63,5 |
2022 |
65.287 |
5.004,3 |
11.676,6 |
16.680,9 |
45 |
69,75 |
2023 |
65.694 |
5.035,4 |
11.749,4 |
16.784,8 |
50 |
76 |
2024 |
66.109 |
5.067,2 |
11.823,5 |
16.890,8 |
53,75 |
79,75 |
2025 |
66.532 |
5.099,7 |
11.899,2 |
16.998,8 |
57,5 |
83,5 |
2026 |
66.963 |
5.132,7 |
11.976,3 |
17.109,0 |
61,25 |
87,25 |
2027 |
67.403 |
5.166,4 |
12.055,0 |
17.221,4 |
65 |
91 |
2028 |
67.851 |
5.200,8 |
12.135,2 |
17.336,0 |
66,25 |
93,25 |
2029 |
68.309 |
5.235,9 |
12.217,0 |
17.452,9 |
67,5 |
95,5 |
2030 |
68.775 |
5.271,6 |
12.300,4 |
17.572,1 |
68,75 |
97,75 |
2031 |
69.251 |
5.308,1 |
12.385,5 |
17.693,5 |
70 |
100 |
2032 |
69.736 |
5.345,2 |
12.472,2 |
17.817,4 |
70 |
100 |
2033 |
70.230 |
5.383,1 |
12.560,6 |
17.943,7 |
70 |
100 |
2034 |
70.734 |
5.421,8 |
12.650,8 |
18.072,5 |
70 |
100 |
2035 |
71.248 |
5.461,1 |
12.742,7 |
18.203,8 |
70 |
100 |
O quadro 10.8 apresenta a projeção da geração dos resíduos não
reaproveitáveis (rejeitos) do município.
QUADRO 10.7– PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS NÃO REAPROVEITÁVEIS
(REJEITOS)
Ano de Referência e Cenário |
Poulação Total (Fixa+Flutuante)
N° de Habitantes |
Total de RSU (t/ano) |
Rejeitos RSU (t/Ano) |
Rejeitos RCC (t/Ano) |
2016 |
63.009 |
16.098,84 |
14.891,42 |
13.925,49 |
2017 |
63.370 |
16.191,10 |
13.762,43 |
11.981,41 |
2018 |
63.739 |
16.285,21 |
12.621,04 |
10.015,41 |
2019 |
64.114 |
16.381,22 |
11.466,85 |
8.026,80 |
2020 |
64.498 |
16.479,14 |
10.711,44 |
7.044,83 |
2021 |
64.889 |
16.579,02 |
9.947,41 |
6.051,34 |
2022 |
65.287 |
16.680,90 |
9.174,49 |
5.045,97 |
2023 |
65.694 |
16.784,80 |
8.392,40 |
4.028,35 |
2024 |
66.109 |
16.890,77 |
7.811,98 |
3.420,38 |
2025 |
66.532 |
16.998,84 |
7.224,51 |
2.804,81 |
2026 |
66.963 |
17.109,04 |
6.629,75 |
2.181,40 |
2027 |
67.403 |
17.221,43 |
6.027,50 |
1.549,93 |
2028 |
67.851 |
17.336,03 |
5.850,91 |
1.170,18 |
2029 |
68.309 |
17.452,89 |
5.672,19 |
785,38 |
2030 |
68.775 |
17.572,05 |
5.491,27 |
395,37 |
2031 |
69.251 |
17.693,55 |
5.308,06 |
- |
2032 |
69.736 |
17.817,43 |
5.345,23 |
- |
2033 |
70.230 |
17.943,73 |
5.383,12 |
- |
2034 |
70.734 |
18.072,50 |
5.421,75 |
- |
2035 |
71.248 |
18.203,79 |
5.461,14 |
- |
A demanda do sistema de drenagem urbana pode ser entendida como uma
futura exigência planejada, prevendo-se a evolução da condição urbanística
atual em direção a um cenário esperado.
A projeção da população urbana para o horizonte de planejamento
apresentada neste estudo estabeleceu um acréscimo de aproximadamente 11,56% em
relação à população atual. Ou seja, a população urbana (fixa + flutuante)
passará de 63.009 em 2016 para 71.248 em 2035, um incremento de 8.239
habitantes.
Conforme mencionado, esta população é constituída pela Sede Municipal e
considera-se que nesta área estará concentrada toda a população urbana
projetada e demais localidades, compreendendo ainda a população flutuante
turística.
O crescimento do número de habitantes implica no aumento da taxa de
impermeabilização devido às novas residências construídas, como também no tipo
de pavimento utilizado nas novas ruas, aumentando a impermeabilização do solo e
consequentemente maior índice de escoamento superficial das águas pluviais. A
ocupação das áreas mais acidentadas da cidade faria com que a água fosse
encaminhada para as partes mais baixas, com um tempo de concentração pequeno.
Ou seja, a vazão da água drenada para o sistema de macrodrenagem aumentará.
Vale ressaltar que a implantação de novos bairros e/ou distritos
industriais, por exemplo, deve ser considerada, pois pode comprometer a
eficácia do sistema de drenagem que deve estar preparado para receber o
incremento de vazão gerada pelo aumento da impermeabilidade do solo na bacia de
contribuição.
Para o município de Itapemirim observaram-se as seguintes demandas na
área urbana:
·
Crescimento populacional
·
Baixa verticalização da área já urbanizada.
·
Aumento da densidade habitacional na área já
urbanizada.
Contando com todos os subsídios levantados, pode-se, então, chegar a
conclusões e diretrizes gerais relacionadas ao Plano Municipal de Saneamento
Básico. Essas conclusões estão resumidas abaixo auxiliando a hierarquização das
intervenções.
Sob o conceito de
Plano Municipal de Saneamento Básico, entende-se que devem ser consideradas:
·
as articulações e mútuas repercussões entre os
segmentos internos ao setor saneamento, que envolvem o abastecimento de água, o atendimento com esgotamento sanitário
e o tratamento de esgotos,
a coleta e a disposição adequada de resíduos
sólidos e, também,
os sistemas de micro e
macrodrenagem; e
·
as ações conjuntas
e processos de negociação para alocação das disponibilidades hídricas,
com vistas a evitar conflitos
com outros diferentes setores usuários das águas, com destaques para o setor agropecuário
e de
cultivos irrigados, a
produção industrial e a explotação para outros fins.
Assim, sob tais subsídios e conceitos supracitados, apresenta-se a
seguir as conclusões obtidas para cada componente do Plano Municipal de
Saneamento Básico.
SISTEMA DE ABASTECIMENTO
Demanda Máxima Diária: O aumento gradativo populacional evidencia que para o horizonte final
de projeto, a vazão requerida tende a seguir o mesmo cenário de crescimento,
apesar das metas de redução de perdas, o município necessitará de um aumento em
sua distribuição de água potável, pois deve-se levar em consideração que parte
da água produzida no município de Itapemirim atende ao município de Marataízes.
Vazão Média Diária de
Captação: Será necessária a realização de estudos
aprofundados para se conhecer as vazões de captação, assim como o tempo de
operação dos sistemas existentes, para que se possa realizar uma adequada
avaliação dos cenários existentes e futuros para que se possa prever a
ampliação do sistema. Adicionalmente será recomendada a elaboração de um estudo
de disponibilidade hídrica superficial e subterrânea dos mananciais do
município para a sua futura adequada exploração de seus recursos.
Capacidade do Sistema: Devido ao aumento da demanda num futuro cenário de plano, sugere-se uma
ampliação do sistema.
Volume de reservação: Necessita-se de estudos mais aprofundados para a mensuração correta do
sistema de reservação a ser implantado, principalmente a elaboração do Plano
Diretor Municipal, para que desta forma, seja feita uma correta avaliação.
Atualmente o sistema de reservação existente atende a demanda do município,
levando-se em consideração a população flutuante.
Extensão de redes de
distribuição: Não existem dados concretos sobre a correta
extensão da rede de distribuição implantada no município, sendo sugerido
adiante, um mapeamento cadastral correto da atual situação. Inevitavelmente,
com a urbanização de zonas não urbanizadas e com o crescimento populacional
previsto, haverá necessidade expansão da rede de distribuição de água do
município.
Índice de perdas: O índice de perdas apresentado no município é superior a média nacional
adotada. Diante do apurado, estipulou-se uma meta de redução no horizonte de
plano, descrito no PRODUTO 05, que define os projetos a serem implantados
durante a vigência do plano.
Proteção dos mananciais: Recomenda-se para o município a implantação de programa de proteção aos
mananciais.
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Contribuição média: Observa-se um crescimento da contribuição média diária em função do crescimento
populacional e da universalização dos serviços de esgotamento sanitário.
Índice de atendimento: Atualmente, parte da população urbana não é atendida pelo serviço de
esgotamento sanitário, diante disto, propõe-se a universalização do atendimento
até o fim do prazo emergencial.
Índice de tratamento: Atualmente, a totalidade do esgoto produzido na área urbana não é
tratado, sendo tratado somente parte dele e o restante lançado in natura em
córregos locais, diante disto, propõe-se a universalização do tratamento até o
fim do prazo emergencial. Propõe-se a implantação de um sistema complementar.
Capacidade da ETE: O sistema implantado atualmente não atende a 100% da meta. Recomenda-se
a implantação de sistemas complementares.
Eficiência do tratamento: Projeta-se a implantação de tratamento em todos os níveis até o final
de horizonte de projeto para que desta forma a universalização do atendimento
se dê dentro das metas.
Extensão de rede coletora: Nota-se que há necessidade de ampliar a extensão de rede coletora a fim
de garantir a universalização do atendimento e acompanhar o crescimento
vegetativo da população urbana atual.
Número de domicílios atendidos: Nota-se que há necessidade de efetuar novas ligações de esgoto a fim
de garantir a universalização do atendimento e acompanhar o crescimento
vegetativo da população urbana atual.
Conclusões adicionais:
· O município encontra-se muito abaixo dos padrões nacionais de tratamento
de esgotos, apesar de apresentar um bom índice de atendimento, portanto faz-se
necessário, importantes avanços para se atingir a universalização no tratamento
dos esgotos sanitários, que terão rebatimentos positivos em termos da oferta de
água para abastecimento, notadamente em termos da qualidade dos recursos
hídricos, tanto superficiais quanto subterrâneos;
· As prioridades desses avanços poderão ser estabelecidas de acordo com as
associações de seus resultados em termos de melhoria de qualidade da água e
proteção a mananciais de sistemas de abastecimento público.
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Geração de RSU: Projeta-se um crescimento da geração de RSU devido ao crescimento
populacional do município, será necessário garantir a coleta de 100% destes
resíduos até o final do horizonte de planejamento.
Índice de reaproveitamento de
RSU: Propõe-se a ampliação dos índices de reciclagem e
compostagem dos resíduos domiciliares a fim de atingir 70% de reaproveitamento
total.
Geração de Rejeitos de RSU: Projeta-se uma redução na geração de rejeitos de RSU devido à ampliação
do índice de reaproveitamento.
Transbordo e armazenamento
temporário de resíduos: Propõe-se uma adequação no
pátio de transbordo e armazenamento temporário de resíduos a fim de regularizar
a situação, visto que a disposição final dos resíduos já se encontra
regularizada.
Central de triagem: O município já realiza triagem dos RSU coletados, porém o índice de
reaproveitamento dos resíduos não atende ao propósito. Diante do constatado,
propõe-se a implantação de uma usina de triagem para os resíduos recicláveis e
reaproveitáveis.
Usina de compostagem: O município não realiza compostagem de resíduos úmidos, assim, será
proposta a implantação de uma usina de compostagem.
Varrição de ruas: Atualmente 100% da área urbana já recebe o serviço de varrição, propõe-se
manter este índice durante todo o horizonte de planejamento. No entanto,
ressalva-se que, caso haja povoados rurais com áreas centrais mais urbanizadas,
as mesmas também deverão receber o serviço de varrição.
Geração de RCC: Projeta-se uma ampliação do índice de reaproveitamento dos resíduos da
construção civil coletados, atingindo 100% no fim do horizonte de planejamento.
Disposição adequada de RCC: Propõe-se a elaboração de um estudo de viabilidade para avaliar a
possibilidade de implantação de uma usina de britagem no local e a vida útil do
bota-fora.
Geração de RSS: O município já possui modelo de coleta, transporte e disposição
adequada dos resíduos de serviços de saúde, porém deverá monitorar para
garantir a qualidade do serviço prestado.
Conclusões adicionais:
· à disposição final adequada, com vistas a impedir a contaminação de
aquíferos que sirvam como mananciais para abastecimento e, também, para reduzir
os impactos negativos que são causados sobre as águas superficiais da região –
rios, córregos e reservatórios;
· à consolidação da coleta seletiva, que é um importante instrumento na
busca de soluções que visem à redução dos resíduos sólidos urbanos. Isto
porque, conforme exigência imposta pela Lei Federal 12.305 - Política Nacional
dos Resíduos Sólidos, a partir de agosto de 2014 somente poderão ser dispostos
em aterros sanitários os rejeitos não reaproveitáveis. Os principais aspectos
contidos nessa legislação podem ser resumidos na exigência de máximo
reaproveitamento dos materiais e na restrição da disposição final dos rejeitos.
SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
URBANAS
Por fim, em relação ao sistema de drenagem, conclui-se que os principais
desafios dizem respeito à:
·
Elaboração de padronização para projeto viário e
drenagem pluvial;
·
Criação de equipe para realizar serviço de
verificação e análise
de projetos de pavimentação e/ou loteamentos;
·
Criação de estrutura de inspeção e manutenção do
atual sistema de drenagem pluvial;
·
Obtenção de acesso aos dados dos postos locais de
monitoramento de chuva e cursos d'água;
·
Proposição de ações e programas de combate às
inundações e erosões
em locais específicos de áreas urbanas,
envolvendo intervenções de cunho mais pontual;
·
Elaboração de registro de incidentes envolvendo
micro e macrodrenagem;
·
Elaboração de legislação adequada visando garantir
o bom funcionamento do sistema de drenagem municipal.
Neste capítulo estão definidos os critérios de hierarquização das áreas
e/ou programas de intervenção. As ações foram consideradas nos horizontes de
planejamento emergencial, curto, médio e longo prazos.
Abastecimento de água
A priorização de cada ação (emergencial, curto, médio e longo prazo) para
o sistema de abastecimento de água foi feita adotando-se os seguintes
critérios:
·
Ação emergencial a ser implementada a partir do ano
1 (período de 2 anos - 2016 a 2017): ações voltadas para a universalização do
abastecimento de água com qualidade, visto que o município de Itapemirim
encontra-se com obras adiantadas em relação à este serviço;
·
Ação de curto prazo (período de 4 anos – 2018 a
2021): ações voltadas para corrigir problemas operacionais que possam
representar risco de interrupção no fornecimento de água;
·
Ação de médio a longo prazo (período de 14 anos –
2022 a 2035): ação em função do crescimento da demanda associada às captações
utilizadas para abastecimento de água;
·
Ação ao longo do período de planejamento: ações preventivas
que permitam a manutenção da oferta de água e a preservação da qualidade dos
mananciais de abastecimento.
Esgotamento sanitário
A priorização de cada ação (emergencial, curto, médio e longo prazo)
para o sistema de esgotamento sanitário foi feita adotando-se os seguintes
critérios:
·
Ação emergencial a ser implementada a partir do ano
1 (período de 2 anos - 2016 a 2017): ações voltadas para a universalização dos
serviços de esgotamento sanitário;
·
Ação de curto prazo (período de 4 anos – 2018 a 2021):
ação voltada para corrigir problemas operacionais que possam representar risco
de entupimento na rede coletora ou interrupção no tratamento de esgoto;
·
Ação de médio a longo prazo (período de 14 anos –
2022 a 2035): ação em função do crescimento da demanda do sistema;
·
Ação ao longo do período de planejamento: ações
preventivas que permitam a manutenção dos serviços de esgotamento sanitário e a
preservação da qualidade dos mananciais locais.
Limpeza Urbana e Manejo dos
Resíduos Sólidos
A priorização de cada ação (emergencial, curto, médio e longo prazo)
para o sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos foi feita
adotando-se os seguintes critérios:
· Ação emergencial a ser implementada a partir do ano 1 (período de 2 anos
- 2016 a 2017): ação voltada para impedir a interrupção dos serviços de limpeza
urbana e manejo dos resíduos sólidos;
· Ação de curto prazo (período de 4 anos – 2018 a 2021): ação voltada para
corrigir problemas operacionais que possam representar risco de interrupção nos
serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
· Ação de médio a longo prazo (período de 14 anos – 2022 a 2035): ação
para atender o crescimento da demanda do sistema;
· Ação ao longo do período de planejamento: ações preventivas que permitam
a manutenção dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Drenagem e Manejo de águas
pluviais
A priorização de cada ação (emergencial, curto, médio e longo prazo)
para o sistema de drenagem e manejo de águas pluviais foi feita adotando-se os
seguintes critérios:
·
Ação emergencial a ser implementada a partir do ano
1 (período de 2 anos - 2016 a 2017): ação voltada para implantação de estrutura
de inspeção e manutenção da rede de drenagem, e implantar os postos
fluviométricos e pluviométricos caso haja ocorrência de pontos críticos no
município;
·
Ação de curto prazo (período de 4 anos – 2018 a
2021): ação voltada para implantação de estrutura de inspeção e manutenção da
rede de drenagem;
·
Ação de médio a longo prazo (período de 14 anos –
2022 a 2035): ação futura em função do crescimento da demanda do sistema, e
elaboração de legislação específica;
·
Ação ao longo do período de planejamento: ações
preventivas que permitam a manutenção dos serviços de drenagem urbana e manejo
de águas pluviais.
A definição dos valores estimados para cada ação foi realizada através
de diversas consultas junto a fornecedores, prefeituras e empresas que estão
implantando projetos e executando obras semelhantes, tabelas de serviços e
insumos (como é o caso da SINAPI), bem como indicadores de custos do Ministério
das Cidades. Quanto aos produtos, máquinas, veículos, equipamentos, softwares,
etc., as consultas foram baseadas em publicações especializadas.
Cabe destacar que esses valores são estimados, levando-se em conta a
realidade econômica do mercado atual, o que exigirá da administração municipal
atualização e adaptação dos custos aos projetos básicos e executivos
específicos que serão elaborados.
O quadro 13.1 retrata as ações estabelecidas para o sistema de
abastecimento de água e o valor estimado para implantação de cada ação. O montante
dos investimentos previstos é da ordem de R$ 172 milhões.
QUADRO
13.1 – AÇÕES E CUSTOS DE INVESTIMENTOS RELACIONADOS AO
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Ação |
Tipo de Intervenção |
Custos (R$) |
Hierarquização |
Cadastro técnico do
sistema de abastecimento de água. |
Levantamento cadastral técnico das estruturas
do sistema de abastecimento de Água. |
1.350.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Manutenção/reforma e ampliação
das unidades das estações de tratamento de água. |
Manutenção/reforma nas
unidades de tratamento (principais problemas de infraestrutura na ETA). |
10.050.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Implantação de Estação de
Tratamento de Água em Itaipava/Itaoca - Em andamento. |
Projeto básico e
executivo, e execução das obras de implantação da ETA. |
21.000.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Melhoria e ampliação de
sistema de lavagem dos filtros na ETA Garrafão, ETA Limão, ETA São João da
Lancha, ETA Graúna, ETA Rio Muqui. |
Implantação sistema de lavagem dos filtros,
tratamento de lodo e de recirculação das águas de lavagem dos filtros nas
ETAs. |
17.000.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Implantação sistema de tratamento
de lodo e de recirculação das águas de lavagem dos filtros nas ETAs. |
Implantação de sistema de
tratamento do lodo e de recirculação das águas de lavagem dos filtros nas
ETA. |
35.250.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Implantação de rede de
distribuição e substituição de redes de amianto. |
Implantação de rede de
distribuição no município e substituição de redes compostas por tubo de
amianto. |
51.150.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Programa de redução de
perdas de água. |
Implantação de um Programa
de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a possível setorização
da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de
VRPs, melhorias na gestão comercial, etc. |
4.200.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Hidrometração de todo o
sistema (macro e micromedição). |
Confecção de projeto para
implantar a hidrometração de todo o sistema (micromedição/ macromedição). |
3.000.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Reforma e isolamento dos
reservatórios de Itapemirim e Bela Vista. |
Confecção de projeto para
a reforma e isolamento dos reservatórios. |
650.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Implantação do Sistema
Emergencial de Abastecimento. |
Estudos hidrogeológicos e
sondagens, perfuração de poços para a explotação de água subterrânea. |
2.950.000,00 |
Longo prazo (2016 – 2035) |
Construção de
reservatórios para armazenamento de água bruta. |
Construção de 16
reservatórios para reservação de água bruta (5120 m³ total). |
25.000.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Análise de eficiência energética
do sistema de abastecimento. |
Elaboração de estudos e
análises crítica do sistema atual e propor melhorias para que se tenha uma
melhor eficiência energética no sistema. |
650.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Total do Investimento
(R$) |
172.250.000,00 |
O quadro 13.2 retrata as ações estabelecidas para o sistema de
esgotamento sanitário e o valor estimado para implantação de cada ação. O
montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 245,8 milhões.
QUADRO
13.2 – AÇÕES E CUSTOS DE INVESTIMENTOS RELACIONADOS AO
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Ação |
Tipo de Intervenção |
Custos (R$) |
Hierarquização |
Cadastro técnico do sistema de esgotamento
sanitário. |
Levantamento cadastral técnico das unidades
componentes do sistema de esgotamento sanitário. |
1.450.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Planejamento, melhorias e
ampliação do sistema de tratamento de esgoto da ETE Rosa Meireles. |
Projeto básico e executivo, e execução das obras de
reforma e ampliação da ETE Rosa Meireles. |
15.725.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Implantar estação de tratamento de esgoto - ETE em
Itaipava/Itaoca. |
Implantação de Estações de Tratamento de Esgoto. |
22.000.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Implantar estação de tratamento de esgoto – ETE, nas
localidades com redes coletoras já existentes. |
Elaboração de estudos e projetos para implantação de
Estações de Tratamento de Esgoto – ETE no município. |
22.000.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Ampliação do sistema de coleta. |
Implantação de redes coletoras para atender
principalmente a população do interior do município. |
148.250.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Estudo de viabilidade econômica-ambiental e implantação
de unidades de tratamento individual e ou semi-coletivas de esgoto adequadas
nas áreas rurais do município, ainda não atendidas. |
Projeto com cadastramento georreferenciado com
levantamento da situação existente e planejamento com cronograma físico-financeiro
para as melhorias propostas. |
36.430.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Total do Investimento
(R$) |
245.855.000,00 |
O quadro 13.3 retrata as ações estabelecidas para o sistema de limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos, e o valor estimado para implantação de cada ação.
O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 11,5 milhões.
QUADRO
13.3 – AÇÕES E CUSTOS DE INVESTIMENTOS RELACIONADOS AO
SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Tipo de Intervenção |
Custos
(R$) |
Hierarquização |
|
Monitoramento, melhorias e ampliação da
cobertura da coleta seletiva. |
Ampliação da capacidade do
Galpão de Triagem, ou implantar nova unidade, e implantar Pátio/Usina de
Compostagem. Manter os equipamentos existentes em bom estado de conservação,
adquirir novos equipamentos, contratar e treinar mais funcionários para a
realização dos serviços. |
1.314.000,00 |
Emergencial/ curto prazo (2016 – 2021) |
Coletar resíduos de construção civil (RCC), regularizar a área de
destinação e estocagem (bota-fora) dos RCC; Elaborar Projeto Executivo de
Implantação de Usina de Britagem; Implantar Usina de Britagem para
reaproveitamento do RCC. |
Compra de equipamentos,
contratação de mão-de-obra, regularização do bota-fora, conscientização da
população. |
4.761.000,00 |
Emergencial/ Médio/ Longo prazo (2016 – 2035) |
Melhorias
na qualidade dos serviços prestados de coleta, transporte e disposição dos
RSS. |
Monitoramento e avaliação
dos serviços de destinação final dos RSS e dos serviços de coleta e
transporte (executados por empresa terceirizada). |
900.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Melhorias
na qualidade dos serviços prestados de coleta, transporte e disposição dos
Resíduos Domésticos. |
Monitoramento e avaliação
dos serviços de destinação final dos RSD e dos serviços de coleta e
transporte. |
3.360.000,00 |
Longo prazo (2016 – 2035) |
Plano
de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PGIRS). |
Contratação de uma
empresa especializada na Elaboração do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos
Sólidos (PGIRS). |
480.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Diretrizes
para o gerenciamento de resíduos perigosos e volumosos. |
Elaboração de planos para
o gerenciamento dos resíduos volumosos e perigosos com tópicos relativos
sobre a legislação e a destinação destes resíduos. |
425.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Política
reversa-Pneus. |
Avaliação da viabilidade
técnica e econômica da implantação do plano de gerenciamento dos pneus.
Contratar empresa especializada para promover a destinação adequada dos
pneus. |
350.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Total
do Investimento (R$) |
11.590.000,00 |
O quadro 13.4 retrata as ações estabelecidas para o sistema de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos, e o valor estimado para implantação de
cada ação. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 6,5 milhões.
QUADRO
13.4 – AÇÕES E CUSTOS DE INVESTIMENTOS RELACIONADOS AO
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Ação |
Tipo de Intervenção |
Custos (R$) |
Hierarquização |
Mapeamento, digitalização
e georreferenciamento de todo o sistema de drenagem do município. |
Mapeamento
e georreferenciamento de todo o sistema de microdrenagem e macrodrenagem
existente no município. |
1.500.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Elaboração de registro de
incidentes envolvendo microdrenagem e macrodrenagem. |
Criação
de um Banco de Dados com o registro dos incidentes. |
630.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana
(PDDU). |
Elaboração
do PDDU. |
880.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Reestruturação da equipe e materiais para
inspeção e manutenção da drenagem. |
Contratação
de equipe necessária para realizar manutenção dos equipamentos de inspeção, e
contratação de mão-de-obra para acompanhar o crescimento urbano. |
3.500.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Total do Investimento (R$) |
6.510.000,00 |
Foram estabelecidos também
programas gerais aplicáveis às áreas de saneamento, o Quadro 13.5 apresenta as
ações e investimentos necessários. O montante dos investimentos previstos é da
ordem de R$ 24,4 milhões.
QUADRO
13.5 – AÇÕES E CUSTOS DE INVESTIMENTOS RELACIONADOS AOS PROGRAMAS GERAIS
Ação |
Tipo de Intervenção |
Custos (R$) |
Hierarquização |
Adequação do Programa de Cobrança pelos
Serviços de Saneamento Básico. |
Adequação
da cobrança pela prestação dos serviços. |
492.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Programa de Proteção das
Nascentes e Mananciais de Abastecimento de Água. |
Implantação
de programas de recuperação. |
14.960.000,00 |
Curto/Longo prazo (2016 - 2035) |
Programa de Adequação de Interferências entre Rede
de Esgoto e Drenagem. |
Realização
de oficinas de conscientização com a população, ampliações e adequações no
sistema de esgotamento e na rede de drenagem urbana. |
5.500.000,00 |
Curto prazo (2016 - 2021) |
Programa de Capacitação dos Operadores dos Serviços
de Saneamento Básico. |
Implantação de cursos, palestras e oficinas para os
operadores. |
400.000,00 |
Preventiva (2016-2035) |
Elaboração de estudos de viabilidade econômica para
captação de água de chuva para reaproveitamento. |
Elaboração
de projetos implantação dos sistemas de captação de água pluvial. |
365.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Investir em programas que beneficie produtores que
realizam a proteção dos mananciais. |
Criação
de programas. |
2.450.000,00 |
Emergencial (2016 - 2017) |
Estudo da viabilidade econômica/financeira dos
serviços prestados de água e esgoto pelo SAAE de Itapemirim. |
Estudos
econômicos. |
300.000,00 |
Curto Prazo (2016-2021) |
Total do Investimento
(R$) |
24.467.000,00 |
Foram apresentados alguns programas educacionais para sensibilizar a
população para as questões ambientais, a fim tornar intrínseca a postura
adequada para resultar no melhor uso e desempenho dos sistemas de saneamento
básico. O quadro 13.6 apresenta as ações e investimentos previstos. O montante
dos investimentos previstos é da ordem de R$ 4,5 milhões.
QUADRO
13.6 – AÇÕES E CUSTOS DE INVESTIMENTOS RELACIONADOS AOS PROGRAMAS EDUCACIONAIS
Ação |
Tipo de Intervenção |
Custos (R$) |
Hierarquização |
Estímulo à população a apoiar programas
ambientais. |
Realização
de oficinas, programas educacionais nas escolas, teatros populares. |
800.000,00 |
Preventiva (2016-2035) |
Programa de Utilização
Racional da Água. |
Realização
de oficinas de conscientização com a população, programas educacionais nas
escolas. |
800.000,00 |
Preventiva (2016-2035) |
Conscientização da Utilização do Sistema de
Esgotamento Sanitário. |
Realização
de oficinas com a população. |
880.000,00 |
Preventiva (2016-2035) |
Conscientização da coleta seletiva. |
Mobilizar
a população a realizar a coleta seletiva em suas residências e em locais
públicos. |
800.000,00 |
Preventiva (2016-2035) |
Programa de Reuso da Água. |
Ações
de conscientização da população. Criar subsídios para incentivar os moradores
a realizar captação de água de chuva (ex.: desconto na taxa de IPTU). |
800.000,00 |
Preventiva (2016-2035) |
Total do Investimento
(R$) |
4.480.000,00 |
A seguir são
apresentadas as planilhas com os cronogramas físico-financeiros, de acordo com
os quadros apresentados acima.
QUADRO
13.7 – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
AÇÕES |
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO |
Investimentos previstos (R$) |
|||||||||||||||||||
Emergencial |
Curto Prazo |
Médio Prazo |
Longo Prazo |
||||||||||||||||||
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
2022 |
2023 |
2024 |
2025 |
2026 |
2027 |
2028 |
2029 |
2030 |
2031 |
2032 |
2033 |
2034 |
2035 |
||
Cadastro técnico do sistema de
abastecimento de água. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1.350.000,00 |
Manutenção/reforma e ampliação das unidades
das ETAs. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
10.050.000,00 |
Implantação de Estação de Tratamento de
Água em Itaipava/Itaoca – Em andamento. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
21.000.000,00 |
Melhoria e ampliação de sistema de lavagem
dos filtros nas ETAs. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
17.000.000,00 |
Implantação sistema de tratamento de lodo e
de recirculação das águas de lavagem dos filtros nas ETAs. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
35.250.000,00 |
Implantação de rede de distribuição e substituição
de redes de amianto. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
51.150.000,00 |
Programa de redução de perdas de água. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
4.200.000,00 |
Hidrometração de todo o sistema (macro e
micromedição). |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
3.000.000,00 |
Reforma e isolamento dos reservatórios de
Itapemirim e Bela Vista. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
650.000,00 |
Implantação do Sistema Emergencial de
Abastecimento. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
2.950.000,00 |
Construção de reservatórios para
armazenamento de água bruta. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
25.000.000,00 |
Análise e eficiência energética do sistema
de abastecimento. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
650.000,00 |
Total do investimento (R$) |
87.450.000,00 |
83.400.000,00 |
700.000,00 |
700.000,00 |
172.250.000,00 |
QUADRO
13.8 – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
– SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO |
|
|||||||||||||||||||||
AÇÕES |
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO |
Investimentos previstos (R$) |
||||||||||||||||||||
Emergencial |
Curto Prazo |
Médio Prazo |
Longo Prazo |
|||||||||||||||||||
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
2022 |
2023 |
2024 |
2025 |
2026 |
2027 |
2028 |
2029 |
2030 |
2031 |
2032 |
2033 |
2034 |
2035 |
|||
Cadastro técnico do
sistema de esgotamento sanitário. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1.450.000,00 |
|
Planejamento,
melhorias e ampliação do sistema de tratamento de esgoto da ETE Rosa
Meireles. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
15.725.000,00 |
|
Implantar estação de tratamento de esgoto em
Itaipava/Itaoca. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
22.000.000,00 |
|
Implantar estação de tratamento de esgoto – ETE,
nas localidades com redes coletoras já existentes. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
22.000.000,00 |
|
Ampliação do sistema
de coleta. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
148.250.000,00 |
|
Estudo de viabilidade
econômica-ambiental e implantação de unidades de tratamento individual e ou
semi-coletivas de esgoto adequadas nas áreas rurais do município, ainda não
atendidas. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
36.430.000,00 |
|
Total
do investimento (R$) |
110.130.000,00 |
135.725.000,00 |
0,00 |
0,00 |
245.855.000,00 |
|||||||||||||||||
QUADRO 13.9 – CRONOGRAMA
FÍSICO-FINANCEIRO – SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AÇÕES |
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO |
Investimentos previstos (R$) |
||||||||||||||||||||
Emergencial |
Curto Prazo |
Médio Prazo |
Longo Prazo |
|||||||||||||||||||
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
2022 |
2023 |
2024 |
2025 |
2026 |
2027 |
2028 |
2029 |
2030 |
2031 |
2032 |
2033 |
2034 |
2035 |
|||
Monitoramento, melhorias e ampliação da
cobertura da coleta seletiva. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1.314.000,00 |
|
Coletar resíduos de construção civil (RCC), regularizar a área de
destinação e estocagem (bota-fora) dos RCC; Elaborar Projeto Executivo de
Implantação de Usina de Britagem; Implantar Usina de Britagem para
reaproveitamento do RCC. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
4.761.000,00 |
|
Melhorias na qualidade dos serviços prestados de
coleta, transporte e disposição dos RSS. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
900.000,00 |
|
Melhorias na qualidade dos serviços prestados de
coleta, transporte e disposição dos Resíduos Domésticos. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
3.360.000,00 |
|
Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos
(PGIRS). |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
480.000,00 |
|
Diretrizes para o gerenciamento de resíduos perigosos
e volumosos. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
425.000,00 |
|
Política reversa-Pneus. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
350.000,00 |
|
Total do investimento (R$) |
3.336.000,00 |
2.715.000,00 |
4.129.000,00 |
1.410.000,00 |
11.590.000,00 |
|||||||||||||||||
QUADRO 13.10 – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – SISTEMA DE DRENAGEM
URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
AÇÕES |
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO |
Investimentos previstos (R$) |
|||||||||||||||||||
Emergencial |
Curto Prazo |
Médio Prazo |
Longo Prazo |
||||||||||||||||||
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
2022 |
2023 |
2024 |
2025 |
2026 |
2027 |
2028 |
2029 |
2030 |
2031 |
2032 |
2033 |
2034 |
2035 |
||
Mapeamento, digitalização e
georreferenciamento de todo o sistema de drenagem do município. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1.500.000,00 |
Elaboração de registro de
incidentes envolvendo microdrenagem e macrodrenagem. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
630.000,00 |
Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana
(PDDU). |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
880.000,00 |
Reestruturação da equipe e materiais para inspeção e
manutenção da drenagem. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
3.500.000,00 |
Total do investimento (R$) |
4.010.000,00 |
2.500.000,00 |
0,00 |
0,00 |
6.510.000,00 |
QUADRO 13.11 – CRONOGRAMA
FÍSICO-FINANCEIRO – PROGRAMAS GERAIS
AÇÕES |
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO |
Investimentos previstos (R$) |
|||||||||||||||||||
Emergencial |
Curto Prazo |
Médio Prazo |
Longo Prazo |
||||||||||||||||||
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
2022 |
2023 |
2024 |
2025 |
2026 |
2027 |
2028 |
2029 |
2030 |
2031 |
2032 |
2033 |
2034 |
2035 |
||
Adequação do Programa de
Cobrança pelos Serviços de Saneamento Básico. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
492.000,00 |
Programa de Proteção das
Nascentes e Mananciais de Abastecimento de Água. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
14.960.000,00 |
Programa de Adequação de Interferências entre
Rede de Esgoto e Drenagem. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
5.500.000,00 |
Programa de Capacitação dos Operadores dos
Serviços de Saneamento Básico. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
400.000,00 |
Elaboração de estudos de viabilidade econômica
para captação de água de chuva para reaproveitamento. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
365.000,00 |
Investir em programas que beneficie produtores
que realizam a proteção dos mananciais. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
2.450.000,00 |
Estudo da viabilidade econômica/financeira da
cooperação dos serviços de água e esgoto prestados para os municípios de
Itapemirim e Marataízes. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
300.000,00 |
Total do investimento (R$) |
4.262.333,33 |
14.194.666,67 |
4.425.000,00 |
1.585.000,00 |
24.467.000,00 |
QUADRO 13.12 – CRONOGRAMA
FÍSICO-FINANCEIRO – PROGRAMAS EDUCACIONAIS
AÇÕES |
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO |
Investimentos previstos (R$) |
|||||||||||||||||||
Emergencial |
Curto Prazo |
Médio Prazo |
Longo Prazo |
||||||||||||||||||
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
2022 |
2023 |
2024 |
2025 |
2026 |
2027 |
2028 |
2029 |
2030 |
2031 |
2032 |
2033 |
2034 |
2035 |
||
Estímulo à população a
apoiar programas ambientais. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
800.000,00 |
Programa de Utilização
Racional da Água. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
800.000,00 |
Conscientização da
Utilização do Sistema de Esgotamento Sanitário. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
880.000,00 |
Conscientização da
coleta seletiva. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
800.000,00 |
Programa de Reuso da
Água. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
800.000,00 |
Total do investimento (R$) |
1.080.000,00 |
1.000.000,00 |
1.000.000,00 |
1.000.000,00 |
4.080.000,00 |
Nos itens em sequência, apresentam-se várias informações relativas à
captação de recursos para execução dos programas, projetos e ações para o PMSB.
A seleção dos programas de financiamentos mais adequados dependerá das
condições do município, atreladas aos objetivos de curto, médio e longo prazo,
aos montantes de investimentos necessários, aos ambientes legais de
financiamento e outras condições institucionais específicas.
Em termos econômicos, sob o regime de eficiência, os custos de
exploração e administração dos serviços devem ser suportados pelos preços
públicos, taxas ou impostos, de forma a possibilitar a cobertura das despesas
operacionais administrativas, fiscais e financeiras, incluindo o custo do
serviço da dívida de empréstimos contraídos. O modelo de financiamento a ser
praticado envolve a avaliação da capacidade de pagamento dos usuários e da
capacidade do tomador do recurso, associado à viabilidade técnica e
econômico-financeira do projeto e às metas de universalização dos serviços de
saneamento. As regras de financiamento também devem ser respeitadas,
considerando-se a legislação fiscal e, mais recentemente, a Lei das Diretrizes
Nacionais para o Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007).
Para que se possam obter os financiamentos ou repasses para aplicação em
saneamento básico, as ações e os programas pertinentes deverão ser enquadrados
em categorias que se insiram no planejamento geral do município e deverão estar
associadas às Leis Orçamentárias Anuais, às Leis de Diretrizes Orçamentárias e
aos Planos Plurianuais do Município. Em princípio, as principais categorias, que
serão objeto de propostas, são: Desenvolvimento Institucional; Planejamento e
Gestão; Desenvolvimento de Tecnologias e Capacitação em Recursos Hídricos;
Conservação de Solo e Água e de Ecossistemas; Conservação da Quantidade e da
Qualidade dos Recursos Hídricos; Gestão, Recuperação e Manutenção de
Mananciais; Obras e Serviços de Infraestrutura Hídrica de Interesse Local;
Obras e Serviços de Infraestrutura de Esgotamento Sanitário.
A partir do estabelecimento das categorias, conforme supracitado, os
programas de financiamentos, a serem elaborados pelo próprio município, deverão
contemplar a definição do modelo de financiamento e a identificação das fontes
e usos de recursos financeiros para a sua execução. Para tanto, poderão ser
levantados, para efeito de apresentação do modelo de financiamento e com
detalhamento nos horizontes de planejamento, os seguintes aspectos: as fontes
externas, nacionais e internacionais, abrangendo recursos onerosos e repasses a
fundo perdido (não onerosos); as fontes no âmbito do município; as fontes
internas, resultantes das receitas da prestação de serviços e as fontes
alternativas de recursos, tal como a participação do setor privado na
implementação das ações de saneamento no município.
As principais fontes de financiamento disponíveis para o setor de
saneamento básico do Brasil, desde a criação do Plano Nacional de Saneamento
Básico (1971), são as seguintes:
·
Recursos onerosos, oriundos dos fundos
financiadores (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS e Fundo de Amparo do
Trabalhador-FAT); são captados através de operações de crédito e são gravados
por juros reais;
·
Recursos não onerosos, derivados da Lei
Orçamentária Anual (Loa), também conhecida como OGU (Orçamento Geral da União)
e, também, de orçamentos de estados e municípios; são obtidos via transferência
fiscal entre entes federados, não havendo incidência de juros reais;
·
Recursos provenientes de empréstimos
internacionais, contraídos junto às agências multilaterais de crédito, tais
como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial (BIRD);
·
Recursos captados no mercado de capitais, por meio
do lançamento de ações ou emissão de debêntures, onde o conceito de
investimento de risco apresenta-se como principal fator decisório na inversão
de capitais no saneamento básico;
·
Recursos próprios dos prestadores de serviços,
resultantes de superávits de arrecadação;
·
Recursos provenientes da cobrança pelo uso dos
recursos hídricos (Fundos Estaduais de Recursos Hídricos).
Os recursos onerosos preveem retorno financeiro e constituem-se em
empréstimos de longo prazo, operados, principalmente, pela Caixa Econômica
Federal, com recursos do FGTS, e pelo BNDES, com recursos próprios e do FAT. Os
recursos não onerosos não preveem retorno financeiro, uma vez que os
beneficiários de tais recursos não necessitam ressarcir os cofres públicos.
Nos itens seguintes, apresentam-se os principais programas de
financiamentos existentes e as respectivas fontes de financiamento, conforme a
disponibilidade de informações constantes dos órgãos envolvidos.
De forma resumida, apresentam-se as principais fontes de captação de
recursos, através de programas instituídos e através de linhas de
financiamento, na esfera federal e estadual:
Ø
No âmbito Federal:
·
ANA – Agência Nacional de Águas – PRODES/Programa
de Gestão de Recursos Hídricos, etc.;
·
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social
·
CEF – Caixa Econômica Federal – Abastecimento de
Água/Esgotamento Sanitário/Brasil Joga Limpo/Serviços Urbanos de Água e Esgoto,
etc.;
·
Ministério das Cidades – Saneamento para Todos,
etc.;
·
Ministério da Saúde (FUNASA);
·
FNMA – Fundo do Meio Ambiente;
·
COFIEX – Investimentos Externos;
·
Ministério do Meio Ambiente;
·
Ministério da Ciência e Tecnologia.
Ø
No âmbito Estadual:
·
FUNDÁGUA- Fundo Estadual de Recursos Hídricos do
Espírito Santo
·
FUNDEMA – Fundo Estatual do Meio Ambiente.
Cumpre salientar que o município, na implementação das ações necessárias
para se atingir a universalização do saneamento, deverá selecionar o (s)
programa (s) de financiamentos que melhor se adeque (m) às suas necessidades,
função, evidentemente, de uma série de procedimentos a serem cumpridos,
conforme exigências das instituições envolvidas.
No quadro 13.13 é apresentado o resumo das fontes de financiamento para
os serviços de saneamento.
QUADRO 13.13.13.14 – FONTES DE
FINANCIAMENTO PARA OS SERVIÇOS DE SANEAMENTO
Instituição |
Programa Finalidade |
Beneficiário |
Origem dos Recursos |
Itens Financiáveis |
NOSSA CAIXA NOSSO BANCO |
PCM Plano Comunitário de Melhoramentos Viabilizar
Obras de Saneamento através de parceria entre a comunidade, Prefeitura
Municipal e Nossa Caixa - Nosso banco. |
Prefeituras Municipais. |
Reservas da Instituição. |
Obras de construção de rede de captação e de distribuição de água potável,
hidrômetros, obras de escoamento de águas pluviais, rede de coleta e destino
de esgoto. |
MPOG–SEDU |
PRÓ-SANEAMENTO Ações de saneamento para melhoria das condições
de saúde e da qualidade de vida da população, aumento da eficiência dos
agentes de serviço, drenagem urbana, para famílias com
renda média mensal de até 12 salários mínimos. |
Prefeituras, Governos Estaduais e do Distrito
Federal, Concessionárias Estaduais e Municipais de Saneamento e Órgãos
Autônomos Municipais. |
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. |
Destina-se ao aumento da cobertura e/ou
tratamento e destinação final adequados dos efluentes, através da
implantação, ampliação, otimização e/ou reabilitação de Sistemas existentes e
expansão de redes e/ou ligações prediais. |
MPOG–SEDU |
PROSANEAR
Ações integradas de saneamento em aglomerados urbanos ocupados
por população de baixa renda (até 3 salários
mínimos) com precariedade e/ou inexistência de condições
sanitárias e ambientais. |
Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e do
Distrito Federal, Concessionárias Estaduais e Municipais de Saneamento e
Órgãos Autônomos Municipais. |
Financiamento parcial com contrapartida e retorno
do empréstimo/FGTS. |
Obras integradas de saneamento: abastecimento de
água, esgoto sanitário, microdrenagem/instalações hidráulico sanitárias e
contenção de encostas com ações de participação comunitária (mobilização, educação
sanitária). |
MPOG–SEDU |
PASS Programa de Ação Social em Saneamento Projetos
integrados de saneamento nos bolsões de pobreza. Programa em cidades turísticas. |
Prefeituras Municipais, Governos estaduais e
Distrito Federal. |
Fundo perdido com contrapartida/orçamento da
união. |
Contempla ações de abastecimento em água,
esgotamento sanitário, disposição final de resíduos sólidos. Instalações hidráulico-sanitárias intradomiciliares. |
MPOG–SEDU |
PROGEST Programa de Apoio à Gestão do Sistema de Coleta e
Disposição Final de Resíduos Sólidos. |
Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e
Distrito Federal. |
Fundo perdido / Orçamento da União. |
Encontros técnicos, publicações, estudos,
sistemas piloto em gestão e redução de resíduos sólidos; análise econômica de
tecnologias e sua aplicabilidade. |
MPOG–SEDU |
PRO-INFRA
Programa de Investimentos Públicos em Poluição Ambiental e Redução de
Risco e de Insalubridade em áreas habitadas por População de Baixa Renda. |
Áreas urbanas localizadas em todo o território
nacional. |
Orçamento Geral da União (OGU) - Emendas
Parlamentares, Contrapartidas dos Estados, Municípios e Distrito Federal. |
Melhorias na infraestrutura urbana em áreas
degradadas, insalubres ou em situação de
risco. |
MINISTÉRIO DA SAÚDE - FUNASA |
FUNASA Fundação Nacional de Saúde Obras e serviços em
saneamento. |
Prefeituras Municipais e Serviços Municipais de
Limpeza Pública. |
Fundo perdido / Ministério da Saúde |
Sistemas de resíduos sólidos, serviços de
drenagem para o controle de malária, melhorias sanitárias domiciliares,
sistemas de abastecimento de água, sistemas de esgotamento sanitário, estudos
e pesquisa. |
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE |
PROGRAMA DO CENTRO NACIONAL DE
REFERÊNCIA EM GESTÃO AMBIENTAL URBANA Coletar e Organizar informações, Promover o Intercâmbio de
Tecnologias, Processos e Experiências de Gestão. Relacionada com o Meio
Ambiente Urbano |
Serviço público aberto a toda a população, aos
formadores de opinião, aos profissionais que lidam com a administração
municipal, aos técnicos, aos prefeitos e às demais autoridades municipais. |
Convênio do Ministério do Meio Ambiente com a
Universidade Livre do Meio Ambiente. |
|
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS Ações, Programas e Projetos no Âmbito dos Resíduos Sólidos. |
Municípios e Associações participantes do
Programa de Revitalização dos Recursos nos quais seja identificada prioridade
de ação na área de resíduos sólidos. |
Convênios firmados com órgãos dos Governo
Federal, Estadual e Municipal, Organismo
Nacionais e Internacionais e Orçamento Geral da União (OGU). |
|
|
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE IBAMA |
REBRAMAR Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos
Sólidos. |
Estados e Municípios em todo o território
nacional. |
Ministério do Meio Ambiente. |
Programas entre os agentes que geram resíduos,
aqueles que o controlam e a comunidade. |
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE |
LIXO E CIDADANIA LIXO E CIDADANIA Retirada de crianças e adolescentes dos lixões, onde
trabalham diretamente na catação ou acompanham seus familiares nesta
atividade. |
Municípios em todo o território nacional. |
Fundo perdido. |
Melhoria da qualidade de vida. |
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA |
PROSAB Programa de Pesquisa em Saneamento Básico. Visa
promover e apoiar o desenvolvimento de pesquisas na área de saneamento
ambiental. |
Comunidade acadêmica e científica de todo o
território nacional. |
FINEP, CNPQ, Caixa Econômica Federal, CAPES e
Ministério da Ciência e Tecnologia. |
Pesquisas relacionadas a: águas de abastecimento,
águas residuárias, resíduos sólidos (aproveitamento de lodo). |
MPOG – Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEDU – Secretaria de Desenvolvimento Urbano.
A seguir, encontram-se descritos, de forma resumida, alguns programas de
grande interesse para implementação do PMSB, em nível federal.
PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS
Entre os programas instituídos pelo governo federal, o Programa
Saneamento para Todos constitui-se no principal programa de destinado ao setor
de saneamento básico, pois contempla todos os prestadores de serviços de
saneamento, públicos e privados.
Visa a financiar empreendimentos com recursos oriundos do FGTS
(onerosos) e da contrapartida do solicitante. Deverá ser habilitado pelo
Ministério das Cidades e é gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Possui as
seguintes modalidades:
·
Abastecimento de Água – destina-se à promoção de
ações que visem ao aumento da cobertura ou da capacidade de produção do sistema
de abastecimento de água;
·
Esgotamento Sanitário – destina-se à promoção de
ações para aumento da cobertura dos sistemas de esgotamento sanitário ou da
capacidade de tratamento e destinação final adequada dos efluentes;
·
Saneamento Integrado – destina-se à promoção de
ações integradas em áreas ocupadas por população de baixa renda. Abrange o
abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de
águas pluviais, além de ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de
educação ambiental, além da promoção da participação comunitária e, quando for
o caso, ao trabalho social destinado à inclusão social de catadores e
aproveitamento econômico do material reciclável, visando à sustentabilidade
socioeconômica e ambiental dos empreendimentos.
·
Desenvolvimento Institucional – destina-se à
promoção de ações articuladas, viando ao aumento de eficiência dos prestadores
de serviços públicos. Nos casos de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a reabilitação
e recuperação de instalações e redes existentes, redução de custos e de perdas;
no caso da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, visa à promoção de
melhorias operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações
existentes.
·
Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais – no
caso dos resíduos sólidos, destina-se à promoção de ações com vistas ao aumento
da cobertura dos serviços (coleta, transporte, tratamento e disposição dos
resíduos domiciliares e provenientes dos serviços de saúde, varrição, capina,
poda, etc.); no caso das águas pluviais, promoção de ações de prevenção e
controle de enchentes, inundações e de seus danos nas áreas urbanas.
Outras modalidades incluem o manejo dos resíduos da construção e
demolição, a preservação e recuperação de mananciais e o financiamento de
estudos e projetos, inclusive os planos municipais e regionais de saneamento
básico.
As condições gerais de concessão do financiamento são as seguintes:
·
em operações com o setor público a contrapartida
mínima de 5% do valor do investimento, com exceção na modalidade abastecimento
de água, que é de 10%; com o setor privado é de 20%;
·
os juros são de 6%, exceto para a modalidade
Saneamento Integrado, que é de 5%;
·
a remuneração da CEF é de 2% sobre o saldo devedor
e a taxa de risco de crédito limitada a 1%, conforme a análise cadastral do
solicitante.
PRODES
O PRODES (Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), criado pela
Agência Nacional de Águas (ANA) em 2001, visa a incentivar a implantação ou
ampliação de estações de tratamento para reduzir os níveis de poluição em
bacias hidrográficas, a partir de prioridades estabelecidas pela ANA. Esse
programa, também conhecido como “Programa de Compra de Esgoto Tratado”,
incentiva financeiramente os resultados obtidos em termos do cumprimento de
metas estabelecidas pela redução da carga poluidora, desde que sejam
satisfeitas as condições previstas em contrato.
Os empreendimentos elegíveis que podem participar do PRODES são:
estações de tratamento de esgotos ainda não iniciadas, estações em fase de
construção com, no máximo, 70% do orçamento executado e estações com ampliações
e melhorias que signifiquem aumento da capacidade de tratamento e/ou
eficiência.
PROGRAMA DE GESTÃO DE RECURSOS
HÍDRICOS
Esse programa integra projetos e atividades que objetivam a recuperação
e preservação da qualidade e quantidade de recursos hídricos das bacias
hidrográficas. O programa, que tem gestão da ANA – Agência Nacional de Águas, é
operado com recursos do Orçamento Geral da União (não oneroso-repasse do OGU).
Deve ser verificada a adequabilidade da contrapartida oferecida aos porcentuais
definidos pela ANA em conformidade com as Leis das Diretrizes Orçamentárias
(LDO).
As modalidades abrangidas por esse programa são as seguintes:
Despoluição de Corpos D’Água
·
Sistema de transporte e disposição final adequada
de esgotos sanitários;
·
Desassoreamento e controle da erosão;
·
Contenção de encostas;
·
Recomposição da vegetação ciliar.
Recuperação e Preservação de
Nascentes, Mananciais e Cursos D’Água em Áreas Urbanas
·
Desassoreamento e controle de erosão;
·
Contenção de encostas;
·
Remanejamento/reassentamento da população;
·
Uso e ocupação do solo para preservação de
mananciais;
·
Implantação de parques para controle de erosão e
preservação de mananciais;
·
Recomposição da rede de drenagem;
·
Recomposição de vegetação ciliar;
·
Aquisição de equipamentos e outros bens.
Prevenção dos Impactos das
Secas e Enchentes
·
Desassoreamento e controle de enchentes;
·
Drenagem urbana;
·
Urbanização para controle de cheias, erosões e
deslizamentos;
·
Recomposição de vegetação ciliar;
·
Obras para preservação ou minimização dos efeitos
da seca;
·
Sistemas simplificados de abastecimento de água;
·
Barragens subterrâneas.
PROGRAMAS DA FUNASA (FUNDAÇÃO
NACIONAL DA SAÚDE)
A FUNASA é um órgão do Ministério da Saúde que detém a mais antiga e
contínua experiência em ações de saneamento no País. Na busca da redução dos
riscos à saúde, financia a universalização dos sistemas de abastecimento de
água, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos urbanos. Além disso,
promove melhorias sanitárias domiciliares, a cooperação técnica, estudos e
pesquisas e ações de saneamento rural, contribuindo para a erradicação da
extrema pobreza.
Cabe à FUNASA a responsabilidade de alocar recursos não onerosos para
sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos
sólidos e melhorias sanitárias domiciliares prioritariamente para
municípios com população inferior 50.000 habitantes e em
comunidades quilombolas, assentamentos e áreas rurais.
As ações e programas em Engenharia de Saúde Pública constantes dos
financiamentos da FUNASA são os seguintes:
·
Saneamento para a Promoção da Saúde;
·
Sistema de Abastecimento de Água;
·
Cooperação Técnica;
·
Sistema de Esgotamento Sanitário;
·
Estudos e Pesquisas;
·
Melhorias Sanitárias Domiciliares;
·
Melhorias habitacionais para o Controle de Doenças
de Chagas;
·
Resíduos Sólidos;
·
Saneamento Rural;
·
Projetos Laboratoriais.
Outas alternativas possíveis, dentre as instituições com financiamentos
onerosos, podem ser citadas as seguintes:
BNDES/FINEM
O BNDES poderá financiar os projetos de saneamento, incluindo:
·
Abastecimento de água;
·
Esgotamento sanitário;
·
Efluentes e resíduos industriais;
·
Resíduos sólidos;
·
Gestão de recursos hídricos (tecnologias e
processos, bacias hidrográficas);
·
Recuperação de áreas ambientalmente degradadas;
·
Desenvolvimento institucional;
·
Despoluição de bacias, em regiões onde já estejam
constituídos Comitês;
·
Macrodrenagem.
Os principais clientes do Banco nesses empreendimentos são os Estados,
Municípios e entes da Administração Pública Indireta de todas as esferas
federativas, inclusive consórcios públicos. A linha de financiamento Saneamento
Ambiental e Recursos Hídricos baseia-se nas diretrizes do produto BNDES FINEM,
com algumas condições específicas, descritas no quadro 13.14.
QUADRO
13.15.13.16 – TAXA DE
JUROS
Apoio Direto:
(operação feita diretamente com o BNDES) |
Custo
Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Risco de Crédito |
Apoio
Indireto: |
Custo
Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + |
(operação feita
por meio de instituição financeira credenciada) |
Remuneração
da Instituição Financeira Credenciada |
·
Taxa de Risco de Crédito: até 4,18% a.a., conforme
o risco de crédito do cliente, sendo 1,0% a.a. para a administração pública
direta dos Estados e Municípios.
·
Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. somente
para médias e grandes empresas; Municípios estão isentos da taxa.
·
Remuneração: Remuneração da Instituição Financeira
Credenciada será negociada entre a instituição financeira credenciada e o cliente.
·
Participação: A participação máxima do BNDES no
financiamento não deverá ultrapassar a 70% dos itens financiáveis, no entanto,
esse limite pode ser aumentado para empreendimentos localizados nos municípios
beneficiados pela Política de Dinamização Regional (PDR).
·
Prazo: O prazo total de financiamento será
determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa
e do grupo econômico.
·
Garantias: Para apoio direto serão aquelas
definidas na análise da operação, Para apoio indireto serão negociadas entre a
instituição financeira credenciada e o cliente.
Para a solicitação de empréstimo junto ao BNDES, faz-se necessária a
apresentação de um modelo de avaliação econômica do empreendimento. O
proponente, na apresentação dos estudos e projetos e no encaminhamento das
solicitações de financiamento referentes à implantação e ampliação de sistemas,
deve apresentar a Avaliação Econômica do correspondente empreendimento. Esta
deverá incluir os critérios e rotinas para obtenção dos resultados econômicos,
tais como cálculo da tarifa média, despesas com energia, pessoal, etc. As
informações devem constar em um capítulo do relatório da avaliação
socioeconômica, onde serão apresentadas as informações de: nome (estado,
cidade, título do projeto); descrição do projeto; custo a preços constantes
(investimento inicial, complementares em ampliações e em reformas e
reabilitações); valores de despesas de explorações incrementais; receitas
operacionais e indiretas; volume consumido incremental e população servida
incremental.
Na análise, serão selecionados os seguintes índices econômicos:
população anual servida equivalente, investimento, custo, custo incremental
médio de longo prazo - CIM e tarifa média atual. Também deverá ser realizada
uma caracterização do município, com breve histórico, dados geográficos e
demográficos, dados relativos à distribuição espacial da população (atual e
tendências), uso e ocupação do solo, sistema de transporte e trânsito, sistema
de saneamento básico e dados econômico-financeiros do município.
Quanto ao projeto, deverão ser definidos seus objetivos e metas a serem
atingidas. Deverá ser explicitada a fundamentação e justificativas para a
realização do projeto, principais ganhos a serem obtidos com sua realização do
número de pessoas a serem beneficiadas.
Banco Mundial
A busca de financiamentos e convênios via Banco Mundial deve ser uma
alternativa interessante para a viabilização das ações. A entidade é a maior
fonte mundial de assistência para o desenvolvimento, sendo que disponibiliza
cerca de US$30 bilhões anuais em empréstimos para os seus países clientes. O
Banco Mundial levanta dinheiro para os seus programas de desenvolvimento
recorrendo aos mercados internacionais de capital e junto aos governos dos
países ricos.
A postulação de um projeto junto ao Banco Mundial deve ocorrer através
da SEAIN (Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento).
Os órgãos públicos postulantes elaboram carta consulta à Comissão de
Financiamentos Externos (COFIEX/SEAIN), que publica sua resolução no Diário
Oficial da União. É feita então uma consulta ao Banco Mundial e o detalhamento
do projeto é desenvolvido conjuntamente. A Procuradoria Geral da Fazenda
Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional então analisam o financiamento sob
diversos critérios, como limites de endividamento, e concedem ou não a
autorização para contraí-lo. No caso de estados e municípios, é necessária a
concessão de aval da União. Após essa fase, é enviada uma solicitação ao Senado
Federal, e é feito o credenciamento da operação junto ao Banco Central - FIRCE
- Departamento de Capitais Estrangeiros.
O Acordo Final é elaborado em negociação com o Banco Mundial, e é
enviada carta de exposição de motivos ao Presidente da República sobre o
financiamento. Após a aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
Federal (CAE), o projeto é publicado e são determinadas as suas condições de
efetividade. Finalmente, o financiamento é assinado entre representantes do
mutuário e do Banco Mundial.
O Banco tem exigido que tais projetos sigam rigorosamente critérios
ambientais e que contemplem a
Educação Ambiental do público beneficiário dos
projetos financiados.
BID - PROCIDADES
O PROCIDADES é um mecanismo de crédito destinado a promover a melhoria
da qualidade de vida da população nos municípios brasileiros de pequeno e médio
porte. A iniciativa é executada por meio de operações individuais financiadas
pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID).
O PROCIDADES financia ações de investimentos municipais em
infraestrutura básica e social incluindo: desenvolvimento urbano integrado,
transporte, sistema viário, saneamento, desenvolvimento social, gestão
ambiental, fortalecimento institucional, entre outras. Para serem elegíveis, os
projetos devem fazer parte de um plano de desenvolvimento municipal que leva em
conta as prioridades gerais e concentra-se em setores com maior impacto
econômico e social, com enfoque principal em populações de baixa renda. O
PROCIDADES concentra o apoio do BID no plano municipal e simplifica os
procedimentos de preparação e aprovação de projetos mediante a descentralização
das operações. Uma equipe com especialistas, consultores e assistentes atua na
representação do Banco no Brasil (CSC/CBR) para manter um estreito relacionamento
com os municípios.
O programa financia investimentos em desenvolvimento urbano integrado
com uma abordagem multissetorial, concentrada e coordenada geograficamente,
incluindo as seguintes modalidades: melhoria de bairros, recuperação urbana e
renovação e consolidação urbana.
A partir da definição dos objetivos e metas no Plano Municipal de
Saneamento Básico, o presente item trata das propostas de alternativas
institucionais para as atividades de planejamento, prestação, regulação,
fiscalização e controle social dos serviços. Para tanto, define diretrizes para
a criação, a reformulação ou o fortalecimento dos órgãos e entidades
existentes, assim como para a elaboração de contratos e convênios, considerando
as possibilidades de cooperação regional, para suprir deficiências e ganhar
economia de escala.
Tais propostas incluirão, quando cabível, a formulação de mecanismos
institucionais de articulação e integração das políticas, programas e projetos
de saneamento básico, com outros setores relacionados, como a saúde, habitação,
meio ambiente, educação etc., visando à efetividade da implementação do Plano
Municipal de Saneamento Básico. Além disso, será tratada a possibilidade de
incluir instrumentos econômicos nas normas municipais, com vistas a incentivar
a adoção das medidas sugeridas.
As propostas do presente item baseiam-se na Lei nº 11.445/2007, que
estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, que trouxe, após
um longo período de discussões, uma política pública para o setor.
Uma das alterações mais significativas trazidas pela Lei nº11.445/2007
foi a separação das funções de planejamento, regulação, fiscalização e
prestação dos serviços de saneamento básico, podendo ser desempenhadas por
atores diferentes, e portanto, trazendo novos direitos e obrigações ao titular:
enquanto o planejamento fica a cargo do Município e é indelegável, a prestação
pode ser realizada por um órgão público municipal ou uma concessionária pública
ou privada. Já regulação e a fiscalização cabem ao próprio Município ou a uma
entidade independente, com autonomia administrativa, financeira e decisória,
criada pelo Estado ou sob a forma de um consórcio púbico.
Para cada uma dessas atividades, cabe a definição de alternativas específicas,
conforme detalhado a seguir:
·
Planejamento: atividade indelegável, devendo ser exercida pelo Município (titular).
Para tanto, deverão ser definidas diretrizes e alternativas institucionais para
instituir uma organização municipal de planejamento do saneamento básico;
·
Prestação: poderá ser exercida diretamente pelo titular ou mediante delegação.
Quando prestada pelo Município, deverão ser fixadas diretrizes para organização
direta da prestação dos serviços, incluindo os termos de contrato de gestão.
Para as delegadas, deverão ser definidas diretrizes para elaboração de
contratos de programa, concessão ou permissão ou ainda de contratos parciais
(administrativos, de PPP ou outros);
·
Regulação e fiscalização: também poderão ser exercidas diretamente pelo titular ou mediante
delegação. Quando exercidas pelo titular, caberá fixar diretrizes para a
regulação dos serviços. Em caso de delegação, caberá definir diretrizes para a
elaboração dos convênios de cooperação nos termos da Lei nº 11.107/2005 (gestão
associada e consórcios públicos). Inclui-se ainda neste item as diretrizes
gerais relacionadas a direitos e deveres dos usuários e dos prestadores;
·
Controle social: atividade indelegável, devendo ser exercida por meio do Município
(titular). Cabe aqui propor mecanismos de participação que garantam a
efetividade dos instrumentos de controle social e de transparência e divulgação
dos objetivos e metas e dos respectivos indicadores de avaliação, bem como do
acompanhamento das atividades de planejamento e regulação.
Essas inovações da lei visam a contribuir para a celeridade da
universalização dos serviços, sendo necessário uma dinâmica assentada na
seguinte lógica:
·
órgão de planejamento
(titular): atua em nome da sociedade no sentido de
estabelecer o que se quer e para quando se quer;
·
prestador: cumpre o estabelecido no Plano, definido pelo ente de planejamento;
·
regulador: acompanha o cumprimento das metas, agindo nas correções e aplicando as
sanções quando couber; e
·
sociedade: atua no controle social em todas as etapas.
Cumpre destacar que o Plano Municipal de Saneamento Básico deverá
necessariamente ser observado na prestação dos serviços. A Lei nº 11.445/2007
evidencia o papel fundamental do Plano na definição das prioridades de
investimento, metas e objetivos, de forma a orientar a atuação dos prestadores.
Nesse sentido, destaca-se que os contratos firmados antes da vigência do Plano
deverão ser revistos, quando cabível, para adaptar-se às novas prioridades do
Município.
Reforçando esse entendimento, a Lei nº 11.445/2007 determina que a
entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços deve verificar se o prestador
cumpre o Plano Municipal de Saneamento Básico, na forma das disposições legais,
regulamentares e contratuais, sendo clara a necessidade do prestador dos
serviços adequar-se ao Plano, inclusive em relação aos planos de investimentos
e os projetos relativos ao contrato.
O Plano Municipal de Saneamento Básico é o principal instrumento de
planejamento da política de saneamento básico do Município. Todavia, o planejamento não se encerra com a
conclusão do Plano, pois é preciso ainda organizar sua implementação, de modo a
dar execução para suas metas, atingir os objetivos propostos e garantir a
eficiência das ações.
Conforme já mencionado, o planejamento é atividade indelegável, devendo
ser exercido pelo Município, nos termos da Lei nº 11.445/2007 e estar
articulado com outros estudos que abranjam a mesma região.
Os serviços devem ser planejados a partir de uma articulação entre as
políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à
pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de recursos hídricos,
incluindo o plano de bacia hidrográfica, de promoção da saúde, e outras de
relevante interesse social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para
as quais o saneamento básico seja fator determinante. Essa articulação deve ser
considerada no planejamento, com vistas a integrar as decisões sobre vários
temas que, na prática, incidem sobre um mesmo
território.
Segundo a Lei nº 11.445/2007, a atividade de planejamento deve ter
caráter permanente, não se limitando à elaboração do Plano. Para garantir essa
dinâmica, a lei exige do titular:
·
a revisão periódica do Plano, em prazo não
superior a 4 anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual;
·
e a criação e manutenção de um sistema de
informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de
Informações em Saneamento (SNIS).
Embora a lei não mencione expressamente, deve haver uma correspondência
necessária do plano de saneamento com o Plano Diretor, instrumento básico da
política de desenvolvimento urbano, objeto do art. 182 da Constituição.
As alternativas a seguir foram propostas de modo a adequar as exigências
da Lei nº 11.445/2007 à realidade do Município, focando em estruturas factíveis
e que possam ser objetivamente concretizadas para a implementação imediata do Plano.
Cabe salientar que tais propostas foram pensadas para um primeiro momento
(período de 4 anos) e podem ser revistas ao longo do seu desenvolvimento,
considerando se tratar de um processo para os próximos 20 anos.
Na elaboração das propostas, foram priorizadas soluções onde um único
órgão municipal possa ser responsável pelo máximo de atividades correlatas, sem
que se tenha que criar vários órgãos para atividades muito específicas, o que
tem se mostrado ineficiente.
Os recursos e mecanismos necessários para avaliação, fiscalização e
monitoramento do PMSB devem ser estipulados a fim de auxiliar o poder público
(municipal, estadual e/ou federal) na análise, durante e após a conclusão e
implantação do Plano, da garantia do cumprimento dos objetivos e metas do
plano, bem como dos impactos das suas ações na qualidade de vida da população
contemplada.
Quanto aos recursos humanos e administrativos, sugere-se a constituição
de um Comitê Técnico Permanente para acompanhamento e avaliação, formado por
representantes (autoridades e/ou técnicos) das instituições do poder público
municipal, estadual e federal relacionadas com o saneamento ambiental. Além
destas representações, o comitê pode contar com membros do Conselho do Plano Diretor
Municipal, no qual também podem auxiliar no acompanhamento e avalição do PMSB.
O Comitê deverá acompanhar e avaliar a implementação do PMSB,
monitorando a implantação das ações e os resultados alcançados, garantindo que
os objetivos do Plano sejam gradativamente atingidos. Assim, a seguir serão indicadas diretrizes
específicas para a sua institucionalização.
ü Atribuições:
Entre as atividades de planejamento a serem desenvolvidas pelo Comitê
Técnico Permanente, deve constar, no mínimo, o
seguinte:
·
manejo e atualização do Sistema Municipal de
Informações sobre Saneamento Básico;
·
atualização da base cadastral urbana e imobiliária
do Município com foco nas avaliações de cobertura dos serviços;
·
apoio e reciprocidade de ação, junto ao Ente
Regulador dos serviços, conforme propostas a seguir, no que se refere à
avaliação do cumprimento das metas fixadas no Plano;
·
articulação com possíveis prestadores dos serviços;
·
elaboração dos insumos necessários para Revisão e
Atualização do presente Plano, nos termos da lei;
·
instituição de Instrumentos Econômicos;
·
organização de campanhas de comunicação social,
visando à conscientização da população no que se refere aos temas relacionados ao
saneamento básico, tais como a reciclagem e utilização racional da água.
Dentre essas atribuições, cabe destacar o papel fundamental do Comitê
Técnico Permanente na articulação entre o Município, os Prestadores e o Ente
Regulador, para implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico.
Propõe-se ainda que o Comitê Técnico Permanente venha a atuar também nas
atividades de Controle Social. Nesse caso, a representação da sociedade civil,
prestadores de serviços e usuários será garantida por meio da realização de
reuniões, oficinas, consultas públicas e outros encontros a serem definidos.
Essa é uma forma de aproveitar a estrutura do Comitê para desempenhar as
atividades de planejamento e controle social, ao invés de propor a criação de
um órgão para cada uma dessas atividades. Para tanto, sugere-se incluir ainda a
seguinte atribuição para o Comitê:
·
organização de oficinas, consultas públicas e
outros encontros a serem definidos para a discussão de temas relacionados com o
Plano, garantida a participação dos prestadores, usuários e sociedade civil.
ü Instrumentos
Econômicos
O Comitê Técnico Permanente ainda pode atuar na criação e obtenção de
financiamento para Instrumentos Econômicos, que funcionam como um contraponto
aos mecanismos de comando-controle, na medida em que induzem os agentes a
adotarem práticas ambientalmente adequadas, no caso, ao setor do saneamento
básico, em troca de incentivos e benefícios. A seguir, serão elencadas
alternativas de Instrumentos Econômicos passíveis de serem adotadas pelo
Município.
a)
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA)
O Programa de Pagamento por Serviços Ambientais - PSA, é direcionado ao
proprietário de área rural e/ou outros facilitadores na promoção de serviços
ambientais, no Estado do Espírito Santo, que destinar parte de sua propriedade
para fins de preservação, conservação e recuperação do meio ambiente e dos
Recursos Hídricos que atenda às exigências da Lei nº
8.995, de 22/09/2008
O PSA tem como objetivo contribuir para a conservação e recuperação dos
serviços prestados pela natureza, denominados serviços ambientais de suporte,
de provisão e de regulação das funções hídricas, ambientais e/ou
ecossistêmicas, recompensando financeiramente o proprietário rural ou outro facilitador
na sua promoção. O PSA será composto pelos seguintes subprogramas:
·
conservação
e melhoria dos solos e dos recursos hídricos;
·
conservação
e incremento da biodiversidade;
·
mudanças
climáticas.
Essas práticas, de adesão voluntária, devem contribuir efetivamente para
o aumento da cobertura florestal e a proteção e recuperação de mananciais,
gerando benefícios para a bacia hidrográfica e a população que habita a região,
que passará a contar com uma maior disponibilidade de água, ao longo dos anos.
Os recursos para o financiamento do projeto podem advir dos tesouros
públicos – federal, estadual e municipal, de fundos, como o FundÁgua, ou de
outro arranjo institucional estabelecido, para o Município.
b)
FUNDÁGUA
O FundÁgua é destinado à captação e à aplicação de recursos, como um dos
instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos e para viabilizar a
manutenção e recuperação da cobertura florestal do Estado, de modo a dar
suporte financeiro e auxiliar a implementação destes objetivos, vinculado à Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEAMA. A Lei 8.960/2008 dispõe
sobre o fundo e os
Art. 1º O Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FUNDÁGUA, Unidade Gestora
vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEAMA,
é um instrumento para aplicação de recursos financeiros destinados à gestão de
recursos hídricos no Espírito Santo e implementação do mecanismo de pagamento
por serviços ambientais.
Art. 3º Constituem recursos do FUNDÁGUA:
I - parcela do produto da arrecadação proveniente da compensação
financeira dos “royalties” do petróleo e do gás natural, contabilizados pelo
Estado do Espírito Santo, sendo:
a) 1% (um por cento) no exercício financeiro de 2008;
b) 2% (dois por cento) no exercício financeiro de 2009; e,
c) 3% (três por cento) no exercício financeiro de 2010 em diante.
II - o resultado de aplicações de multas cobradas dos infratores da
legislação de uso dos recursos hídricos;
III - cota parte integral da compensação financeira de recursos hídricos
recebidos pelo Estado do Espírito Santo;
IV - recursos consignados nos orçamentos públicos municipal, estadual e
federal, por disposição legal ou orçamentária;
V - doações e transferências, financeiras ou não, de pessoas físicas ou
jurídicas, públicas ou privadas;
VI - empréstimos e outras contribuições financeiras de entidades
nacionais e internacionais;
VII - recursos de transferências negociadas e não onerosas, junto a
organismos nacionais e internacionais de apoio e fomento;
VIII - recursos oriundos da amortização, correção, juros e multas dos
financiamentos efetuados pelo próprio Fundo.
IX - recursos patrimoniais;
X - quaisquer outras receitas vinculadas ao FUNDÁGUA.
Art. 7º Os recursos do FUNDÁGUA, reembolsáveis ou não, serão aplicados nas
seguintes modalidades:
I - programas e projetos;
II - programa de pagamento por serviços ambientais (PSA);
III – financiamentos.
Art. 12º Os programas e projetos poderão resultar de demanda espontânea ou
estimulada.
§ 1º Nos casos de demanda espontânea, o proponente deverá protocolar
proposta de apoio a programa ou projeto na Secretaria Executiva, a quem
competirá emitir parecer para deliberação do Conselho Gestor.
§ 2º Nos casos de demanda estimulada, a SEAMA encaminhará proposta de apoio
a programas e projetos para deliberação do Conselho Gestor.
§ 3º Sendo estimulada a demanda, caberá à Secretaria Executiva mobilizar,
cadastrar, analisar e aprovar as solicitações de apoio.
§ 4º A fiscalização e o acompanhamento técnico-financeiro das modalidades de
que trata o caput desse artigo serão de responsabilidade da Secretaria
Executiva do FUNDÁGUA.
Art. 13º A SEAMA poderá ser beneficiária dos recursos do FUNDÁGUA, devendo para
tanto instituir programas e projetos para deliberação do Conselho Gestor.
ü Organização do
Comitê Técnico Permanente
Para conferir funcionalidade ao Comitê, sugere-se que seu instrumento de
criação (Decreto) aborde diretrizes básicas para sua organização, contendo, no
mínimo:
·
os membros representantes da Administração
Municipal;
·
os critérios de indicação (qualificação requerida);
·
os objetivos;
·
a periodicidade das reuniões ordinárias e
condicionantes para reuniões extraordinárias;
·
as atividades a serem desenvolvidas com base nas metas
do Plano e nos instrumentos de avaliação do cumprimento das metas, junto aos
Entes Reguladores;
·
divisão de tarefas, considerando o perfil da equipe
técnica e os setores de vinculação de cada um.
ü Composição
O Comitê Técnico Permanente deve ser composto por técnicos e/ou
especialistas dos órgãos e entidades municipais com relação direta e/ou
indireta com os serviços de saneamento básico. No Município Itapemirim é
imprescindível a presença dos seguintes órgãos, tendo em vista sua relação
direta com os serviços:
·
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos;
·
SAAE;
·
Secretaria de Serviços Públicos.
Também se propõe a presença dos seguintes órgãos, por sua importância em
relação aos serviços e como forma de garantir a articulação necessária entre as
políticas, programas e projetos de saneamento básico com outros setores
relacionados:
·
Secretaria Municipal de Saúde;
·
Secretaria Municipal de Educação.
ü Mecanismos de
criação
A rigor, o Comitê Técnico Permanente pode ser criado tanto por Decreto do
Prefeito Municipal, como por Portaria de uma autoridade, como um Secretário
Municipal. Entretanto, considerando que o Decreto é ato do Chefe do Poder
Executivo e a Portaria assiste a autoridades investidas de poderes menores,
juridicamente a Portaria encontra-se em nível inferior ao Decreto, razão pela
qual propõe-se que o Comitê Técnico Permanente seja criado por meio de Decreto.
Nesse sentido, cabe salientar que o instrumento de criação do Comitê
Técnico Permanente deve ser previsto na lei de instituição do Plano Municipal
de Saneamento Básico.
A Lei nº 11.445/2007 adotou um conceito amplo de saneamento básico,
considerando as infraestruturas e instalações operacionais de quatro categorias
de serviços: 1. abastecimento de água; 2. esgotamento sanitário; 3. limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos; e 4. drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas.
No Município de Itapemirim, a prestação dos serviços de abastecimento de
água e esgotamento sanitário, é de responsabilidade do SAAE. Os serviços de
drenagem de águas pluviais são de responsabilidade da Secretaria de Obras e
Serviços Urbanos e o manejo de resíduos sólidos é de responsabilidade da
Secretaria de Serviços Públicos.
Em primeiro lugar, serão abordadas diretrizes gerais para prestação, que
se aplicam a todos os serviços. Em seguida serão abordadas alternativas
institucionais para a prestação direta pelo Município e posteriormente
diretrizes específicas para cada serviço.
As diretrizes a seguir baseiam-se nos Programas, Projetos e Ações objeto
do Produto 5 – Programas, Projetos e Ações e Hierarquização das Áreas e/ou
Programas de Intervenção Prioritários para os Serviços de Saneamento Básico.
ü Recomposição de
APP e nascentes
Tendo em vista o programa relativo à recuperação de APPs e nascentes,
cabe destacar a possibilidade de implantação de um programa de Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA) por lei municipal, possibilitando que essa
recuperação possa ser total ou parcialmente financiada no âmbito dessa
sistemática (PSA). Nesse sentido, a Agência Nacional de Águas (ANA) desenvolveu
o Manual Operativo do Programa Produtor de Água, para auxiliar os municípios,
entre outros entes, na obtenção de recursos. O PSA, assim como outros
Instrumentos Econômicos, já foram detalhados no item referente ao Planejamento
dos serviços.
ü Financiamento
A Lei nº 11.445/2007 estabelece, como um dos princípios fundamentais do saneamento
básico, a eficiência e a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços
assegurada, sempre que possível, mediante a cobrança pela sua prestação. Se não
há cobrança específica, os custos da prestação dos serviços e os respectivos
investimentos são financiados pelo Tesouro Municipal, não se caracterizando,
dessa forma, um modelo institucional sustentável para a implantação de metas e
objetivos voltados à melhoria dos serviços, da saúde pública e da qualidade
ambiental.
Atualmente, o serviço de sistema de abastecimento de água e esgotamento
sanitário são cobrados pelo SAAE, sendo que a taxa de serviço de esgotamento só
contempla as comunidades que são atendidas pelo mesmo. Quanto ao serviços de
drenagem urbana, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos não foram
encontrados informações referente a cobrança pela realização dos mesmos. Dessa
forma, propõe-se que se implantem sistemas de cobrança adequado para cada um
dos serviços de saneamento básico, de acordo com os termos do art. 29, da Lei nº
11.445/2007.
É importante salientar que a cobrança a ser instituída deve ser
progressiva, iniciando-se com valores baixos para conscientizar a população
dessa nova necessidade e, ao longo do tempo, ajustar-se à realidade do custo
dos serviços, garantida a tarifa social. Essa nova cobrança deve ser objeto de
campanhas de comunicação social como forma de divulgar a importância do
saneamento básico e de sua sustentabilidade econômico-financeira.
ü Ações de
conscientização da população
Considerando as propostas de ações de conscientização da população em
vários temas relacionados ao saneamento básico, propõe-se a realização de
campanhas sistemáticas de comunicação social e oficinas, a serem conduzidas no
âmbito do Comitê Técnico Permanente. Essas campanhas e oficinas explicitam a
importância da integração permanente entre os órgãos municipais e a população,
no tratamento das questões relacionadas com o saneamento básico.
Conforme já mencionado, no Município de Itapemirim, a prestação dos
serviços de drenagem de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos é de
responsabilidade da Administração Pública Direta, por intermédio da Secretaria
de Obras e Serviços Urbanos e Secretaria de Serviços Públicos, respectivamente.
Para a prestação direta, são diretrizes a serem consideradas pelo
Município:
·
a criação de um Departamento para gestão dos
serviços de resíduos e drenagem no âmbito da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos
e Secretaria de Serviços Públicos;
·
a sustentabilidade financeira, a partir de dotações
orçamentárias consistentes, assentada, na medida do possível, em recursos
vinculados à cobrança de taxa dos serviços, conforme já mencionado;
·
a gestão por resultados: uma vez assegurada a
sustentabilidade do serviço,
sua eficácia pode ser avaliada no
âmbito do Ente Regulador, detalhado no item referente às alternativas para
regulação.
Conforme mencionado, no Município de Itapemirim os serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos são prestados pelo Município por intermédio
da Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Todos os Resíduos Sólidos Domésticos
(RSD) coletados inicialmente são encaminhados para uma área de transbordo na
localidade Itaipava e posteriormente são encaminhados para a destinação final
na CTRCI - Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim LTDA,
localizada no município de Cachoeiro de Itapemirim.
A CTRCI possui licença de operação emitida pelo IEMA – Instituto
Estadual de Meio Ambiente com validade de 4 anos. A destinação final dos RSD do
município de Itapemirim pode ser considerada como uma solução institucional
adequada. O município não possui usina de triagem e compostagem de resíduos.
A Lei nº 12.305/2012, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, estabelece como um de seus instrumentos o incentivo à adoção de
consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes federados, com
vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos
envolvidos, devendo a atuação do Estado apoiar e priorizar as iniciativas
consorciadas ou compartilhadas entre dois ou mais Municípios. A União e os
Estados priorizam o financiamento de projetos de iniciativa consorciada ou
compartilhada entre Municípios.
No que se refere ao Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos
(PGIRS), previsto pela Lei nº 12.305/2012, que dispõe sobre a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, o Município pode buscar promover convênios de cooperação
técnica com instituições de ensino superior para o apoio à elaboração do Plano.
Para aumentar o índice de aproveitamento de resíduos recicláveis, caberá
fortalecer a relação institucional existente entre o Município de Itapemirim e
a ASCAMARI – Associação de Catadores de Materiais Recicláveis, por meio da
capacitação sistemática de pessoal e do eventual repasse de verbas para
apoia-los, por meio de convênio. Além disso, ressalta-se a oportunidade de o
Município encaminhar essas entidades para adesão ao Programa Capixaba de
Materiais Recicláveis.
Com relação à área rural, serão indicadas, posteriormente, alternativas
institucionais para atingir a universalização e melhor eficiência na prestação
dos serviços.
Assim como os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a
drenagem urbana e o manejo de águas pluviais é prestado diretamente pelo
Município. Nesse caso, por intermédio da Secretaria Municipal de Obras e
Serviços Urbanos.
A drenagem e o manejo de águas pluviais urbanas passaram a integrar o
escopo do saneamento básico com a edição da Lei nº 11.445/2007. Antes disso, não
estava clara essa aderência. Isso se comprova, no País, pelo fato de os
serviços de água e esgoto, em maior grau, e os de limpeza urbana, em menor
grau, terem estruturas institucionais e sustentabilidade financeira mais
condizentes com um serviço público, do que os serviços de drenagem. Por isso
mesmo, no âmbito do Plano, a proposta é institucionalizar a drenagem urbana
como um serviço público, de acordo com as diretrizes especificadas a seguir.
Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos e relatos da
população, o Município de Itapemirim apresenta alguns pontos de alagamento.
Nesse sentido, e considerando o contexto atual de institucionalização
dos serviços de drenagem urbana, não se considera uma alternativa viável a
delegação desses serviços, o que ressalta a importância do fortalecimento
institucional da Secretaria, a partir da contratação de pessoal para ampliar a
mão de obra e da capacitação técnica e gerencial dos funcionários alocados nos
serviços, inclusive com vistas à elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana
(PDDU). Isso é fundamental para que o Município esteja apto a cumprir o Plano
de forma a melhorar a qualidade de vida da população e eliminar inundações e
erosões.
Com relação à área rural, serão indicadas, posteriormente, alternativas
institucionais para atingir a universalização e melhor eficiência na prestação
dos serviços.
Atualmente, em Itapemirim, a prestação dos serviços de abastecimento de
água e esgotamento sanitário são de responsabilidade do SAAE.
Considera-se também como alternativa para a prestação desses serviços no
município de Itapemirim, a concessão privada.
A principal vantagem potencial da concessão dos serviços a companhias
privadas nacionais ou estrangeiras é a possibilidade de atrair capital privado
para investir na melhoria e ampliação da infraestrutura, numa época de recursos
públicos escassos e comprometidos com o pagamento de dívidas. Para assegurar
que este objetivo seja cumprido satisfatoriamente, no entanto, é preciso contar
com um aparato regulatório consistente, envolvendo contratos de concessão
equilibrados, nos quais os direitos e obrigações do poder concedente e da concessionária
sejam plenamente assegurados, nos moldes do que prevê a Lei de Concessões, além
de entidades reguladoras dotadas de qualificação técnica e de autonomia
decisória e financeira para fiscalizar o seu cumprimento.
As tarifas do segmento privado não sofrem interferência política e
refletem valores justos para que o serviço prestado tenha qualidade e seja
efetivo.
A título de esclarecimento, e fortalecendo a ideia de que o Município é
o responsável pela decisão acerca dos modelos institucionais de prestação dos
serviços de saneamento básico, segue uma sucinta descrição geral dos modelos
previstos no ordenamento jurídico brasileiro.
Prestação Direta pelo Município: os serviços podem ser prestados por um órgão da Prefeitura Municipal,
sem personalidade jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa
modalidade, as figuras de titular e de prestador dos serviços se confundem em
um único ente – o Município. A Lei nº 11.445/2007 dispensa expressamente a
celebração de contrato para a prestação de serviços por entidade que integre
a administração do titular. Prestação Indireta por Entidade Municipal: há duas alternativas para a prestação dos serviços de saneamento pelo
Município, por entidade da administração indireta: a autarquia municipal e a
empresa municipal. A autarquia, entidade da administração municipal é criada
por lei para prestar, de forma delegada, serviços de competência municipal.
Suas atividades e respectiva remuneração não se vinculam a uma equação
econômico-financeira, pois a relação é regulada por lei e não por contrato.
Não se prevê, nesse modelo, fixação de regras sobre sustentabilidade
financeira ou regulação dos serviços. Os SAAE – Serviços Autônomos de Água e
Esgoto, autarquias municipais com personalidade jurídica própria, autonomia
administrativa e financeira, prestam em geral serviços de água e esgoto.
Outra forma indireta de prestação de serviços pelo Município é a delegação a
empresas públicas ou sociedades de economia mista, criadas por lei municipal.
A lei é o instrumento de delegação dos serviços, não existindo, nesse modelo,
fixação de regras sobre sustentabilidade financeira ou regulação dos
serviços. Prestação Indireta Mediante Contrato: quando os serviços forem por uma entidade que não integre a
administração do titular, quer dizer, que não seja um DAE (administração
direta) ou um SAAE (administração indireta), ou ainda uma empresa municipal,
essa prestação depende da celebração de contrato, cuja validade é
condicionada pela lei, que impõe condições, relativas aos instrumentos de
planejamento, e regulação, além do controle social. O Município necessita
elaborar o Plano de Municipal de Saneamento Básico e, de acordo com ele,
estudar a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e
integral dos serviços. A partir daí, cabe fixar as normas de regulação dos
serviços, prevendo os meios para o cumprimento das diretrizes da Lei de
Saneamento, designando uma entidade de regulação e de fiscalização. Os planos
de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis
com o respectivo plano de saneamento básico, o que corresponde à equação
econômico-financeira relativa aos serviços. Além da exigência, em regra, da
licitação, a Lei nº 8.666/93 estabelece normas específicas para o controle e
a fiscalização dos contratos, relativas ao acompanhamento, fiscalização,
aditamentos, notificações, aplicação de penalidades, eventual rescisão
unilateral e recebimento do objeto contratado. Contrato de Programa: as Companhias Estaduais de Saneamento Básico - CESB foram
instituídas sob a forma de sociedades de economia mista, cujo acionista
controlador é o governo do respectivo Estado. Tais empresas são
concessionárias de serviços de saneamento e atuam por meio dos chamados
contratos de programa celebrados com os Municípios. Contrato de Concessão de Serviço Público a
Empresa Particular: por meio de contrato de concessão de serviço
público, o Município delega a um particular a execução de um serviço público
em seu próprio nome, por sua conta e risco. A remuneração dos serviços é
assegurada pelo recebimento da tarifa paga pelo usuário, observada a equação
econômico-financeira do contrato. A concessão é prevista no art. 175 da Constituição
Federal. As Leis nos 8.987/1995, e 9.074/1995, regulamentam as concessões de
serviços públicos. |
A Lei nº 11.445/2007 preconiza que a atividade de regular e fiscalizar
os serviços é função que pode ser realizada diretamente pelo titular ou
delegada a outro ente federativo. Por outro lado, a Lei define que o exercício
da regulação deve atender aos seguintes princípios:
·
independência decisória, incluindo autonomia
administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora;
·
transparência, tecnicidade, celeridade e
objetividade de decisões.
Ao mencionar a independência decisória, fica claro que o tipo de
entidade que melhor se encaixa no modelo de regulação é o regime autárquico e
de direito público.
No caso do Município de Itapemirim, a regulação dos serviços de
saneamento, prestados pelo SAAE e Município, permite as seguintes alternativas:
· formulação e liderança na formação de consórcio público intermunicipal;
· criação pelo município de autarquia municipal de regulação;
· adoção da ARSI para regulação desses serviços.
Para o Município de Itapemirim, não se considera eficiente a criação de
uma autarquia municipal para regular somente os serviços desse Município, sendo
uma alternativa mais adequada, considerando a regulação pelo titular, a
formação de um Consórcio Público Intermunicipal de Regulação dos serviços de
manejo dos resíduos sólidos, limpeza e drenagem urbana. Enquanto que, para os
serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário considera-se mais
adequado a regulação por meio de uma entidade reguladora estadual, como a
Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária – ARSI.
Diante do cenário exposto, serão desenvolvidas, em primeiro lugar,
diretrizes para a formação de um Consórcio Público Intermunicipal de Regulação.
Em seguida, será abordada a Agência Reguladora de Saneamento Básico e
Infraestrutura Viária – ARSI, também como uma alternativa para regulação.
No Brasil, podem ser citados diversos exemplos de Agências Reguladoras
intermunicipais, dentre os quais a Agência Reguladora Intermunicipal de
Saneamento (ARIS), em Santa Catarina e a Agência Reguladora dos Serviços de
Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ), em
São Paulo.
ü Atribuições
Nos termos do art. 22 da Lei nº 11.445/2007, são objetivos das
atividades de regulação:
·
estabelecer padrões e normas para a adequada
prestação dos serviços
e para a satisfação dos usuários;
·
garantir o cumprimento das condições e metas
estabelecidas;
·
prevenir e reprimir o abuso do poder econômico,
ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa
da concorrência;
·
definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio
econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante
mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação
social dos ganhos de produtividade.
A partir da análise dos objetivos da regulação acima descritos, nota-se
que a atividade regulatória constitui-se de duas atribuições básicas:
·
a regulação econômica, que inclui o controle dos
custos (contabilidade regulatória), a verificação da eficiência e da modicidade
tarifária, a limitação ao abuso econômico, bem como a garantia do equilíbrio
econômico do contrato;
·
a regulação da qualidade, que inclui a verificação
dos produtos ofertados (água potável e efluente de esgotos nos padrões
adequados), a verificação da qualidade dos serviços (continuidade e
regularidade) e da qualidade do atendimento ao usuário (conformidade de prazos
dos serviços, índices de satisfação).
É importante considerar o cenário atual, em que as Agências Reguladoras,
em geral, voltaram-se aos serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, havendo, hoje, uma deficiência generalizada, em âmbito nacional,
para a regulação dos demais serviços de saneamento básico - limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais.
A regulação dos serviços de resíduos sólidos e da drenagem urbana ainda
se encontra em estágio incipiente e demanda a elaboração de instrumentos legais
e contratuais, a partir dos quais será possível conceber e detalhar as
atividades de regulação econômica, fiscalização, normatização e ouvidoria.
Assim, em um primeiro momento da implementação do Plano Nacional de
Saneamento Básico, de modo a adaptar a legislação vigente aos obstáculos
impostos pela realidade nacional, o Comitê Técnico Permanente poder exercer o
papel de fiscalizador da prestação dos serviços.
ü Mecanismos de
criação
A criação de um consórcio público inicia-se por um protocolo de intenções
firmado pelos Municípios que desejam se consorciar. Sua constituição será
realizada mediante contrato, cuja celebração depende da prévia subscrição do
referido protocolo de intenções. Assim, o Consórcio Público Intermunicipal de
Regulação será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de
intenções. Nos termos do art. 4º, da Lei nº 11.107/2005, o protocolo de
intenções deve necessariamente conter:
·
a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a
sede do consórcio;
·
a identificação dos entes da Federação
consorciados;
·
a indicação da área de atuação do consórcio;
·
a previsão de que o consórcio público é associação
pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;
·
os critérios para, em assuntos de interesse comum,
autorizar o consórcio público a representar os entes da Federação consorciados
perante outras esferas de governo;
·
as normas de convocação e funcionamento da
assembleia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e modificação dos
estatutos do consórcio público;
·
a previsão de que a assembleia geral é a instância
máxima do consórcio público e o número de votos para as suas deliberações;
·
a forma de eleição e a duração do mandato do
representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente, deverá ser
Chefe do Poder Executivo de ente da Federação consorciado;
·
o número, as formas de provimento e a remuneração
dos empregados públicos, bem como os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
·
as condições para que o consórcio público celebre
contrato de gestão ou termo de parceria;
·
a autorização para a gestão associada de serviços
públicos;
·
o direito de qualquer dos contratantes, quando
adimplente com suas obrigações,
de exigir o pleno cumprimento das cláusulas do contrato de consórcio
público.
ü Composição
O Consórcio Público Intermunicipal de Regulação deve ser composto pelos
representantes dos Poderes Executivos Municipais a ele consorciados, que em
conjunto constituem a Assembleia Geral, seu principal organismo. Dentre os
Prefeitos consorciados, deverá ser eleito o Presidente e a Diretoria do
Consórcio.
Além disso, o consórcio constituirá uma Estrutura Técnica, que
desempenhará, de fato, a função de Agente Regulador, sendo composta de, no
mínimo:
·
Ouvidoria, para o atendimento ao público, recebendo
suas demandas e as encaminhando para setores específicos;
·
Setor de regulação econômica, para acompanhamento
dos custos e receitas dos serviços, avaliando sua sustentabilidade e reajustes
e revisões tarifárias.
·
Setor de regulação da qualidade, para acompanhar os
indicadores de cobertura, regularidade e continuidade, os prazos de atendimento
aos usuários, os indicadores de qualidade dos produtos, como potabilidade da
água e adequação dos efluentes de esgoto.
Além das mencionadas acima, poderão compor a Estrutura Técnica a
assessoria jurídica, de comunicação e um setor de administração e finanças.
Conforme estabelecido pela Lei Federal nº 11.445/2007 e a Lei Estadual
nº 9.096/2008 as atividades de regulação e fiscalização deverão ser executadas
por uma entidade independente, com autonomia administrativa, financeira e
decisória, e com forte capacitação técnica para o desempenho de sua finalidade.
A ARSI é uma autarquia de regime especial, dotada de personalidade
jurídica de direito público e autonomias decisória, patrimonial, técnica e
financeira, condições que lhe permitem independência e transparência no âmbito
da Administração Pública Estadual e no relacionamento com o poder concedente,
prestadores de serviço e sociedade. Criada pela Lei Complementar nº 477 de 29
de dezembro de 2008, é definido que:
Art.4º “A ARSI tem por
finalidade, regular, controlar e fiscalizar, no âmbito do Estado do Espírito
Santo, os serviços de saneamento básico, concedidos, abrangendo abastecimento
de água e esgotamento sanitário de interesse comum e interesse local delegados
ao Governo do Estado e, serviços estaduais de infraestrutura viária com
pedágio. Tais atividades deverão ser exercidas nos termos e limites desta Lei
Complementar e demais normas legais, regulamentares e regulatórias pertinentes,
no que tange à eficiência dos serviços públicos, fornecimento, distribuição e
demais condições de atendimento, observando respeito às competências e
prerrogativas municipais quando for o caso.”
Além de poder atuar em 52 municípios capixabas, onde os serviços de
saneamento básico são prestados pela Companhia Espírito Santense de Saneamento
(Cesan), a ARSI também pode exercer suas atividades de regulação e fiscalização
nos outros municípios onde o serviço é realizado por empresas particulares,
públicas municipais ou autarquias municipais.
Portanto, no caso de Itapemirim, pode ser delegada a regulação dos
serviços de água e esgoto prestados pelo SAAE, para a ARSI. O instrumento
próprio para esta delegação é um convênio a ser firmado entre o SAAE e a ARSI,
cujos termos e condições constam do modelo a ser fornecido pela Agência,
cabendo inserir nesses instrumentos os objetivos e metas do Plano, definidos
pelo Município, como objeto da regulação pela ARSI. Importante enfatizar a
necessidade de inclusão dos tópicos a serem regulados pela ARSI, tendo em vista
a inexistência de outro instrumento que os indique.
A formulação de mecanismos de controle social está prevista na Lei nº
11.445/2007, ao definir entre as obrigações do titular, o estabelecimento de
mecanismos de controle social, definido como o conjunto de mecanismos e
procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e
participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de
avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.
Ainda segundo a Lei nº 11.445/2007, o controle social dos serviços
poderá incluir a participação de órgãos colegiados de caráter consultivo,
estaduais e municipais, assegurada a representação:
· dos titulares dos serviços
· de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico
· dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico
· dos usuários de serviços de saneamento básico
· de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do
consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico.
Nas áreas rurais do Município de Itapemirim, em que a prestação dos
serviços de saneamento básico compete ao Município, a Fundação Nacional de
Saúde (Funasa), fundação pública, vinculada ao Ministério da Saúde (MS), com
sede em Brasília/DF e com 26 unidades descentralizadas, uma em cada estado
brasileiro (Superintendências Estaduais), pode vir a assumir parte desses
serviços.
A FUNASA tem por objetivo a promoção e proteção da saúde. Para tanto,
deve formular, implementar e fomentar ações e soluções de saneamento para
prevenção e controle de doenças.
Sua principal fonte de receita são as dotações consignadas no Orçamento
Geral da União (OGU) e, em segundo plano, importâncias financeiras, que, à
conta de créditos orçamentários ou especiais, lhe forem destinadas por órgãos
públicos federais, estaduais e municipais.
A FUNASA executa ações de saneamento básico, desenvolvidas para a
prevenção de doenças e controle de agravos, destacando-se:
·
construção e ampliação de sistemas de abastecimento
de água e de esgotamento sanitário;
·
implantação de melhorias sanitárias domiciliares;
·
implantação, ampliação ou melhoria dos sistemas de
tratamento e destinação final de resíduos sólidos;
·
saneamento em áreas rurais (Áreas Especiais);
·
ações de drenagem.
Cabe verificar como o Município pode ser beneficiário da cooperação da
FUNASA. Existem dois tipos de instrumentos jurídicos que viabilizam a cooperação:
o Convênio e o Termo de Compromisso.
A FUNASA pode celebrar convênio com o Município com vistas à execução de
programas, projetos e atividades de interesse recíproco, que envolvam a
transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social da União, na forma do Decreto nº 6.170/2007, que estabelece
normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e
contratos de repasse.
Além do convênio, é possível celebrar Termo de Compromisso, instrumento
utilizado para disciplinar as transferências do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), instituído pela Lei nº 11.578/2007. A Funasa participa desse
programa na área de saneamento básico para Municípios com até 50 mil
habitantes.
ü Consórcio Público
Nos casos em que a atuação da FUNASA não for suficiente para equacionar
as questões relacionadas ao saneamento básico na área rural, o Consórcio
Público já proposto nesse relatório, pode ser um instrumento de apoio
institucional e técnico ao Município para elaboração de soluções específicas e
para busca de financiamento.
O presente capítulo tem por objetivo apresentar a estrutura do Banco de
Dados utilizado na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do
município de Itapemirim.
O presente Banco de Dados contempla o conjunto de dados utilizados na
elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Itapemirim. Trata-se de
uma base de dados geográficos utilizada para elaborar o diagnóstico do
município com a descrição completa dos sistemas e serviços de saneamento básico
atual, bem como as informações que devem ser utilizadas para a caracterização e
avaliação deste sistema.
Este Banco de Dados engloba os componentes: abastecimento de água,
esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana, além de
informações básicas complementares para auxiliar na análise do sistema de
saneamento, tais como, hidrografia, bacias hidrográficas, geologia,
delimitações municipais, dados censitários, dentre outras informações.
Os dados armazenados no sistema tiveram sua origem em levantamentos de
equipe de campo e junto aos órgãos federais e estaduais (IBGE, IJSN, ANA,
etc.).
Foram gerados diversos tipos de informação, e devido à diversidade de
escalas, sistemas de coordenadas, sistema de projeção ou formatos, as
informações foram transformadas e padronizadas antes de serem incorporadas ao
banco de dados, assegurando que o mesmo apresentasse de forma ordenada e
confiável as informações necessárias para compor o Banco de Dados do Plano
Municipal de Saneamento Básico de Itapemirim.
Os arquivos foram desenvolvidos em formato SHAPEFILE para todos os dados
vetoriais georreferenciados. O SHAPEFILE é nativo dos sistemas desenvolvidos e
regulamentados pela ESRI, e tem como característica principal o fato de ter se
consolidado como um padrão e utilizado na grande maioria dos Sistemas de
Informações Geográficas, facilitando a interoperabilidade dos mesmos.
As informações sofreram uma sistemática padronização de dados e
metadados para agregar qualidade às informações. Vale salientar que metadados
detalhados são fundamentais para garantir a qualidade da informação incorporada
ao banco de dados.
Dentre os aspectos padronizados destaca-se a padronização do Datum e o
sistema de projeção dos dados incorporados ao banco. A projeção cartográfica
utilizada foi a Universal Transversa de Mercator – UTM, Datum SIRGAS 2000, Zona
24S. Desta forma, foram gerados diversos tipos de informação, listadas neste
documento, que para auxiliar os usuários no conhecimento do conteúdo desta base
de dados e suas características foi elaborado um dicionário de dados
(metadado).
Para que os dados apresentados dentro das bases do Sistema de
Informações Geográficas possam ser compreendidos foi criado um dicionário de
dados de forma a auxiliar os usuários no conhecimento do conteúdo desta base e
suas características.
Um dicionário de dados é uma coleção de metadados que contêm definições
e representações de elementos de dados que são pertinentes ao sistema.
O Dicionário de Dados foi confeccionado para auxiliar na busca de
informações dentro dos dados do Banco de Dados de Saneamento. Desta forma este
documento foi confeccionado de forma a listar para todas as entidades as
seguintes informações:
·
NOME DA ENTIDADE: Nome da entidade de dados
contemplada no sistema de base de dados. É considerado o mesmo nome do arquivo
SHAPEFILE onde os dados estão armazenados;
·
DESCRIÇÃO DA ENTIDADE: Descreve a entidade de dados
contemplada no sistema de base de dados;
·
NOME DO ATRIBUTO: Nome pelo qual o atributo é
identificado dentro do Banco de Dados do Saneamento;
·
DESCRIÇÃO DO ATRIBUTO: Descreve qual o tipo de
informação que é armazenada no atributo em questão;
·
TIPO DE DADO: Descreve qual o tipo de dado é
encontrado no atributo (Caractere, numérico, lógico, etc.), bem como o tamanho
máximo permitido para o atributo, quando se aplicar;
·
VALORES DE DOMÍNIO: Quando se aplicar, descreve
quais os valores permitidos para o atributo.
Os temas que compõem o Banco de Dados de Itapemirim são apresentados a
seguir e na sequência é exposto cada tema detalhadamente.
·
AGUA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
AREA_URBANIZADA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
BACIAS_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
CAPTACAO_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
COMUNIDADES_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
DENSIDADE_DEMOG_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
DISTRITOS_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
ESGOTO_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
ETA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
ETE_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
GEOMORFOLOGIA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
HIDROGEOLOGIA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
HIDROGRAFIA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
LIMITE_MUNICIPIO_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
MUNICIPIOS_ES_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
RESERVATORIOS_SAA_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
RESIDUOS_SOLIDOS_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
RODOVIAS_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
SEDE_MUNICIPAL_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
SOLOS_PMSB_ITAPEMIRIM;
·
USO_DO_SOLO_PMSB_ITAPEMIRIM.
Name |
AGUA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
AGUA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Comunidades Atendidas
pelo SAAE - Água |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome das Comunidades
Atendidas SAAE |
String |
N/A |
SAAE |
Possui atendimento |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
AREA_URBANIZADA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
Area Urbanizada_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Polígonos com as áreas
urbanizadas do Município de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
CLAISSFI |
Classificaçao da
finalidade da geometria |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
BACIAS |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
BACIAS |
||
Description |
Bacias do Municipio de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome da Bacia Hidrográfica |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
CAPTAÇÃO_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Point |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
CAPTAÇÃO_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Pontos de Captações de Água do Município de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME_SAA |
Nome Sistema de Abastecimento de Água |
String |
N/A |
TIPO_CAPT |
Tipo de captação |
String |
N/A |
TIPO_PROJ |
Tipo da construção utilizada |
String |
N/A |
DISTRIB |
Tipo de distribuição |
String |
N/A |
MANANCIAL |
Indica em qual manancial é feita a captação. |
String |
N/A |
LONGITUDE |
Coordenada geográfica definida
na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o meridiano de Greenwich e a localização de referência. |
String |
N/A |
LATITUDE |
Coordenada geográfica definida na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o plano do equador e a normal
à superfície de referência. |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
Name |
COMUNIDADES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
COMUNIDADES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Comunidades do Municipio
de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome da Comunidade |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da
Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
COMUNIDADES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
COMUNIDADES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Comunidades do Municipio
de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome da Comunidade |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da
Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
DENSIDADE_DEMOG_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
DENSIDADE_DEMOG_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Mapa de População e Densidades Demográficas |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
DENSI |
Densidade Demografica |
Double |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
DISTRITOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
DISTRITOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Distritos do Municipio de
Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome do Distrito |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
ESGOTO_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
ESGOTO_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Comunidades Atendidas
pelo SAAE - Esgoto |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome Comunidades
Atendidas com Coleta e/ou tratamento de esgoto |
String |
N/A |
SAAE |
Possui atendimento |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
ETA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Point |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
ETA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Estacão de Tratamento de
Água |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME_ETA |
Nome do componente do sistema de abastecimento
de água |
String |
N/A |
NH_FUNC |
Número médio de horas/dia de funcionamento.
Caso o valor não esteja disponível informar NULL. |
String |
N/A |
Q_MED_OP |
Vazão média de operação (L/s). Caso o valor
não esteja disponível informar o valor NULL. |
String |
N/A |
EST_CONS |
Indica o estado
de conservação do componente. |
String |
N/A |
TP_ETA |
Indica o tipo de tratamento existente na ETA. |
String |
N/A |
ST_OP_ETA |
Informa se o componente está em operação. |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
LONGITUDE |
Coordenada geográfica definida
na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o meridiano de Greenwich e a localização de referência. |
String |
N/A |
LATITUDE |
Coordenada geográfica definida na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o plano do equador e a normal
à superfície de referência. |
String |
N/A |
Name |
ETE_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Point |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
ETE_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Estacão de Tratamento de
Esgoto |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME_ETE |
Nome do componente do sistema de tratamento de
esgoto. |
String |
N/A |
NH_FUNC |
Número médio de horas/dia de funcionamento.
Caso o valor não esteja disponível informa NULL. |
String |
N/A |
Q_MED_OP |
Vazão média de operação (L/s). Caso o valor
não esteja disponível informa o valor NULL. |
String |
N/A |
EST_CONS |
Indica o estado
de conservação do componente. |
String |
N/A |
TP_ETE |
Indica o tipo de tratamento existente na ETE. |
String |
N/A |
ST_OP_ETE |
Informa se o componente está em operação. |
String |
N/A |
VOL_ACUM |
Informa o volume de acumulação das lagoas de
estabilização (Anaeróbia e Facultativa). |
String |
|
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
LONGITUDE |
Coordenada geográfica definida
na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o meridiano de Greenwich e a localização de referência. |
Double |
N/A |
LATITUDE |
Coordenada geográfica definida na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o plano do equador e a normal
à superfície de referência. |
Double |
N/A |
Name |
GEOMORFOLOGIA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
GEOMORFOLOGIA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Domínios de
Geomorfologia |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
DOMINIO_N_R |
Domínios Morfoestruturais |
String |
N/A |
REGIAO_N_R |
Regiões Geomorfológicas |
String |
N/A |
UNIDADE_N_R |
Unidades Geomorfológicas |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área |
Double |
N/A |
Name |
HIDROGEOLOGIA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
HIDROGEOLOGIA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Hidrogeologia |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOM_UE_AFL |
Nome da Unidade Estratigráfica Aflorante |
String |
N/A |
L_UE_AFL |
Litologia da Unidade Estratigráfica Aflorante |
String |
N/A |
U_HL_AFL |
Unidade Hidrolitológica Aflorante |
String |
N/A |
E_UE_AFL |
Espessura da Unidade
Estratigráfica |
String |
N/A |
GRAU_FRAT |
Grau de Fraturamento |
String |
N/A |
LEGENDA |
Legenda |
|
|
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
HIDROGRAFIA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polyline |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
HIDROGRAFIA_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Hidrografia |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
CLASSIFICACAO |
Classificação do tipo da Hidrografia |
String |
N/A |
NORIOCOMP |
Nome do curso d’água completo |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
Name |
MUNICIPIOS_ES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
MUNICIPIOS_ES__PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Municipios do Estado do
Espírito Santo |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME_MUNICIP |
Nome da Comunidade |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da
Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
RESERVATORIOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Point |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
RESERVATORIOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Reservatórios do Município
de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME_RES |
Nome Reservatório |
String |
N/A |
ST_AGUA |
Situação da Água continda no Reservatório |
String |
N/A |
FORM_RES |
Indica a forma do Reservatório. |
String |
N/A |
TIPO_RES |
Tipo Reservatório |
String |
N/A |
FINAL_RES |
Indica a finalidade do Reservatório |
String |
N/A |
ST_OP_RES |
Informa se o componente está em operação. |
String |
N/A |
EST_CONS |
Estado de conservação do Reservatório |
String |
|
CAPAC_RESER |
Capacidade de Reservação (L). Caso o valor não
esteja disponível informa NULL. |
String |
|
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
LONGITUDE |
Coordenada geográfica definida
na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o meridiano de Greenwich e a localização de referência. |
Double |
N/A |
LATITUDE |
Coordenada geográfica definida na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o plano do equador e a normal
à superfície de referência. |
Double |
N/A |
Name |
RESIDUOS_SOLIDOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polyline |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
RESIDUOS_SOLIDOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Resíduos Sólidos do
município de Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome da Comunidade |
String |
N/A |
FREQ_COL |
Frequência de Coleta pOPUpOP |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Nome do Município |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da
Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
RODOVIAS_ES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polyline |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
RODOVIAS_ES_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Rodovias do Municipio de
Itapemirim |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome Rodovia |
String |
N/A |
NOME_POP |
Nome Popular pOPUpOP |
String |
N/A |
SIGLA |
Sigla |
String |
N/A |
JURISDICAO |
Jurisdição |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Municipio |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
Name |
SEDE_MUNICIPAL_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Point |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
SEDE_MUNICIPAL_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Sedes Municipais do Estado do Espírito Santo |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
NOME |
Nome Municipio |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da
Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
LONGITUDE |
Coordenada geográfica definida
na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o meridiano de Greenwich e a localização de referência. |
Double |
N/A |
LATITUDE |
Coordenada geográfica definida na superfície terrestre, que representa o ângulo entre
o plano do equador e a normal
à superfície de referência. |
Double |
N/A |
Name |
SOLOS_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
SOLOS__PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Solos |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
dsc_compon |
Nome da Comunidade |
String |
N/A |
dsc_textur |
Textura |
String |
N/A |
dsc_compo1 |
Estado |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica
da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
Name |
USO_DO_SOLO_PMSB_ITAPEMIRIM |
||
ShapeType |
Polygon |
||
FeatureType |
Simple |
||
AliasName |
USO_DO_SOLO__PMSB_ITAPEMIRIM |
||
Description |
Vegetação |
||
Atributo |
Descrição |
Tipo de Dado |
Valores de Domínio |
Objectid |
Número de função interna |
OID |
N/A |
Classifica |
Classificação do tipo de
vegetação |
String |
N/A |
MUNICIPIO |
Municipio |
String |
N/A |
ESTADO |
Estado |
String |
N/A |
UF |
Unidade da
Federação |
String |
N/A |
REGIAO |
Região do Brasil |
String |
N/A |
FONTE |
Fonte cartográfica |
String |
N/A |
SHAPE |
Característica da geometria |
Geometry |
N/A |
SHAPE_LENGTH |
Comprimento da geometria |
Double |
N/A |
SHAPE_AREA |
Área (m²) |
Double |
N/A |
O presente capítulo tem como foco principal a apresentação dos
mecanismos e procedimentos para avaliações sistemáticas da eficácia das ações
programadas para o PMSB de Itapemirim.
A metodologia definida como Marco Lógico é a mesma aplicada por
organismos externos de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), que associa os objetivos, metas e
respectivos indicadores e os cronogramas de implementação com as
correspondentes entidades responsáveis pela implementação e pela avaliação de
programas e projetos.
Portanto, os procedimentos propostos estarão vinculados não somente às
entidades responsáveis pela implementação, como também àquelas que deverão
analisar indicadores de resultados, em termos de eficiência e eficácia. Quanto
ao detalhamento final, a aplicação efetiva da metodologia somente será possível
durante a implementação do PMSB, com suas ações e intervenções previstas e
organizadas em componentes que serão empreendidos por determinadas entidades.
Com tais definições, será então possível elaborar o mencionado Marco
Lógico, que deve apresentar uma Matriz que sintetize a conexão entre o objetivo
geral e os específicos, associados a indicadores e produtos, intermediários e
finais, que devem ser alcançados ao longo do Plano, em cada período de sua
implementação.
Estes indicadores de produtos devem ser dispostos a partir da escala de
macro resultados, atentando ao detalhe de cada componente, programas e projetos
de ações específicas, de modo a facilitar o monitoramento e a avaliação
periódica da execução e de resultados previstos pelos PMSB. Portanto, ao fim e
ao cabo, o Marco Lógico deverá gerar uma relação entre os indicadores de
resultados, seus percentuais de atendimento em cada período do Plano e, ainda,
a menção dos órgãos responsáveis pela mensuração periódica desses dados, tal
como consta na Matriz do Marco Lógico, que segue no quadro 16.1.
QUADRO
16.1 – MATRIZ DO MARCO LÓGICO DOS PMSB
Objetivos Específicos e Respectivos Componentes do PMSB |
Programas |
Subprogramas: Frentes de Trabalho,
com Principais Ações e Intervenções Propostas |
Prazos Estimados, Produtos Parciais e Finais |
Entidades Responsáveis pela Execução e pelo Monitoramento Continuado |
Em termos dos encargos e funções, é importante perceber que os atores
intervenientes no processo de implementação do PMSB apresentam diferentes
atribuições, segundo os componentes o cronograma geral e os resultados – locais
e regionais – que traduzem a performance global dos planos integrados, no
âmbito de cada município.
Como referência metodológica, os quadros 16.2 e 16.3, a seguir,
relativos aos serviços de água e esgotos, apresentam uma listagem inicial dos
componentes principais envolvidos na administração dos sistemas (intervenção,
operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais
e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os
indicadores para monitoramento.
Deve-se ressaltar que os itens de acompanhamento (IA) estão referidos
aos procedimentos de execução e aprovação dos projetos e implantação das obras,
bem como aos procedimentos operacionais e de manutenção, que podem indicar a
necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto em termos de prestação
adequada dos serviços, quanto em termos da sustentabilidade
econômico-financeira do empreendimento. Os indicadores de monitoramento
espelharão a consecução das metas estabelecidas no PMSB em termos de cobertura
e qualidade (indicadores primários), bem como em relação às avaliações
esporádicas em relação a alguns resultados de interesse (indicadores
complementares).
QUADRO
16.2 – LISTAGEM DOS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES,
ATIVIDADES E ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E
ESGOTO DO PMSB
Componentes Principais - Intervenção/Operação |
Atores Previstos |
Atividades Principais |
Itens de Acompanhamento (IA) |
Construção e/ou ampliação da infraestrutura
dos sistemas de água e esgoto |
· Empresas contratadas ·
Operadores
de sistemas ·
Órgãos
de meio ambiente · Entidades da
Prefeitura Municipal |
Elaboração dos projetos executivos. |
Aprovação dos projetos em órgãos competentes. |
Elaboração dos relatórios para licenciamento
ambiental. |
Obtenção da licença
prévia, de instalação e operação. |
||
Construção da infraestrutura dos sistemas, conforme cronograma de obras. |
Implantação das obras
previstas no cronograma, para cada etapa da construção/ampliação, como extensão da rede de distribuição e de coleta,
ETAs, ETEs e outras. |
||
Instalação de
equipamentos. |
Implantação dos
equipamentos em unidades dos sistemas, para cada etapa
da construção/ampliação. |
||
Operação e Manutenção dos serviços de água e esgoto |
· SAAE / DAE · Concessionária estadual · Operadores privados |
Prestação adequada
e contínua dos serviços. |
Fiscalização e
acompanhamento das manutenções efetuadas em equipamentos principais dos sistemas, evitando-se descontinuidades de operação. |
Viabilização do empreendimento em relação aos serviços prestados. |
Viabilização
econômico-financeira do
empreendimento, tendo como
resultado tarifas médias adequadas e despesas de operação por m³ faturado (água+esgoto) compatíveis
com a sustentabilidade dos sistemas. |
||
Pronto restabelecimento dos serviços de O&M. |
Pronto restabelecimento no caso de interrupções
no tratamento e fornecimento de água e interrupções na coleta
e tratamento de esgotos. |
QUADRO
16.3 – LISTAGEM DOS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES,
ATIVIDADES E ITENS DE MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO DO PMSB
Componentes Principais- Monitoramento |
Atores Previstos |
Objetivos Principais |
Indicadores para Monitoramento (IM) |
monitoramento e ações
para regulação dos serviços prestados |
· ARSI. ·
Agências
reguladoras locais · Secretaria de Saúde |
Verificação e
acompanhamento da prestação adequada dos serviços. Verificação e
acompanhamento das tarifas de água e esgotos, em níveis justificados. Verificação e
acompanhamento dos avanços na eficiência dos sistemas de água e esgotos. |
1. Monitoramento contínuo dos seguintes
indicadores primários: ·
cobertura
do serviço de água; o qualidade da água distribuída; ·
o
controle de perdas de água; ·
cobertura
de coleta de esgotos; ·
cobertura
do tratamento de esgotos; ·
qualidade
do esgoto tratado. 2. Monitoramento ocasional dos seguintes
indicadores complementares: ·
interrupções
no tratamento e no fornecimento de água; ·
interrupções
do tratamento de esgotos; ·
índice
de perdas de faturamento de água; ·
despesas
de exploração dos serviços por m³ faturado (água+esgoto); ·
índice
de hidrometração; ·
extensão
de rede de água por ligação; ·
extensão
de rede de esgotos por ligação; ·
grau
de endividamento da empresa. |
A respeito dos
quadros acima, cabe destacar que:
· os itens de acompanhamento relativos à elaboração de projetos e obras
dizem respeito essencialmente à execução do PMSB, portanto, com objetivos e
metas limitados ao cronograma de execução, até a entrada em operação de
unidades dos sistemas de água e esgotos; englobam, também, intervenções
posteriores, de acordo com o planejamento de implantações ao longo de operação
dos sistemas;
· os itens de acompanhamento relativos à operação e manutenção dos
sistemas e os procedimentos de regulação dos serviços prestados baseados nos
indicadores principais e complementares devem ser conjuntamente monitorados
entre os operadores
de sistemas de água e esgotos e as respectivas agências reguladoras, com
participação obrigatória de entidades ligadas à PM, que devem elevar seus
níveis de acompanhamento e intervenção, para que objetivos e metas de seus
interesses sejam atendidos.
Na sequência, também
como referência inicial, apresentam-se os quadros 16.4 e 16.5, relativos aos
serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos, das componentes
principais envolvidas na administração dos sistemas (intervenção, operação e
regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma
recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores
para monitoramento.
QUADRO
16.4 – LISTAGEM DOS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES,
ATIVIDADES E ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA
DO PMSB
Componentes Principais
- Intervenção |
Atores
Previstos |
Atividades
Principais |
Itens
de Acompanhamento (IA) |
Avanços em procedimentos e equipamentos para
coleta e transporte e na implantação de usina de reaproveitamento de Resíduos
de Construção Civil e usina de Triagem e Compostagem. Elaboração/Implantação PGIRS. |
· Empresas contratadas · Operadores de sistemas · Órgãos de meio ambiente · Entidades da PM. |
Projetos de execução e elaboração. |
Aprovação dos projetos pela PM. |
Licenciamento ambiental. |
Licença prévia e de instalação. |
||
Ampliação e/ou construção de nova infraestrutura de disposição de
resíduos de construção civil, usina de triagem e compostagem. |
Implantação das unidades/ centrais previstas, para cada etapa,
atendendo ao cronograma do plano. |
||
Aquisição e instalação de equipamentos. |
Aquisição de caminhões, tratores e equipamentos necessários para cada
uma das unidades/centrais previstas. |
QUADRO
16.5 – LISTAGEM DOS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES,
ATIVIDADES E ITENS DE MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA DO PMSB
Componentes Principais - Monitoramento |
Atores Previstos |
Objetivos Principais |
Indicadores para Monitoramento (IM) |
|
Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados |
· Departamentos
de Secretarias Municipais. · Operadores
dos sistemas de limpeza locais. · Operadores
das usinas de reaproveitamento de Resíduos de Construção Civil e de
Triagem e Compostagem. · Eventuais agências
reguladoras. |
Prestação adequada dos serviços Viabilidade na prestação dos serviços Planejamento e avanços na eficiência e eficácia dos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos |
· indicador do serviço
de varrição das vias
e calçadas. · indicador do serviço de coleta regular. · indicador da destinação final dos resíduos sólidos. · indicador de saturação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos. · indicadores
dos serviços de coleta seletiva. · indicadores
do reaproveitamento dos resíduos
sólidos domésticos. · indicadores
do manejo e destinação dos
resíduos sólidos de serviços de saúde. · indicador de reaproveitamento dos resíduos sólidos da construção civil. · Indicador da destinação final dos resíduos sólidos da construção civil. |
|
Por fim, o quadro
16.6 trata das ações de micro e macrodrenagem, apresentando a pré-listagem geral
com as etapas e funções dos atores envolvidos e a recomendação preliminar do
perfil dos indicadores a serem monitorados.
QUADRO
16.6 – LISTAGEM DOS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES,
ATIVIDADES E ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE
DRENAGEM DO PMSB
Componentes Principais |
Atores Previstos |
Atividades e Objetivos Específicos |
Itens de Acompanhamento e Indicadores |
Avanços na microdrenagem em pontos de alagamento e na infraestrutura regional para macrodrenagem e controle de cheias |
·
Empresas
contratadas. ·
Entidades
da PM. ·
Órgãos
Estaduais de meio ambiente. |
Projetos de execução. |
·
serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou
loteamentos. |
Licenciamento ambiental. |
·
licença
prévia e de instalação. |
||
Adequação e/ou novas
infraestruturas em pontos de micro e de macrodrenagem |
·
indicadores
para cada etapa de ajuste/construção
das infraestruturas de micro e macrodrenagem. |
||
Planejamento urbano, monitoramento e avanços na infraestrutura de micro e de macrodrenagem |
·
Departamentos de Secretarias Municipais de Obras e de Planejamento. |
Redução do número de
pontos e recorrência de alagamentos nas áreas urbanas. Instalação e operação adequada de obras para macrodrenagem e controle
de cheias. |
1.Microdrenagem: · padrões de projeto
viário e de drenagem pluvial; · extensão de galerias
e número de bocas de lobo limpas
em relação ao total; · monitoramento de chuva, níveis de impermeabilização do solo e registro
de incidentes em microdrenagem; · estrutura para inspeção
e manutenção de sistemas de microdrenagem. 2.Macrodrenagem: · existência de plano diretor de drenagem, com tópico sobre
uso e ocupação do solo; · monitoramento
de cursos d’água (nível e vazão) e registro de incidentes associados à macrodrenagem; · número de córregos
operados e dragados e de barragens operadas para
contenção de cheias; · modelos de simulação hidrológica e de vazões
em cursos d’água. |
O conjunto de indicadores propostos para a etapa de monitoramento
demanda maior presença de entidades vinculadas à PM.
Neste item, apresentam-se os procedimentos práticos para utilização dos
indicadores relacionados no item anterior, visando monitorar e acompanhar a
implantação das intervenções sugeridas para o PMSB.
Para os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,
foi analisado um conjunto conforme descrito a seguir:
ü Indicadores
Primários
Esses indicadores, considerados extremamente importantes para controle
dos sistemas, foram selecionados no presente estudo como instrumentos obrigatórios
para o monitoramento dos serviços de água e esgoto e foram hierarquizados dessa
maneira porque demonstram, com maior clareza, a eficácia dos serviços prestados
à população, tanto em relação à cobertura do fornecimento de água e à cobertura
da coleta/tratamento dos esgotos, como em relação à otimização da distribuição
(redução de perdas), à qualidade da água distribuída (conforme padrões
sanitários adequados) e à qualidade do esgoto tratado (em atendimento à
legislação vigente para lançamento em cursos d’água).
Esses indicadores normalmente constam de Contratos de Programa (no caso
dos serviços prestados por empresas público-privadas), mas também podem ser
aplicados aos serviços autônomos de responsabilidade das prefeituras ou mesmo
de outras concessionárias. Encontram-se
relacionados a seguir:
· cobertura do serviço de água;
· qualidade da água distribuída;
· controle de perdas de água de distribuição;
· cobertura do serviço de coleta dos esgotos domésticos;
· cobertura do serviço de tratamento de esgotos;
· qualidade do esgoto tratado.
ü Indicadores
Complementares
Esses indicadores são considerados de utilização facultativa, mas, como
recomendação, podem ser adotados pelos operadores dos sistemas para um controle
mais abrangente dos serviços, uma vez que englobam os segmentos operacional,
financeiro, comercial, etc.
São indicadores de natureza informativa e comparativa, sem que estejam
ligados diretamente às eficiências de cobertura e qualidade da água e do esgoto
tratado, mas que podem demonstrar aos operadores resultados eficazes e/ou
ineficazes quando analisados à luz dos padrões considerados adequados ou mesmo
quando comparados com outros sistemas em operação. Podem influenciar ou
direcionar novas ações e procedimentos corretivos, visando, gradativamente, à
otimização dos resultados obtidos.
Nessa categoria de indicadores complementares (utilização facultativa),
foram selecionados os seguintes indicadores:
·
interrupções de tratamento de água;
·
interrupções do tratamento de esgotos;
·
índice de perdas de faturamento de água;
·
despesas de exploração por m³ faturado
(água+esgoto);
·
índice de hidrometração;
·
extensão de rede de água por ligação;
·
extensão de rede de esgotos por ligação;
·
grau de endividamento.
No quadro 16.7, encontram-se apresentados os indicadores selecionados,
com explicitação das unidades, definições e variáveis envolvidas.
QUADRO 16.7 – INDICADORES DE REGULAÇÃO
Nº |
NOME DO INDICADOR |
UNIDADE |
DEFINIÇÃO |
PERIODICIDADE |
VARIÁVEIS |
|
|
|
|
|
|
1-INDICADORES PRIMÁRIOS |
|||||
1.1 |
Cobertura do Serviço de Água |
% |
(Quantidade de economias residenciais ativas
ligadas nos sistemas de abastecimento de água+ quantidade de economias residenciais com
disponibilidade de abastecimento de água) *
100 / domicílios totais, projeção IBGE, excluídos os locais em que o operador está impedido de
prestar o serviço, ou áreas de obrigação de
implantar infraestrutura de terceiros. |
Anual |
Quantidade de Economias Residenciais
Ativas de Água |
Quantidade de Economias Residenciais
com Disponibilidade de Água; |
|||||
Quantidade de Domicílios Totais |
|||||
Quantidade de Domicílios em locais em
que o operador está impedido de prestar
serviços |
|||||
Quantidade de Domicílios em áreas de
obrigação de terceiros implantar infraestrutura |
|||||
Quantidade de economias residenciais ativas de
água e quantidade
de economias residenciais com disponibilidade de água * 100 /
quantidade de domicílios urbanos * (100 -
percentual de domicílios urbanos
fora da área de
atendimento de água + percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento
de água). |
Quantidade de Domicílios urbanos; |
||||
Percentual de domicílios urbanos
fora da área de atendimento de água; |
|||||
Percentual de domicílios rurais dentro da
área de atendimento de água. |
|||||
1.2 |
Qualidade da Água
Distribuída |
% |
Fórmula que considera os resultados das análises de coliformes totais, cloro, turbidez,
pH, flúor, cor, THM, ferro e alumínio. |
Mensal |
Valor do IDQAd (Índice de Desempenho da Qualidade da Água Distribuída) |
1.3 |
Controle de Perdas |
L * ligação / Dia |
[Volume de água (produzido + tratado
importado (volume entregue) - de serviço) anual
- volume de água consumo - volume de água exportado] / quantidade de ligações ativas de
água |
Mensal |
Volume de Água Produzido (anual
móvel); |
Volume de Água Tratada Importado
(anual móvel); |
|||||
Volume de Água de Serviço (anual móvel); móvel); |
|||||
Quantidade de Ligações Ativas de Água (média anual móvel). |
|||||
Volume de Água tratada
Exportado (anual |
|||||
Volume de Água consumido (anual móvel) |
QUADRO 16.7 – INDICADORES
DE REGULAÇÃO
Nº |
NOME DO INDICADOR |
UNIDADE |
DEFINIÇÃO |
PERIODICIDADE |
VARIÁVEIS |
1.4 |
Cobertura do Serviço
de Esgotos Sanitários |
% |
(Quantidade de economias
residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos + Quantidade de
economias residenciais com disponibilidade de sistema de coleta de esgotos
inativas ou sem ligação) * 100 / domicílios totais, projeção Fundação Seade,
excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar serviços, ou
áreas de obrigação de implantar infraestrutura de terceiros |
Anual |
Quantidade de Economias Residenciais Ativas de
Esgoto |
Quantidade de economias residenciais com
disponibilidade de esgoto; |
|||||
Quantidade de domicílios totais; |
|||||
Domicílios em locais em que o operador está impedido
de prestar serviços |
|||||
Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar
infraestrutura |
|||||
Quantidade de economias
residenciais ativas de esgoto e quantidade de economias residenciais com
disponibilidade de esgoto * 100 / quantidade de domicílios urbanos * (100 -
percentual de domicílios urbanos fora da
área de atendimento de esgoto + percentual de domicílios rurais dentro
da área de atendimento de esgoto) |
Anual |
Quantidade de domicílios urbanos; |
|||
Percentual de domicílios urbanos fora da área de
atendimento de esgoto; |
|||||
Percentual de domicílios rurais dentro da áreas
de atendimento de esgoto. |
|||||
1.5 |
Tratamento de Esgotos |
% |
Quantidade de economias
residenciais ativas ligadas ao
sistema de coleta de esgotos afluentes
às estações de tratamento de esgotos * 100
/ quantidade de economias ligadas ao sistema
de coleta de esgotos |
Anual |
Quantidade de economias residenciais ativas ligadas
ao sistema de coleta de esgotos
afluentes às estações de tratamento
de esgotos; |
Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto |
|||||
1.6 |
Qualidade do Esgoto Tratado |
% |
Fórmula que considera os resultados
das análises dos principais parâmetros indicados – CONAMA 430 |
Mensal |
Valor do IDQEt (Índice de Desempenho da Qualidade do
Esgoto Tratado) (fórmula a ser definida) |
2 - INDICADORES
COMPLEMENTARES-OPERACIONAIS |
|
|
|
|
|
2.1 |
Programa de Investimentos (Água) |
% |
Investimentos realizados no sistema de abastecimento
de água * 100 / investimentos
previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água |
Anual |
Investimentos realizados no sistema de abastecimento
de água; |
Investimentos previstos no contrato de programa para
o sistema de abastecimento de água. |
QUADRO 16.7 – INDICADORES
DE REGULAÇÃO
Nº |
NOME DO INDICADOR |
UNIDADE |
DEFINIÇÃO |
PERIODICIDADE |
VARIÁVEIS |
3 - INDICADORES COMPLEMENTARES-FINANCEIROS |
|||||
3.1 |
Despesa com
Energia Elétrica por m³(Cons. + Colet.) |
R$/m³ |
Despesa com Energia
Elétrica / Volume de Água Consumido+
Volume Coletado de Esgoto |
|
Despesa com Energia Elétrica |
Volume de Água Produzido |
|||||
Volume de Esgoto Coletado |
|||||
3.2 |
Despesa Exploração por m³(Cons.+ Colet.) |
R$ / m³ |
Despesas de Exploração / Volume de Água Consumido + Volume de Esgoto Coletado |
Anual |
Despesas de Exploração |
Volume de Água Consumido |
|||||
Volume de Esgoto Coletado |
|||||
3.3 |
Despesa Exploração por m³
(faturado) (água + esgoto) |
R$ / m³ |
Despesas de Exploração / Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto Faturado |
Anual |
Despesas de Exploração |
Volume de Água Faturado |
|||||
Volume de Esgoto Faturado |
|||||
3.4 |
Tarifa Média
Praticada |
R$/m³ |
Receita Operacional Direta
de Água + Receita
Operacional Direta de Esgoto+ Receita
Operacional Direta de Água Exportada/ Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto
Faturado |
Anual |
Receita Operacional
Direta de Água |
Receita Operacional Direta de Esgoto |
|||||
Receita Operacional
Direta de Água Exportada |
|||||
Volume de Água Faturado |
|||||
Volume de Esgoto Faturado |
|||||
3.5 |
Eficiência de Arrecadação |
% |
Arrecadação Total /
Receita Operacional Total |
Mensal |
Arrecadação Total |
Receita Operacional Total |
|||||
4 - INDICADORES COMPLEMENTARES-COMERCIAIS /
OUTROS/BALANÇO |
|||||
4.1 |
Reclamações por Economia |
Reclamações / economia |
Quantidade Total de Reclamações de Água + Quantidade Total de Reclamações de Esgoto / Quantidade
de Economias Ativas de Água+ Quantidade
de Economias Ativas de Esgoto |
Mensal |
Quantidade Total de
Reclamações de Água |
Quantidade Total de
Reclamações de Água |
|||||
Quantidade de Economias
Ativas de Água |
|||||
Quantidade de Economias
Ativas de Água |
|||||
4.2 |
Índice de Apuração de Consumo |
% |
Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura / Quantidade Total
de Leituras Efetuadas |
Mensal |
Quantidade de Leituras
com Código de Impedimento de Leitura |
Quantidade Total de
Leituras Efetuadas |
QUADRO 16.7 – INDICADORES
DE REGULAÇÃO
Nº |
NOME DO INDICADOR |
UNIDADE |
DEFINIÇÃO |
PERIODICIDADE |
VARIÁVEIS |
4.3 |
Índice de Hidrometração |
% |
Quantidade de Ligações
Ativas de Água Micromedidas/ |
Mensal |
Quantidade de Ligações
Ativas de Água Micromedidas |
Quantidade de Ligações
Ativas de Água |
Quantidade de Ligações
Ativas de Água |
||||
4.4 |
Ligação por Empregado |
Ligações/ empregado equivalente |
Quantidade de Ligações Ativas de Água+
Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto/
[Quantidade Total de Empregados Próprios]
+ [Despesa com Serviços de Terceiros
x Quantidade Total de Empregados Próprios]/ Despesa com Pessoal
Próprio |
Anual |
Quantidade de Ligações
Ativas de Água |
Quantidade de Ligações Ativas
de Esgoto |
|||||
Quantidade Total
de Empregados Próprios |
|||||
Despesa com Serviços de Terceiros |
|||||
Quantidade Total
de Empregados Próprios |
|||||
Despesa com Pessoal Próprio |
|||||
4.5 |
Extensão de Rede de Água por ligação |
m/ligação |
Extensão de Rede
de Água/Quantidade de Ligações Totais |
Anual |
Extensão de Rede de Água |
Quantidade de Ligações
Totais de Água |
|||||
4.6 |
Extensão de Rede de Esgoto
por ligação |
m/ligação |
Extensão de Rede de Esgoto/Quantidade de Ligações Totais |
Anual |
Extensão de Rede de Esgoto |
Quantidade de Ligações Totais
de Esgoto |
|||||
4.7 |
Grau de Endividamento |
% |
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
+ Resultado de Exercícios Futuros/Ativo Total |
Anual |
Passivo Circulante |
Exigível a Longo Prazo |
|||||
Resultado de Exercícios Futuros |
|||||
Ativo Total |
Para que o planejamento das ações e modificações no sistema de gestão de
RSU tenha seu objetivo realizado, recomenda-se que o acompanhamento das
atividades e serviços, utilize indicadores que permitam uma avaliação simples e
objetiva, do desempenho dos serviços de resíduos sólidos e limpeza urbana. Além
dos indicadores a seguir destacados é indispensável a obtenção de registros de
dados operacionais e de desempenho financeiro dos serviços a fim de permitir a
geração dos indicadores definidos pelos SINISA – Sistema Nacional de
Informações de Saneamento instituído pelo art. 53 da Lei no 11.445, de 2007 que
prevê:`
I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos
serviços públicos de saneamento básico;
II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações
relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de
saneamento básico;
III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e
da eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico; e
IV - permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos dos
planos e das ações de saneamento básico.
Neste item são apresentados os indicadores de desempenho relacionados
aos resíduos sólidos no município de Itapemirim.
Este indicador apresenta a abrangência que o sistema de coleta de
resíduos possui, ele é medido através da verificação da porcentagem da
população total do município que possui acesso a esse tipo de serviço.
ICRS (%) = População atendida
pela coleta regular de RSU (hab) / População total do município (hab)
Índice calculado de forma similar ao ICRS, mas relativo somente à coleta
dos resíduos da coleta seletiva.
ICCS (%) = População atendida
pela coleta seletiva (%) / População total do município (hab)
Quanto maior for o percentual, maior é a organização do Município com
relação aos catadores e associações. Este indicador deverá ser medido a partir
do cadastramento dos catadores.
NC (%) = Número de catadores
incluídos no sistema de coleta seletiva / Número total de catadores da cidade
Entende-se por organizações as cooperativas e as associações de
catadores de materiais recicláveis. Quanto maior for o percentual, maior é o
vínculo entre poder público e as organizações, facilitando os trâmites
burocráticos, as documentações e administração do negócio, melhorando a renda
das organizações e contribuindo com a sociedade em geral.
Este indicador requer um cadastramento de todas as organizações.
VPCO (%) = Número de
organizações que tem vínculo contratual com a Prefeitura / Total de
organizações presentes na cidade
Este indicador representa a geração média de massa de resíduos sólidos
por habitante. Esse índice é importante, pois mede a eficácia das políticas de
consumo consciente adotadas no município ao longo do horizonte de projeto do
Plano.
IGRS (kg/hab.dia) = Quantidade
de RSU coletados (kg/dia) / População atendida pela coleta regular (hab)
Índice calculado de forma similar ao IGRS, mas relativo somente à coleta
dos resíduos da coleta seletiva.
IGRR (kg/hab.dia) = Quantidade
de resíduos recicláveis coletados (kg/dia) / População atendida pela coleta
seletiva (hab)
Esse indicador mede a porcentagem do total de RSU coletados que é
enviado à compostagem. Esse indicador vai ao encontro das mais modernas
políticas de resíduos sólidos, que pregam a minimização do volume de RSU
enviados a aterros sanitários ou outras soluções de disposição final de
resíduos.
ITC (%) = Massa de resíduos
enviados a compostagem (kg/dia) / Massa de resíduos sólidos urbanos coletados
(kg/dia)
Este indicador apresenta os custos totais do sistema de coleta e
disposição final de resíduos por cada habitante do município atendido pelo
sistema. Cabe ressaltar que esses custos são referentes às despesas totais do
sistema, ou seja, despesas públicas, mais as despesas de eventuais empresas
terceirizadas contratadas.
IDRS (R$/hab) = [Despesas
públicas com manejo de RSU (R$) + Despesas privadas com manejo de RSU (R$)] /
População atendida pelo sistema de coleta de RSU (hab)
As despesas aqui explicitadas são referentes a despesas de operação do
sistema, como: manutenção de veículos, salários e encargos trabalhistas, custo
de aterramento dos resíduos, etc. Exclui-se aqui as despesas referentes aos
contratos firmados entre o poder público e a iniciativa privada, no sentido de
apurar os custos operacionais.
Índice calculado da mesma forma que IDRS, mas relativo somente à coleta
dos resíduos da coleta seletiva.
IDRR (R$/hab) = [Despesas
públicas com coleta seletiva (R$) + Despesas privadas com coleta seletiva (R$)]
/ População atendida por coleta seletiva (hab)
Este indicador apresenta o somatório total das receitas arrecadadas pelo
município, oriundas dos serviços de limpeza urbana, seja pela cobrança de uma
"taxa do lixo" ou outras formas de cobrança.
IRSR (R$ / hab) = [ Receita arrecadada com serviços
de manejo de RSU (R$) / População atendida por serviço de coleta de RSU (hab) ]
+ [ Receita arrecada com serviços de coleta seletiva (R$) / População atendida
por coleta seletiva (hab) ]
Este índice procura mostrar o alcance das atividades de capacitação e
educação ambiental, o que será feito observando-se o percentual do público-alvo
que participa das ações desenvolvidas. Considerando que as diversas ações são
voltadas, prioritariamente, para os alunos das escolas do município, para os
catadores de resíduos recicláveis e para os servidos da prefeitura envolvidos
no processo de gestão, este é o público alvo que será avaliado, conforme os
índices abaixo apresentados.
AP (%) = [ N° de alunos que
participaram das atividades (alunos) ] / Total de alunos das escolas
participantes (alunos)
CP (%) = [ N° de catadores que
participaram das atividades (catadores) ] / Total de catadores das associações
e cooperativas participantes (catadores)
SP (%) = [ N° de servidores
que participaram das atividades (servidores) ] / Total de servidores das
secretarias envolvidas no processo de gestão de resíduos (servidores)
Com o intuito de complementar o índice que avalia a participação nas
atividades de educação ambiental, devem ser elaborados relatórios anuais, onde
deverá constar o registro das ações desenvolvidas no período. Tal registro será
constituído de breve descrição da atividade realizada (incluindo local, data,
número de participantes, assunto abordado, entre outros), bem como um registro
fotográfico.
Salienta-se que as atividades de educação ambiental serão realizadas
para os quatro setores, portanto, a elaboração dos relatórios também deverá
englobar todos os setores. A organização para esta ação deve acontecer no
Comitê Gestor do PMSB, onde também serão definidos os responsáveis pela
elaboração e os locais onde estes relatórios ficarão disponíveis para consulta.
No processo da gestão dos serviços de drenagem serão utilizados
indicadores relacionados com os serviços, os quais deverão ser consolidados
para melhor avaliar os serviços e sua eficiência. Em prosseguimento apresentam-se
os indicadores a serem avaliados para acompanhamento da eficácia das ações do
Plano para o setor de drenagem urbana.
É importante referir que na gestão atual existem informações, mas se
encontram dispersas e necessitam de uma consolidação e definição destes
indicadores para permanente avaliação dos serviços e atendimento dos objetivos
dos mesmos.
Deverá ser avaliado a partir do cadastro do sistema de drenagem a ser
realizado, preferencialmente utilizando-se ferramentas de geoprocessamento.
IAP (%) = Área com cobertura de rede de drenagem (km²)/ Área Total
(km²).
Este indicador fornece informações sobre as modificações do ambiente
urbano devido ao processo de urbanização. Este campo de análise será
representado pelo indicador que mede a proporção de área impermeabilizada –
obtido através da equação:
IDG1 – Grau de Permeabilidade do Solo% = Área impermeabilizada/Área
urbana total
Representa a existência ou não de planejamento governamental (planos e
programas): deverá apenas avaliar se tem ou não. Se houver, quantos e quais
são.
IDG2: Existência de instrumentos para o planejamento governamental
(planos e programas de drenagem)
IDC1 = Número de vias com cadastro atualizado (drenagem superficial e
subterrânea) / Número total de vias
IDA1 = Extensão total de ruas com infraestrutura de drenagem (guias,
sarjetas, bocas de lobos e galerias) (km) / extensão total de vias no município
(km)
IDA2 = Total gasto em Drenagem Urbana (R$) / Número total de habitantes
Este índice calcula o gasto com a implantação dos programas de drenagem.
IDA3 = Valor Investido (R$)
IDE3 = Total de galerias limpas (m) / Total de galerias inspecionadas
(m)
IDE3 = Total de bocas de lobo limpas / Total de bocas de lobo
IOP1 = ( % ) nº de acionamentos da casa de bombas / nº total de
acionamentos da casa de bombas
IOP2 = Dias de Precipitação/ano x nº de horas de operação/ano
IOP3 (% de falhas de operação por falta de energia) = ( % ) nº de falta
de energia para acionamento/ nº total de acionamentos da casa de bombas
IM1 = Número de manutenções corretivas realizadas
IM2 = Número de manutenções preventivas realizadas
IM3 = (%) nº de manutenções realizadas / nº total de manutenções
previstas no Manual de O&M
IDS1 = Incidência de alagamentos no Município /Ano
IDS2 = Número de estações de monitoramento quantitativo e qualitativo/
Área (km²)
Este indicador já está sendo medido para os Resíduos Sólidos, porém,
neste caso, será utilizado para avaliar as interferências deste setor à
eficácia do sistema de drenagem.
ICRS (%) = População atendida pela coleta regular de RSU (hab) /
População total do município (hab)
IDT1 (R$) = Investimento em medidas estruturais sustentáveis (R$)
IDT2 = Número de cursos/ Ano
Este indicador visa avaliar os impactos sobre a qualidade da água dos
corpos receptores e da população devido às interferências do sistema de
drenagem. Os indicadores sugeridos são:
ISA1 = Número de habitantes com leptospirose / Número total de
habitantes |
ISA2 =Número de habitantes com doenças
de veiculação hídrica / Número total de habitantes |
As doenças de
veiculação hídrica a serem consideradas para a construção deste índice estão
relacionadas no quadro 16.8 abaixo. Este índice poderá ser apurado mensalmente.
QUADRO
16.8 – DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA A SEREM CONSIDERADAS
PARA A CONSTRUÇÃO DO ÍNDICE
Capítulo I – CID
10 |
Cólera |
Febres tifoide e
paratifoide |
Amebíase (em
crianças de 7 a 14 anos) |
Diarreia e
gastroenterite de origem infecciosa presumível (em crianças menos de 4 anos) |
Leptospirose
icterohemorrágica |
Outras formas de
leptospirose |
Leptospirose não
especificada |
Febre amarela |
Dengue [dengue
clássico] |
Febre
hemorrágica devida ao vírus da dengue |
Hepatite aguda A |
Malária |
Tripanossomíase
(em crianças entre 7 a 14 anos) |
Esquistossomose (em
crianças entre 7 a 14 anos) |
Ancilostomíase
(em crianças entre 7 a 14 anos) |
IDQ = Número de canais que atendem a padrões
de qualidade de água estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/2005 para
classe II / número total de canais |
Meta - melhoria dos padrões de qualidade da água estabelecidos pela
Resolução CONAMA nº 357/2005, conforme enquadramento do recurso hídrico, ou na
sua ausência, aqueles definidos para Classe II.
Os indicadores de gestão e planejamento (IDG) considerarão o número de
profissionais com atividades bem definidas que trabalham para a prestação dos
serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário (nº).
A eficiência no atendimento ao público e na prestação dos serviços pelo operador
deverá ser avaliada através do Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços e
no Atendimento ao Público - IESAP.
O IESAP deverá ser calculado com base na avaliação de diversos fatores
indicativos da performance do operador, quanto à adequação de seu atendimento
às solicitações e necessidades de seus usuários. Para cada um dos fatores de
avaliação da adequação dos serviços será atribuído um valor, de forma a
compor-se o indicador para a verificação.
Para a obtenção das informações necessárias à determinação dos
indicadores, o ente regulador e/ou fiscalizador deverá fixar os requisitos
mínimos do sistema de informações a ser implementado pelo operador. O sistema
de registro deverá ser organizado adequadamente e conter todos os elementos
necessários que possibilitem a conferência pelo ente regulador e/ou
fiscalizador.
Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IESAP,
mensalmente, são:
· Fator 1 - Prazos de atendimento dos serviços de maior frequência
Será medido o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço
pelo usuário e a data efetiva de conclusão. A seguir, propõe-se um quadro
padrão (Quadro 16.9) com as metas dos prazos de atendimento dos serviços.
QUADRO
16.9 – QUADRO PADRÃO COM METAS DE PRAZOS DE ATENDIMENTO
DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO.
SERVIÇO |
PRAZO PARA ATENDIMENTO DAS SOLICITAÇÕES |
1. Abastecimento de Água e
Esgotamento Sanitário |
|
Ligação de agua e/ou de esgotos |
5 dias úteis |
Reparo de vazamentos na rede ou ramais de agua |
5 dias |
Reparo de vazamentos na rede ou ramais de esgoto |
4 dias |
Falta d'agua local ou geral |
24 horas |
Ocorrências relativas à ausência ou má qualidade da repavimentação
envolvendo redes de agua e/ou esgoto |
5 dias úteis |
Restabelecimento do fornecimento de agua |
24 horas |
Ocorrência de extravasamentos de esgotos |
24 horas |
2. Drenagem Urbana e Manejo
de Águas Pluviais |
|
Atendimento a ocorrência de problema pontual. |
7 dias úteis |
Retirar os entulhos, resíduos acumulados e
desobstruir as vias públicas e redes de drenagem afetadas, após ocorrência de
inundação. |
1 dia útil |
3. Limpeza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos |
|
Atendimento a ocorrência de problema pontual |
10 dias úteis |
O índice de eficiência dos prazos de atendimento será determinado como
segue:
I1 = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100) /
Quantidade total de serviços realizados |
O valor a ser atribuído ao fator 1 obedecerá o quadro 16.10.
QUADRO
16.10 – ÍNDICE DE EFICIÊNCIA NO PRAZO DE ATENDIMENTO DOS
SERVIÇOS PRESTADOS.
ÍNDICE DE EFICIÊNCIA DOS PRAZOS DE ATENDIMENTO - % |
VALOR |
Menor que 75% |
0 |
Igual ou maior que 75% e menor que 90% |
0,5 |
Igual ou maior que 90% |
1 |
· Fator 2 - Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público
As estruturas de atendimento ao público disponibilizadas serão avaliadas
pela oferta ou não das seguintes possibilidades:
- Atendimento em escritório do operador;
- Sistema para todos os tipos de contatos telefônicos que o usuário
pretenda, durante 24 horas, todos os dias do ano;
- Softwares de controle e gerenciamento do atendimento que deverão ser
processados em rede de computadores do operador;
- Site na internet com informação pertinente acerca dos serviços.
Este quesito será avaliado pela disponibilidade ou não das
possibilidades elencadas, e terá os valores do quadro 16.11.
QUADRO
16.11 – ESTRUTURA DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO.
ESTRUTURAS DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO |
VALOR |
Duas ou menos estruturas |
0 |
Três das estruturas |
0,5 |
As quatro estruturas |
1 |
· Fator 3 - Adequação da estrutura de atendimento em prédio(s) do operador
A adequação da estrutura de atendimento ao público em cada um dos
prédios do operador será avaliada pela oferta ou não das seguintes facilidades:
- Distância inferior a 500 m de pontos de confluência dos transportes
coletivos;
- Distância inferior a 500 m de pelo menos um agente de recebimento de
contas;
- Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de
estacionamento próprio;
- Facilidade de identificação;
- Conservação e limpeza;
- Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;
- Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a
72;
- Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o
início do atendimento menor ou igual a 10 minutos;
- Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema menor ou
igual a 3 minutos.
Este quesito será avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados e
terá os valores apresentados no quadro 16.12.
QUADRO
16.12 – ADEQUAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE ATENDIMENTO AO
PÚBLICO.
ADEQUAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO |
VALOR |
Atendimento de 5 ou menos itens |
0 |
Atendimento de 6 ou 7 itens |
0,5 |
Atendimento de mais que 7 itens |
1 |
· Fator 4 - Adequação das instalações e logística de atendimento em
prédio(s) do operador
Toda a estrutura física de atendimento deverá ser projetada de forma a
proporcionar conforto ao usuário. Por outro lado, deverá haver uma preocupação
permanente para que os prédios, instalações e mobiliário sejam de bom gosto,
porém bastante simples, de forma a não permitir que um luxo desnecessário crie
uma barreira entre o operador e o usuário.
Este fator procurará medir a adequação das instalações do operador ao
usuário característico da cidade, de forma a propiciar-lhe as melhores
condições de atendimento e conforto de acordo com o seu conceito.
A definição do que significa “melhores condições de atendimento e
conforto de acordo com o seu conceito” leva em consideração os seguintes itens:
- Separação dos ambientes de espera e atendimento;
- Disponibilidade de banheiros;
- Disponibilidade de bebedouros de água;
- Iluminação e acústica do local de atendimento;
- Existência de normas padronizadas de atendimento ao público;
- Preparo dos profissionais de atendimento;
- Disponibilização de ar condicionado, ventiladores e outros.
A avaliação da adequação será efetuada pelo atendimento ou não dos itens
acima, conforme quadro 16.13.
QUADRO
16.13 – ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E LOGÍSTICA DE
ATENDIMENTO AO PÚBLICO.
ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E LOGÍSTICA DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO |
VALOR |
Atendimento de 4 ou menos itens |
0 |
Atendimento de 5 ou 6 itens |
0,5 |
Atendimento dos 7 itens |
1 |
Com base nas
condições definidas, o Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços e no
Atendimento ao Público – IESAP será calculado de acordo com a seguinte fórmula:
IESAP = 3 x VF1 + 3 x VF2 + 2 x
VF3 + 1x VF4 |
Onde:
Vfi = valor do Fator i.
O sistema de prestação de serviços e atendimento ao
público do prestador será avaliado anualmente pela média dos valores apurados
mensalmente, considerando-se:
- Inadequado: se o valor do IESAP for igual ou
inferior a 5 (cinco);
- Adequado: se for superior a 5 (cinco), com as
seguintes gradações:
- Regular: se superior a 5 (cinco) e menor ou igual
a 7 (sete);
- Satisfatório: se superior a 7 (sete) e menor ou
igual a 9 (nove);
- Ótimo: se superior a 9 (nove).
A comercialização dos serviços é interface de grande importância no
relacionamento do operador com os usuários dos serviços. Alguns aspectos do
sistema comercial têm grande importância para o usuário, seja para garantir a
justiça no relacionamento comercial ou assegurar-lhe o direito de defesa, nos
casos em que considere as ações do operador incorretas. Assim, é importante que
o sistema comercial implementado possua as características adequadas para
garantir essa condição.
A metodologia de definição desse indicador segue o mesmo princípio
utilizado para o anterior, pois, também neste caso, a importância relativa dos
fatores apresentados depende da condição, cultura e aspirações dos usuários.
Os pesos de cada um dos fatores relacionados são apresentados a seguir,
sendo que no caso do índice de micromedição foi atribuída forte ponderação em
face da importância do mesmo como fator de justiça do sistema comercial
utilizado. São as seguintes as condições de verificação da adequação do sistema
comercial do setor de abastecimento:
Condição 1:
Índice de Eficácia na Leitura: calculado mês a mês, de acordo com a
expressão:
I1 = Total de leituras efetivas / (Quantidade de hidrômetros / 100) |
OBS: Este índice demonstra a eficácia da leitura, ou seja, a quantidade
de leituras corretas e realizadas.
De acordo com a média aritmética dos valores mensais calculados, a ser aferida
anualmente, esta condição do quadro 16.14.
Quadro 16.14 – Índice de Micromedição.
ÍNDICE DE
MICROMEDIÇÃO (%) |
VALOR |
Menor que 98% |
0 |
Maior que 98% |
1 |
Condição 2:
O sistema de comercialização adotado pelo operador deverá favorecer a
fácil interação com o usuário, evitando ao máximo possível o seu deslocamento
até o escritório para informações ou reclamações.
Os contatos deverão preferencialmente realizar-se no imóvel do usuário
ou através de atendimento telefônico. A verificação do cumprimento desta
diretriz será feita através do indicador que relaciona o número de reclamações
realizadas diretamente nas agências comerciais, com o número total de ligações:
I2 = (Número de atendimentos feitos diretamente
no balcão no mês x 100) / Número total
de atendimento realizados no mês (balcão e telefone) |
O valor a ser atribuído à Condição 2 obedecerá o quadro 16.15.
Quadro 16.15 – Faixas da Condição 2.
FAIXA DE VALOR
DO I2 |
VALOR A SER
ATRIBUÍDO À CONDIÇÃO 2 |
Menor que 20% |
1 |
Entre 20% e 30% |
0,5 |
Maior que 30% |
0 |
Condição 3:
Para as contas não pagas sem registro de débito anterior, vencidas há trinta
dias, com valor somado superior a R$ 300,00, o operador deverá manter um
sistema de comunicação por escrito com os usuários, notificação, informando-os
da existência do débito, com definição de data-limite para regularização da
situação antes da efetivação do corte, de acordo com a legislação vigente.
O nível atendimento a essa condição pelo operador será efetuado através
do indicador:
I3 = (Número de comunicações
de corte emitidas pelo operador no mês x 100) / Número de contas sujeitas a
corte de fornecimento no mês |
O valor a ser atribuído à Condição 3 está apresentado no quadro 16.16.
Quadro 16.16 – Faixas da Condição 3.
FAIXA DE VALOR
DO I3 |
VALOR A SER ATRIBUÍDO À CONDIÇÃO 3 |
Maior que 98% |
1 |
Entre 95% e 98% |
0,5 |
Menor que 95% |
0 |
Condição 4:
O operador deverá garantir o
restabelecimento do fornecimento de água ao usuário, em casos de corte no
cavalete, em até três dias da solicitação, mediante a apresentação do comprovante
de pagamento de seus débitos.
O indicador que avaliará tal
condição é:
I4 = (Nº
de restabelecimentos do fornecimento realizados em até três dias X 100) /
Nº total de restabelecimento |
O valor a ser atribuído à
Condição 4 está apresentada no quadro 16.17.
Quadro 16.17 – Faixas da Condição 4.
FAIXA DE VALOR
DO I4 |
VALOR A SER ATRIBUÍDO À CONDIÇÃO 4 |
Maior que 95% |
1 |
Entre 80% e 95% |
0,5 |
Menor que 80% |
0 |
Com base nas condições
definidas, o índice de adequação da comercialização dos serviços (IACS) será
calculado de acordo com a seguinte fórmula:
IACA = 5 x VC1 + 1 x VC2 + 1 x VC3 + 1
x VC4 |
Onde:
- VCi = valor da Condição i
O sistema comercial do prestador, a ser avaliado anualmente pela média
dos valores apurados mensalmente, será considerado:
- Inadequado: se o valor do IACS for igual ou inferior a 5 (cinco);
- Adequado: se superior a este valor, com as seguintes gradações:
- Regular: se superior a 4 (quatro) e igual ou inferior a 6 (seis);
- Satisfatório: se superior a 6 (seis) e igual ou inferior a 7 (sete);
- Ótimo: se superior a 7 (sete).
Os profissionais envolvidos com o atendimento ao público, em qualquer
área e esfera da organização do operador, deverão contar com treinamento
especial de relações humanas e técnicas de comunicação, além de normas e
procedimentos que deverão ser adotados nos vários tipos de atendimento (no
posto de atendimento, telefônico ou domiciliar), visando à obtenção de um
padrão de comportamento e tratamento para todos os usuários indistintamente, de
forma a não ocorrer qualquer tipo de diferenciação.
As normas de atendimento deverão fixar, entre outros pontos, a forma
como o usuário deverá ser tratado, uniformes para o pessoal de campo e do
atendimento, padrão dos crachás de identificação e conteúdo obrigatório do
treinamento a ser dado ao pessoal de empresas contratadas que venham a ter
contato com o público.
O operador deverá implementar mecanismos de controle e verificação
permanente das condições de atendimento aos usuários, procurando identificar e
corrigir possíveis desvios.
A aferição dos resultados obtidos pelo operador será feita anualmente,
através de uma pesquisa de opinião realizada por empresa independente,
capacitada para a execução do serviço. A empresa será contratada pelo ente
regulador e/ou fiscalizador, mediante licitação.
A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo representativo de
usuários que tenham tido contato devidamente registrado com o operador, no
período de três meses que antecederem a realização da pesquisa. Os usuários
deverão ser selecionados aleatoriamente, devendo, no entanto, ser incluído no
universo da pesquisa, os três tipos de contato possíveis:
- Atendimento via telefone;
- Atendimento personalizado;
- Atendimento na ligação para execução de serviços diversos;
- Atendimento via internet.
Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que
avaliem objetivamente o seu grau de satisfação em relação aos serviços
prestados e ao atendimento realizado. Assim, entre outras, o usuário deverá ser
questionado se o funcionário que o atendeu foi educado e cortês, e se resolveu
satisfatoriamente suas solicitações. Se o serviço foi realizado a contento e no
prazo compromissado, por exemplo, se após a realização do serviço, o pavimento
foi adequadamente reparado e o local limpo. Outras questões de relevância
poderão ser objeto de formulação, procurando inclusive, atender condições
peculiares.
As respostas a essas questões devem ser computadas considerando-se 5
níveis de satisfação do usuário:
1. Ótimo;
2. Bom;
3. Regular;
4. Ruim;
5. Péssimo.
A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre considerado
o mesmo valor relativo para cada pergunta, independentemente da natureza da
questão ou do usuário pesquisado, deverá resultar na atribuição de porcentagens
de classificação do universo de amostragem em cada um dos conceitos acima
referidos.
Os resultados obtidos pelo prestador serão considerados adequados se a
soma dos conceitos: ótimo e bom corresponderem a 80% (oitenta por cento) ou
mais do total.
O quadro 17.1 apresenta a
composição da equipe técnica alocada para desenvolvimento do trabalho bem como
a identificação dos especialistas que darão apoio à elaboração de temas
específicos.
QUADRO
0.1 – EQUIPE
TÉCNICA ALOCADA
EQUIPE |
|
Coordenação Executiva |
Raphael Eduardo De Melo E Silva |
Coordenação Setorial – Gerente de Contratos |
Guilherme Diniz |
Responsável
Técnico |
Matheus Comanduci Fernandes Neto |
Coordenadora Administrativa |
Juliana Gonçalves |
EQUIPE
DE CONSULTORES |
|
PROFISSIONAL |
FORMAÇÃO |
Fabrício de Carvalho Vieira |
Engenheiro Civil e Contador |
Fernando Mendes C. Ribeiro |
Engenheiro Civil e Engenheiro Ambiental |
João Paulo Alves Vieira |
Engenheiro Sanitarista e Ambiental |
Marília Andrade Pontes |
Engenheira Sanitarista e Ambiental |
Paulo Geraldo Araújo |
Engenheiro Sanitarista e Ambiental |
Thamyres Rocha Oliveira |
Engenheira Sanitarista e Ambiental |
Vanessa Silva de Oliveira |
Engenheira Sanitarista e Ambiental |
Gabriela Soares Pereira |
Engenheira Sanitarista e Ambiental |
Aline Maia |
Engenheira |
Danilo da Silva |
Engenheiro |
Fabiano Lopes |
Engenheiro |
Michele Ribeiro |
Administrativo |
Sayuri Osawa |
Arquiteta |
Virginia Rodrigues da Silva |
Administrativo |
Marcos Paulo de Andrade |
Gerente Operacional |
Tayrini Campos Soares |
Estagiária |
Adélia Nascimento |
Estagiária |
Fonte: PROJETA ENGENHARIA, 2015.
AGEPAV – ASSOCIAÇÃO PRÓ-GESTÃO DAS ÁGUAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
PARAÍBA DO SUL; CEIVAP – COMITÊ DE INTEGRAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
PARAÍBA DO SUL; PREFEITURA MUNICIPAL DE GUIDOVAL-MG. Plano de saneamento
básico: Guidoval/MG. Elaborado pela Vallenge Consultoria projetos e obras LTDA.
114p., 2013.
AGEPAV – ASSOCIAÇÃO PRÓ-GESTÃO DAS ÁGUAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
PARAÍBA DO SUL; Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG. Plano de saneamento
básico: Juiz de fora/MG. Elaborado pela ESSE Consultoria e Engenharia. 206 p.,
2013.
AGERH. Agência Estadual de Recursos Hídricos. Disponível em:
<http://www.agerh.es.gov.br/>. Acesso em: 25 out 2015.
ANA – Agência Nacional das Águas. PRODES – Programa de despoluição de
Bacias Hidrográficas. Disponível em: <http://www2.ana.gov.br/Paginas/projetos/Prodes.aspx>.
Acesso em: 25 nov. 2015.
ARAÚJO, E.; LISBÃO KUNIOR, L.; SIQUEIRA, M. M. Estudo ambiental para os
programas de fomento florestal da Aracruz Celulose S. A. e extensão florestal
do governo do Estado do Espírito Santo. Revista Floresta. V. 34, n. 2 p. 3-67,
2004.
ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. Disponível em: <
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/itapemirim_es>. Acesso em: 19
out. 2015.
BID – Banco Interamericano de desenvolvimento. PROCIDADES. Disponível
em: <http://www.bidprocidades.org.br/sit/index.do>.
Acesso em: 25 nov. 2015.
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Saneamento
ambiental e recursos hídricos.
Disponível
em:<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Produtos/FINEM/saneamento.html>.
Acesso em: 25 nov. 2015.
BRASIL. Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de
1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 02 ago.
2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>.
Acesso em: 15 jun. 2015.
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais
para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de
1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13
de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e
dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 5 jan. 2007. Disponível:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.
htm>. Acesso em: 15 jun. 2015.
Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde – FUNASA. Saneamento
Rural. Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/site/engenharia-de-saude-publica-
2/saneamento-rural/>. Acesso em: 26 nov. 2015.
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Termo de referência
para elaboração de planos municipais de saneamento básico. Brasília. 2012.
Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.
Guia para elaboração de planos municipais de saneamento básico. Brasília. 2011.
Ministério das Cidades; Ministério da Saúde. Guia para Elaboração de
Planos Municipais de Saneamento. 152 p. Brasília (DF), 2011.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Programa Saneamento Ambiental par Todos.
Disponível em:
<http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/assistencia_
tecnica/produtos/financiamento/saneamento_para_todos/index.asp>. Acesso em:
26 nov. 2015.
CBH-RIO DAS VELHAS – Comitê De Bacia Hidrográfica Do Rio Das Velhas; Agb
Peixe Vivo – Associação Executiva De Apoio À Gestão De Bacias Hidrográficas
Peixe Vivo; Prefeitura Municipal De Itabirito – MG. Plano Municipal de
Saneamento Básico: Itabirito – MG. Elaborado pela DRZ GESTÃO AMBIENTAL. 53 p.,
2013.
CBH-RIO DAS VELHAS – Comitê De Bacia Hidrográfica Do Rio Das Velhas; Agb
Peixe Vivo – Associação Executiva De Apoio À Gestão De Bacias Hidrográficas
Peixe Vivo; Prefeitura Municipal De Ouro Preto – Mg. Plano Municipal de
Saneamento Básico: Ouro Preto – MG. Elaborado pela DRZ GESTÃO AMBIENTAL. 73 p.,
2013.
CLIMATE-DATA.ORG. Disponível em:
<http://pt.climate-data.org/location/27816/>. Acesso em 16 out. 2015.
DATASUS. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>.
Acesso em: 20 out. 2015.
Espírito Santo. Plano Estadual de Saúde. Disponível em:
<http://www.saude.es.gov.br/Download/Plano_Estadual_de_Saude_2012_2015.pdf>.
Acesso em: 22 out. 2015.
IBGE Cidades. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística.
Disponível em: <http://cod.ibge.gov.br/2331R>. Acesso em: 1 jul. 2015.
IJSN. Instituto Jones dos Santos Neves. Disponível em: <
http://www.ijsn.es.gov.br/>. Acesso em: 22 out. 2015.
PNUD. Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento. Disponível em:
< http://www.pnud.org.br/>. Acesso em 19 out. 2015.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPEMIRIM. Disponível em:
<http://www.itapemirim.es.gov.br/>. Acesso em: 15 jul. 2015.
Prefeitura Municipal de Itapemirim. Estudo de macrodrenagem bairro
Itaoca. 2015.
SABOYA, Renato. Concepção de um sistema de suporte à elaboração de
planos diretores participativos. 2007. Tese de Doutorado apresentada ao Curso
de Pós-Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal de Santa Catarina.
SEAMA. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Disponível em:
<http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp?pagina=16703>. Acesso em:
16 out. 2015.
SECRETARIA DA SAÚDE. Portal do Governo do Estado do Espírito Santo.
Disponível em: < http://www.saude.es.gov.br/>. Acesso em 20 out. 2015.
SIQUEIRA, J. D. P.; LISBOA, R. S.; FERREIRA, A. M.; SOUZA, M. R. F.;
VIANA, Aurimar de Paula. Relação dos indicadores de salubridade
ambiental com a saúde e sustentabilidade pública no município de Itapemirim/ES.
2013. Tese de mestrado apresentada ao curso de Pós Graduação em Engenharia de
Saúde Pública e Desenvolvimento Sustentável do Centro Tecnológico da
Universidade Federal do Espírito Santo.